Jabouille
foi um dos últimos de uma classe de pilotos de Fórmula 1 que foi também
engenheiro.
Ele
iniciou a sua carreira na Fórmula 3 francesa, em 1967 e continuou em
1968.
Em
1969, foi contratado como piloto de testes pela Alpine, participando em
algumas corridas de Fórmula 2 e de automóveis desportivos.
Em
1973, foi co-piloto de um Matra nas 24 Horas de Le Mans,
terminando em terceiro lugar e repetindo esta proeza em 1974, quando também
venceu a corrida de Fórmula 2 em Hockenheim, e terminou como segundo
colocado na série European 2-litre pela Alpine. Ele também fez a sua
primeira participação na Fórmula 1, não conseguindo a qualificação com
uma Williams para o Grande Prémio da França e com um Surtees,
para o Grande Prémio da Áustria.
Em
1975, Jabouille rompeu o seu contrato com a Alpine e voltou à Fórmula
2 pela Elf. Terminou o campeonato na vice-liderança atrás de Jacques
Laffite. Nesse mesmo ano, foi chamado pela Tyrrell para participar numa única
corrida de Fórmula 1, no Grande Prémio da França, acabou
completando o seu primeiro Grande Prémio na décima-segunda posição.
Em
1976, concentrou-se na Fórmula 2, conseguindo finalmente o título da
competição e, para 1977, assinou contrato com a Renault para desenvolver
o seu novo motor turbo 1.5l de Fórmula 1. O automóvel RS01 fez a sua
estreia no Grande Prémio da Grã-Bretanha de 1977, mas no início o motor
turbo (o primeiro na Fórmula 1) era frágil e sofria de graves falhas,
que o tornava difícil de pilotar em circuitos estreitos. Contudo, Jabouille
perseverou, conseguindo muitas qualificações importantes em 1978 e marcando os
primeiros pontos ao chegar em quarto lugar no Grande Prémio do Leste dos
Estados Unidos.
Em
1979, a Renault desenvolveu para a corrida um segundo carro para René
Arnoux. Jabouille conseguiria para a Renault a sua primeira pole
position na Fórmula 1 no Grande Prémio da África do Sul e
depois obteve a sua primeira vitória, no Grande Prémio da França. A sua
terceira pole position aconteceu no Grande Prémio de Itália.
Em
1980, Jabouille conseguiu mais duas poles e uma outra vitória no Grande
Prémio da Áustria. Porém, um defeito na suspensão durante o Grande Prémio
do Canadá deixou-o com uma perna fracturada, justamente após ter assinado
com a Ligier para a temporada de 1981.
A
sua lesão deixou-o fora das duas primeiras corridas da temporada de 1981 e ele,
sem estar totalmente recuperado, não conseguiu a qualificação em duas das
quatro corridas seguintes, o que resultou na sua decisão de abandonar a
competição.
Ele
retornaria no meio da década de 1980 para pilotar na série francesa de Superturismo,
antes de unir-se à Peugeot para ajudar a desenvolver o seu programa de
carros desportivos, culminando com uma terceira posição nas 24 Horas de Le
Mans de 1993.
Em
1994, ele substituiu Jean Todt como director da Peugeot Sport, mas
depois de uma fraca temporada em associação com a McLaren e a Jordan,
ele foi demitido em 1995. Depois, correu na sua própria equipa de carros desportivos
na ISRS.
Jabouille
faleceu em 2023, aos oitenta anos.