
Era odiado pelo povo em virtude de, sendo português, colaborar com a representante da dominação dos Filipes de Espanha. Foi a primeira vítima da Revolução de 1640, tendo sido atirado da janela do Paço Real de Lisboa para o Terreiro do Paço. O povo, que aguardava no Terreiro do Paço, só saberia se a revolução tinha sido bem sucedida quando Miguel Vasconcelos fosse defenestrado.
Quando entraram no palácio, os conspiradores tinham procurado Miguel Vasconcelos, mas não o encontravam em lugar nenhum, mesmo depois de terem percorrido todos os salões, gabinetes de trabalho e outros aposentos. Miguel de Vasconcelos, quando se apercebeu que não podia fugir, escondera-se num armário e fechou-se por dentro com uma arma. Porém, ao tentar mudar de posição, provocou um ruído que foi o bastante para os conspiradores desconfiarem e rebentarem a porta. Descoberto, foi crivado de balas, sendo depois atirado pela janela. O corpo caiu no meio da multidão enfurecida, que despejou sobre ele todo o seu ódio, cometendo verdadeiras atrocidades. Houve também quem dissesse que Miguel de Vasconcelos teria sido atirado ainda vivo e que foi o povo quem o matou. De qualquer modo, foi feita justiça...