
Ainda na adolescência, já escrevia contos e fábulas, dando asas à sua incrível capacidade imaginativa. Por razões familiares e pelo avassalador desejo de mudança, foi para São Paulo onde, muito jovem (16, 17 anos), iniciou a carreira de rádio na “Tupi”. Adoptou o nome artístico Clair, inspirada na música “Clair de Lune” de Claude Debussy.
Nos anos 1950, incentivada pelo marido, o também dramaturgo Dias Gomes, passou a escrever folhetins para rádio e teve grande sucesso com “Perdão, Meu Filho” (Rádio Nacional, 1956).
Na década de 1960 iniciou a produção para televisão, com as telenovelas “O Acusador” e “Paixão Proibida”, ambas na TV Tupi. Em 1967, recebeu a incumbência de alterar a trama da telenovela “Anastácia, a Mulher sem Destino”, da Rede Globo, para reduzir drasticamente as despesas de produção. Ela, então, inseriu na história um terramoto que matou metade das personagens e destruiu a maior parte dos cenários. Depois disso, ficou em definitivo na Rede Globo, onde escreveu algumas telenovelas como “Sangue e Areia”, “Passo dos Ventos”, “Rosa Rebelde” e “Véu de Noiva”.
Nos anos 1970 foi autora de algumas das telenovelas de maior sucesso, como “Irmãos Coragem” (1970), “Selva de Pedra” (1972) e “Pecado Capital” (1975). Neste período passou a ser chamada “a maga das oito”, por garantir grandes audiências nas telenovelas exibidas naquele horário.
Em 1978, parou o Brasil com a telenovela “O Astro”, tornando-se a maior autora popular da história da televisão no Brasil, a única a alcançar 100 pontos de audiência.
Quando morreu, vítima de um cancro nos intestinos, estava a escrever a telenovela “Eu Prometo”, que deixou inacabada e que foi concluída pela sua colaboradora Glória Perez, que viria a tornar-se novelista, e por Dias Gomes.
Sem comentários:
Enviar um comentário