sábado, 2 de outubro de 2021

2 DE OUTUBRO - ERNESTO MELO ANTUNES

EFEMÉRIDE - Ernesto Augusto de Melo Antunes, militar português, nasceu em Lisboa no dia 2 de Outubro de 1933. Morreu em Sintra, em 10 de Agosto de 1999.

Viveu em Angola, entre os seis e os nove anos, com o pai que era militar, a mãe e o irmão.

Frequentou o liceu de Aveiro e, posteriormente, o de Faro e o Colégio de Tavira, até 1953. Ingressou na Escola do Exército, fez o tirocínio na Escola Prática de Artilharia e, em 1957, alcançou a patente de alferes. Em 1961, chega a capitão, numa altura em que estava nos Açores, desde 1958. Cumpriu três comissões de serviço na Guerra Colonial em Angola, entre 1963/1965, 1966/1968, e 1971/1973.

Casou com Gabriela Maria da Câmara Athayde Motta, com quem teve duas filhas e um filho.

Em 15 de Junho de 1962 foi feito oficial da Ordem Militar de São Bento de Avis.

Embora o seu nome surgisse entre os candidatos da Comissão Democrática Eleitoral às eleições legislativas de 1969, pelo círculo de Ponta Delgada, as autoridades militares impediram a sua apresentação a escrutínio.

Major em 1972, ingressou no Movimento dos Capitães em 1973. Foi um dos estrategas da Revolução dos Cravos, tendo sido o redactor principal, em Março de 1974, do documento “O Movimento das Forças Armadas e a Nação”, o primeiro texto de conteúdo claramente político do Movimento dos Capitães. De seguida foi co-autor do programa do MFA, pertencendo à sua comissão coordenadora depois do 25 de Abril de 1974.

Foi várias vezes ministro nos governos provisórios: foi ministro sem pasta do II Governo Provisório, liderado por Vasco Gonçalves, e assumiu a pasta dos Negócios Estrangeiros nos IV e VI Governos provisórios, de Vasco Gonçalves e Pinheiro de Azevedo, respectivamente. Negociou a independência da Guiné-Bissau e integrou o Conselho dos Vinte, o Conselho da Revolução e o Conselho de Estado.

Notabilizou-se ainda por ter participado activamente na elaboração do Programa de Acção Política e Económica, em Dezembro de 1974, e do “Documento dos Nove”, em Agosto de 1975, conhecido como “Documento Melo Antunes”, por ele ter sido o primeiro subscritor.

Aderiu ao Partido Socialista em 1991.

Em 24 de Setembro de 1983, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

Reformou-se com o posto de tenente-coronel. 

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