sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

5 DE JANEIRO - GEORGE REEVES

EFEMÉRIDE - George Reeves, pseudónimo de George Keefer Brewer, actor norte-americano, famoso por interpretar o personagem Super-Homem numa teles-série nos anos 1950, nasceu em Woolstock, Iowa, no dia 5 de Janeiro de 1914. Morreu em Benedict Canyon, emn 16 de Junho de 1959.

Estudou no Playhouse Famed de Pasadena, Califórnia, para formação de actores. Antes de iniciar a carreira como actor, dedicou-se ao boxe e também à música. Em Pasadena, foi colega de colégio de Victor Mature, no Playhouse Famed, onde foi descoberto por algum caça-talentos. Foi escolhido para o papel de Stuart Tarleton, um dos jovens ricos sulistas que cortejava Scarlet O’Hara (Vivien Leigh) no clássico “Gone with the Wind”. Nos dez anos seguintes, fez contrato com os estúdios da Warner Brothers, Fox e Paramount.

Em 1943, quando já conseguia fazer seu nome no estrelato, Reeves foi convocado para o serviço de guerra durante a II Guerra Mundial, tendo que interromper, temporariamente, a sua carreira. Com o fim da Guerra, Reeves voltou a Hollywood, mas a sua carreira nunca mais chegou ao mesmo nível de antes. As dificuldades de se auto-afirmar na carreira de actor fizeram-no conduzir para Nova York, para participar em programas de televisão ao vivo (não havia naquela ocasião ainda o vídeo tape).

Foi justamente na televisão que George conseguiu definitivamente a fama que quase havia conseguido no cinema, porque foi escolhido para interpretar o fabuloso Homem de aço das histórias aos quadradinhos para a série de TV, “Adventures of Superman”, a partir de 23 de Novembro de 1951. Reeves lembrava muito os traços executados por autores de banda-desenhada do super-herói da década de 1940/1950, sobretudo por causa de um leve topete «pega-rapaz» e um queixo voluntarioso.

Conseguiu alguns papéis menores em outros filmes clássicos do cinema, como “A um Passo da Eternidade” (1953, com Burt Lancaster) enquanto fazia a série do Super-Homem, mas na maior parte de sua carreira foi personificando o herói de Krypton.

George Reeves alcançou fama e dinheiro (na época ele ganhava 2 500 dólares por semana). O sucesso era principalmente com as mulheres e crianças. Curiosamente, segundo a sua biografia, ele evitava contacto com as crianças, porque elas sempre queriam partir para a agressão com a ideia de testar a invulnerabilidade do actor. Ficou famoso e rico, mas fora isso os únicos trabalhos que ele conseguia eram comerciais de cereais ou então apresentações de luta-livre. A série de televisão do “Homem de Aço” durou até 1958.

O nome verdadeiro do actor George Reeves era George Keefer Brewer, mas ao ser adoptado pelo padrasto, recebeu o nome de George Bessolo.

Casou-se com Ellanora Needles em 1940, permanecendo casado com ela até 1950. O casal não teve filhos.

Era visto com a roupa de Super-Homem visitando hospitais e dando atenção a crianças vitimadas de cancro. Na televisão americana, já naquela época haviam programas assistencialistas como “A Cidade da Esperança” e “Telethons”, e Reeves fazia questão de participar como o Super-Homem. Uma curiosidade sobre Reeves e as crianças, é que Reeves era cauteloso quando se tratava de desempenhar Superman com crianças, pois muitas delas tinham o costume de testar a sua «invencibilidade» agredindo-o com socos e pontapés.

Em 16 de Junho de 1959, George Reeves foi encontrado morto com um tiro na cabeça na sua casa em Los Angeles. Com a morte, rumores surgiram com as hipóteses de que o actor teria sido assassinado ou cometido suicídio. A hipótese de suicídio baseava-se no facto de que o cancelamento da série “As Aventuras do Super-Homem”, em 1958, o teria deixado deprimido por não conseguir outros trabalhos, haja em vista que a sua imagem estaria fortemente associada ao personagem. Já a hipótese de assassinato era em razão dos rumores de um relacionamento amoroso com a esposa de um chefão de estúdio.

A investigação da polícia chegou à conclusão que o actor cometera suicídio. Porém, para os amigos do actor, a sua morte estava directamente ligada ao romance que Reeves manteve, durante anos, com Toni Mannix, que era casada com E.J. Mannix, até então um dos executivos mais poderosos da Metro-Goldwyn-Mayer. A hipótese de assassinato nunca foi provada.

No seu túmulo, no Mausoléu de Pasadena, localizado no Cemitério do Mountain View, em Altadena, Califórnia, encontra-se a seguinte inscrição: «Para meu querido filho, George Bessolo Reeves, o Super-Homem, homenagem feita pelo seu padrasto».

A vida e a morte de George Reeves são tema de “Hollywoodland”. Ben Affleck faz o papel de George Reeves; Diane Lane como Toni Mannix, a amante de Reeves; Bob Hoskins encarna o executivo da MGM E.J. Mannix, o marido traído de Toni; e Adrien Brody assume o detective particular Louis Simo, que investiga a misteriosa morte do actor intérprete do Super-Homem.

A longa-metragem é focado nos anos 1950 e tem direcção assinada por Allen Coulter e guião de Paul Bernbau, os envolvidos na produção tiveram que resgatar arquivos policiais e levantar as principais possibilidades que possam ter levado Reeves à morte.

Acima de uma investigação da morte, “Hollywoodland” também traz informações da conturbada vida pessoal de Reeves, que tinha muitos problemas familiares. Os grandes momentos da vida do actor, bem como a sua ascensão na televisão, com a estreia da série “As Aventuras de Super-Homem”, também ganham espaço.

Um argumento que o director fez questão de manter na longa-metragem foram cenas da homónima série do Super-Homem. Apesar de ter alguns problemas com a Warner Brothers, detentora dos direitos autorais, Coulter pôde utilizar o clássico material da época. Além disso, ele reproduziu aberturas e cenas da série com o rosto de Ben Affleck.

Outro desafio na hora de rodar a produção foi o orçamento. Apesar de grandioso, o projecto foi produzido com baixo orçamento e a solução foi baixar o cachet dos artistas e pedir apoio de algumas empresas privadas.

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