segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

3 DE FEVEREIRO - JOSÉ RAPOSO

EFEMÉRIDE - José Raposo, actor, dobrador e produtor português, nasceu no Dundo em 3 de Fevereiro de 1963.

Nasceu em Angola, onde viveu até aos 13 anos, primeiro no Dundo, depois em Luanda. Foi o primeiro filho de Valdemar Balau Raposo e de sua mulher Elisabete do Nascimento Sá Raposo, e tem um irmão, 6 anos mais novo, Paulo Raposo.

Veio para Portugal, em 1976, para a Penha de França, onde se instalou em casa dos seus avós maternos.

Estudou na escola secundária D. Luísa de Gusmão; preparatória Cesário Verde; Cavaquinhas do Seixal; e Pragal em Almada. Nesta última, parou os seus estudos no ensino secundário, após ter feito uma audição no Teatro Ádòque e, consequentemente, ter sido seleccionado para - o que viria a ser - o seu primeiro trabalho como actor profissional (aos 18 anos).

Sendo o seu pai de Pontével (Cartaxo), José teve sempre uma forte ligação ao Ribatejo, onde tem vivido muitos anos da sua vida.

Inicia-se no teatro infantil, pela mão de Francisco Nicholson, em 1981, no Teatro Ádòque, cuja companhia integrou.

Interpretou peças como “O Processo de Jesus”, de Diego Fabri, no Teatro da Trindade; “Volpone” de Ben Jonson, no Teatro Aberto; “O Último dos Marialvas” de Neil Simon, na Casa da Comédia; “Os Portas” de John Godber, no Teatro Nacional D. Maria II; entre outras.

Em encenações de José Carretas, protagonizou “Malaquias”, de Manuel de Lima, no Teatro Nacional D. Maria II e no Teatro da Comuna, e participou em “Bolero”, de José Carretas e Manuel Cintra, no Teatro Villaret.

Foi dirigido por Jean Jordheuil em “Germânia 3”, de Heiner Müller (CCB). Fez ainda teatro musical, participando em “Annie” de Thomas Meehan, sob a direcção de Armando Cortez, no Teatro Maria Matos.

Fez teatro de revista nos palcos do Teatro Maria Vitória, Teatro Variedades, Teatro ABC, entre muitos outros.

Criou, com a sua ex-mulher, Maria João Abreu, a produtora A Toca dos Raposos, em 1998, com a qual fez o espectáculo “Isto Vai Com Elas”; e co-produziu com Hélder Freire Costa, “Ó Troilaré, Ó Troilará”, “Mulheres ao Poder”, “Tem a Palavra a Revista”, “A Revista é Linda!” e “Já Viram Isto?!...”. Com Óscar Branco, co-produziu “O Estádio da Nação” e, com a Media Capital Entertainment, “Alberto e as Borboletas” (de Francisco Nicholson e Armando Cortez) e “As Taradas” (de Eduardo Damas).

Em 2003, participou no espectáculo “Cada Dia Um a Um a Liberdade e o Reino”, dirigido por Jorge Silva Melo, e trabalhou com Filipe La Féria em “A Rainha do Ferro Velho”, “Um Violino no Telhado” e “A Gaiola das Loucas”.

Faz televisão, integrando o elenco de várias novelas e séries, e entrou em telefilmes de realizadores como Ruy Guerra, Tiago Guedes e Rita Nunes.

Actor regular no cinema, participou em mais de 20 películas, entre elas “Aqui na Terra” de João Botelho; “Sapatos Pretos”, “Ganhar a Vida” e “Noite Escura” de João Canijo; “Os Mutantes” de Teresa Villaverde; “Corte de Cabelo” de Joaquim Sapinho; “Viúva Rica Solteira Não Fica” de José Fonseca e Costa; “Senhor Jerónimo” de Inês de Medeiros; “Camarate” de Luís Filipe Rocha; “A Costa dos Murmúrios” de Margarida Cardoso; “Filme da Treta” de José Sacramento; e “Embargo” de António Ferreira; entre outros.

Ganhou o Globo de Ouro e o Prémio Nacional de Teatro Bernardo Santareno como Melhor Actor de Teatro, pelo musical “Um Violino no Telhado”, no ano de 2009.

José foi casado durante 23 anos (1985/2008) com a actriz Maria João Abreu, de quem teve dois filhos: Miguel Abreu Raposo e Ricardo Abreu Raposo.

Após a separação, teve um relacionamento com Ânia Pais, que durou cerca de 3 anos.

Actualmente, é casado com a actriz Sara Barradas, que conheceu nas gravações da telenovela “Espírito Indomável”, exibida na TVI, em 2010. Em 2019, foi pai novamente, desta vez de uma menina, de nome Lua Barradas Raposo, fruto da relação com Sara Barradas.

Ao longo da sua carreira, recebeu vários prémios, nomeadamente: Prémio Sophia de Melhor Actor Secundário de Cinema, com “São Jorge” (2018); Prémio de Melhor Actor Secundário de Cinema do Festival Caminhos do Cinema Português, com “São Jorge” (2017); Prémio Áquila, na categoria de Cinema - Melhor Actor Secundário, com “O Leão da Estrela” (2016); Prémio Nacional de Teatro Bernardo Santareno, pela sua interpretação em “Um Violino no Telhado” (2009); entre outros, além de várias nomeações.

Em 2022, recebeu da Câmara Municipal de Lisboa a Medalha Municipal de Mérito Cultura, no 100º aniversário do Parque Mayer.

domingo, 2 de fevereiro de 2025

2 DE FEVEREIRO - BONITA GRANVILLE

FEMÉRIDE - Bonita Granville, actriz e produtora de televisão norte-americana, nasceu em Nova Iorque no dia 2 de Fevereiro de 1923. Morreu em Santa Mónica, em 11 de Outubro 1988. Foi nomeada para o Oscar de Melhor Actriz coadjuvante, em 1936, pela sua actuação em “These Three”.

Era filha de Rosina Timponi (1892/1984) e de Bernard “Bunny” Granville, ambos artistas.

Bonita fez a sua estreia aos 9 anos em “Westward Passage” (1933) e, no mesmo ano, actuou como dançarina no filme de Fanny Bridges, “Cavalgade”, que ganhou o Oscar de Melhor Filme.

Nos anos seguintes, trabalhou como figurante, sem créditos, em vários filmes. Interpretou Mary Tilford, na adaptação para o cinema da peça de Lillian Hellman, “The Children’s Hour”, em 1934.

O filme “These Three” conta a história de três adultos (interpretados por Miriam Hopkins, Merle Oberon e Joel McCrea) que têm as suas vidas quase destruídas por causa de uma criança má, em busca de atenção. Bonita fazia o papel da criança malvada e por essa interpretação foi nomeada para o Oscar de Melhor Actriz coadjuvante, naquele momento, ela foi a pessoa mais jovem a concorrer ao prémio.

Apesar do sucesso e de continuar a trabalhar, poucas oportunidades surgiram para Bonita nos anos seguintes.

Em 1938, interpretou uma filha atrevida, no várias vezes nomeado filme “Merrily We Live” e uma garota detective em “Nancy Drew: Detective”. O filme fez tanto sucesso, que Bonita interpretou a personagem Nancy Drew outras três vezes, nas sequências de 1938 e duas vezes em 1939.

Já adulta, foi mais uma vez chamada para trabalhos coadjuvantes, como no prestigiado filme de 1942, “Now, Voyager”, assim como nas longas-metragens “Andy Hardy’s Blonde Trouble” (1944) e “Love Laughs at Andy Hardy” (1946). Bonita também estrelou o filme de 1943 “Hitler’s Children”, um filme antinazi, em plena Segunda Guerra Mundial.

Foi também a heroína do livro “Bonita Granville and the Mystery of Star Island”, escrito por Kathryn Heisenfelt e publicado em 1942. O livro tinha um público adolescente e evocava as aventuras da pequena detective Nancy Drew, sendo parte de uma série conhecida como “Whitman Authorized Editions”, de 16 livros publicados entre 1941/1947.

Em 5 de Fevereiro de 1947, Bonita casou com Jack Wrather, que produziu alguns dos seus filmes, no Bel-Air Hotel. Bonita trabalhou como produtora em vários filmes para a televisão, incluindo o filme de 1954 “Lassie”. Também actuou em “The Legend of the Lone Ranger” (1981), o seu último filme.

Bonita morreu em 1988, devido a um cancro de pulmão, aos 65 anos. Está sepultada no Holy Cross Cemetery, em Culver City Califórnia.

Bonita tem uma estrela na Calçada da Fama, no Hollywood Boulevard, pelas suas contribuições para a indústria cinematográfica.

sábado, 1 de fevereiro de 2025

1 DE FEVEREIRO - SARA TAVARES

EFEMÉRIDE - Sara Alexandra Lima Tavares, cantora e compositora portuguesa com ascendência cabo-verdiana, nasceu em Lisboa no dia 1 de Fevereiro de 1978. Morreu na mesma cidade em 19 de Novembro de 2023.

A música que ela interpretava era definida como world music.

Sara ganhou a final da 1ª edição (1993/1994) do concurso “Chuva de Estrelas” da SIC, onde interpretou um tema de Whitney Houston.

Foi convidada por Rosa Lobato de Faria para participar no Festival RTP da Canção de 1994 com a canção “Chamar a Música”. A canção recebeu o máximo de pontuação de todos os jurados, ganhando assim um lugar no Festival Eurovisão da Canção de 1994, onde alcançou a 8ª posição.

Em 1996, editou o seu primeiro disco que contou com a colaboração do coro Shout. Dá a voz à música “Longe do Mundo” (uma adaptação de “God Help The Outcasts”), para o filme da Disney, “O Corcunda de Notre-Dame”, que viria a merecer uma menção honrosa da Disney como a melhor versão internacional.

Na Expo’98, Sara Tavares participou no espectáculo de tributo a Gershwin, ao lado da Rias Big Band Berlin. Colaborou, entretanto, no grande sucesso da banda Ala dos Namorados, “Solta-se o Beijo”.

Em 1999, editou o álbum “Mi Ma Bô”, um disco mais maduro e com mais ligação às suas raízes.

Gravou “Saiu Para A Rua” para o disco de tributo a Rui Veloso, editado em 2000. No ano seguinte, colaborou com Nuno Rodrigues no disco “Canções de Embalar”. Colaborou com Joy Denalane na canção “Vier Frauen” de 2002.

Em 2003, colaborou com Júlio Pereira no disco “Faz de Conta”. Gravou uma nova versão de “Nova Feira da Ladra” de Carlos do Carmo. Em 2005, colaborou com a Filarmónica Gil.

O álbum “Balancê”, editado pela World Connection, em Novembro de 2005, foi considerado um dos melhores álbuns do ano por parte da crítica, tendo alcançado o disco de ouro. Com a canção “Bom Feeling” deu a cara pelo Millenium BCP. Através da campanha, num investimento de 3 milhões de euros, 40 mil CDs da cantora foram distribuídos aos clientes do banco.

Retomou a colaboração com Júlio Pereira em 2007. Colaborou também com Tiago Bettencourt e Uxia. Em 2008, lançou o DVD “Alive in Lisboa”. No ano de 2009, regressou aos originais com o álbum “Xinti”.

Gravou “The Most Beautiful Thing” com Nelly Furtado. Colaborou em discos de Buraka Som Sistema, Luiz Caracol, Carlão, António Chainho e Richie Campbell.

Em 2016, mostrou “Coisas Bunitas”, que antecedeu o seguinte disco de originais da cantora.

Em 2021, revelou publicamente que, aos 24 anos, percebeu que era bissexual.

Faleceu em Novembro de 2023, no Hospital da Luz, em Lisboa, vítima de um tumor cerebral, diagnosticado catorze anos antes da sua morte.

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