Nasceu
em Angola, onde viveu até aos 13 anos, primeiro no Dundo, depois em Luanda. Foi
o primeiro filho de Valdemar Balau Raposo e de sua mulher Elisabete do
Nascimento Sá Raposo, e tem um irmão, 6 anos mais novo, Paulo Raposo.
Veio
para Portugal, em 1976, para a Penha de França, onde se instalou em casa dos
seus avós maternos.
Estudou
na escola secundária D. Luísa de Gusmão; preparatória Cesário
Verde; Cavaquinhas do Seixal; e Pragal em Almada. Nesta última,
parou os seus estudos no ensino secundário, após ter feito uma audição no Teatro
Ádòque e, consequentemente, ter sido seleccionado para - o que viria a ser
- o seu primeiro trabalho como actor profissional (aos 18 anos).
Sendo
o seu pai de Pontével (Cartaxo), José teve sempre uma forte ligação ao
Ribatejo, onde tem vivido muitos anos da sua vida.
Inicia-se
no teatro infantil, pela mão de Francisco Nicholson, em 1981, no Teatro Ádòque,
cuja companhia integrou.
Interpretou
peças como “O Processo de Jesus”, de Diego Fabri, no Teatro da
Trindade; “Volpone” de Ben Jonson, no Teatro Aberto; “O
Último dos Marialvas” de Neil Simon, na Casa da Comédia; “Os
Portas” de John Godber, no Teatro Nacional D. Maria II; entre
outras.
Em
encenações de José Carretas, protagonizou “Malaquias”, de Manuel de
Lima, no Teatro Nacional D. Maria II e no Teatro da Comuna, e
participou em “Bolero”, de José Carretas e Manuel Cintra, no Teatro
Villaret.
Foi
dirigido por Jean Jordheuil em “Germânia 3”, de Heiner Müller (CCB).
Fez ainda teatro musical, participando em “Annie” de Thomas Meehan, sob
a direcção de Armando Cortez, no Teatro Maria Matos.
Fez
teatro de revista nos palcos do Teatro Maria Vitória, Teatro
Variedades, Teatro ABC, entre muitos outros.
Criou,
com a sua ex-mulher, Maria João Abreu, a produtora A Toca dos Raposos,
em 1998, com a qual fez o espectáculo “Isto Vai Com Elas”; e co-produziu
com Hélder Freire Costa, “Ó Troilaré, Ó Troilará”, “Mulheres ao Poder”,
“Tem a Palavra a Revista”, “A Revista é Linda!” e “Já Viram
Isto?!...”. Com Óscar Branco, co-produziu “O Estádio da Nação” e,
com a Media Capital Entertainment, “Alberto e as Borboletas” (de
Francisco Nicholson e Armando Cortez) e “As Taradas” (de Eduardo Damas).
Em
2003, participou no espectáculo “Cada Dia Um a Um a Liberdade e o Reino”,
dirigido por Jorge Silva Melo, e trabalhou com Filipe La Féria em “A Rainha
do Ferro Velho”, “Um Violino no Telhado” e “A Gaiola das Loucas”.
Faz
televisão, integrando o elenco de várias novelas e séries, e entrou em
telefilmes de realizadores como Ruy Guerra, Tiago Guedes e Rita Nunes.
Actor
regular no cinema, participou em mais de 20 películas, entre elas “Aqui na
Terra” de João Botelho; “Sapatos Pretos”, “Ganhar a Vida” e “Noite
Escura” de João Canijo; “Os Mutantes” de Teresa Villaverde; “Corte
de Cabelo” de Joaquim Sapinho; “Viúva Rica Solteira Não Fica” de
José Fonseca e Costa; “Senhor Jerónimo” de Inês de Medeiros; “Camarate”
de Luís Filipe Rocha; “A Costa dos Murmúrios” de Margarida Cardoso; “Filme
da Treta” de José Sacramento; e “Embargo” de António Ferreira; entre
outros.
Ganhou
o Globo de Ouro e o Prémio Nacional de Teatro Bernardo Santareno
como Melhor Actor de Teatro, pelo musical “Um Violino no Telhado”,
no ano de 2009.
José
foi casado durante 23 anos (1985/2008) com a actriz Maria João Abreu, de quem
teve dois filhos: Miguel Abreu Raposo e Ricardo Abreu Raposo.
Após
a separação, teve um relacionamento com Ânia Pais, que durou cerca de 3 anos.
Actualmente,
é casado com a actriz Sara Barradas, que conheceu nas gravações da telenovela “Espírito
Indomável”, exibida na TVI, em 2010. Em 2019, foi pai novamente,
desta vez de uma menina, de nome Lua Barradas Raposo, fruto da relação com Sara
Barradas.
Ao
longo da sua carreira, recebeu vários prémios, nomeadamente: Prémio Sophia
de Melhor Actor Secundário de Cinema, com “São Jorge” (2018); Prémio
de Melhor Actor Secundário de Cinema do Festival Caminhos do Cinema
Português, com “São Jorge” (2017); Prémio Áquila, na
categoria de Cinema - Melhor Actor Secundário, com “O Leão da Estrela”
(2016); Prémio Nacional de Teatro Bernardo Santareno, pela sua
interpretação em “Um Violino no Telhado” (2009); entre outros, além de
várias nomeações.
Em
2022, recebeu da Câmara Municipal de Lisboa a Medalha Municipal de
Mérito Cultura, no 100º aniversário do Parque Mayer.
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