
Filho de um português casado com uma brasileira, Evaristo foi um óptimo estudante, tendo aprendido francês, latim, inglês e filosofia. Frequentou igualmente aulas de retórica e poética.
Quando concluiu os estudos, o pai já tinha aberto uma livraria e os livros que trazia da Europa tinham em Evaristo o primeiro e o mais curioso dos leitores. O seu projecto frustrado de ir estudar para a Universidade de Coimbra encontrou compensação na livraria do pai.
1821 foi o «o ano do constitucionalismo português». Ninguém podia ficar indiferente. Os conservadores, receosos de desordens, alimentavam a esperança de que a chegada das novas instituições não significaria a ruptura com Portugal, pois haveria uma monarquia dual, servindo a coroa como união. Era o pensamento de Evaristo da Veiga, ilusão de que participaram muitos brasileiros. Não tardaram os constitucionalistas de Portugal a demonstrar a sua incompreensão pelas coisas do Brasil e foram aparecendo as resoluções das Cortes que tinham como propósito estabelecer a antiga submissão colonial, embora de outra forma. Foi então que despertou o seu patriotismo: um soneto em 17 de Outubro de 1821 foi intitulado O Brasil. Outro, de Fevereiro de 1822, já estigmatizava «a perfídia de Portugal».
Em 16 de Agosto de 1822, escreveu o Hino Constitucional Brasiliense, tendo composto no total sete hinos, que foram entoados por milhares de pessoas.
Abriu uma livraria com o dinheiro da herança materna. Era um negócio lucrativo pois o país estava-se europeizando e os livros e jornais eram os principais agentes dessa europeização.
Fundou o jornal A Aurora Fluminense, em 1827, do qual era também o seu redactor principal e por fim o único.
Em 1830 foi eleito deputado por Minas Gerais, tendo sido reeleito até morrer. Era um nome conhecido no Brasil inteiro.
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