"Escrita - Acto Solitário, mas que se deve Partilhar" - Gabriel de Sousa *** "Quanto mais envelhecemos, mais precisamos de ter que fazer" - Voltaire *** "Homens de poucas palavras são os melhores" - Shakespeare *** "Um Banco é como um tipo que nos empresta o chapéu-de-chuva quando está sol e que o pede assim que começa a chover" - Mark Twain
domingo, 4 de fevereiro de 2007
EFEMÉRIDE - Hilda Hilst, poetisa, escritora e dramaturga brasileira, morreu em Campinas, no dia 4 de Fevereiro de 2004. Nascera em Jaú, interior do Estado de São Paulo, em 21 de Abril de 1930. Formou-se em Direito em 1952, na Universidade de São Paulo e, em 1950/1951, escreveu os seus primeiros livros. Até 1963 levou uma vida boémia, escandalizando a sociedade paulista. De rara beleza, “despedaçou” vários corações. Vinícius não foi excepção. Em 1957, viajou pela Europa durante sete meses. Depois, namorou com o actor americano Dean Martin e, fazendo-se passar por jornalista, assediou sem sucesso Marlon Brando, outro actor de Hollywood. Em 1966, mudou-se para a Casa do Sol, uma chácara próxima de Campinas, onde hospedou diversos escritores e artistas por vários anos. Mais tarde dedicou-se inteiramente à literatura, numa carreira que durou cerca de meio século. Entretanto, morrera o seu pai que, durante toda a vida, tinha padecido de doença mental, que o levava a longos internamentos. Hilda fez programas de rádio, em que dizia interpretar vozes de pessoas já desaparecidas, afirmou que discos voadores tinham aterrado na sua fazenda e, em 1990, anunciou o “adeus à literatura séria”, enveredando por obras pornográficas. Justificou-se dizendo que necessitava de vender mais livros e conquistar assim o reconhecimento do grande público. Em 1995 já sofria de isquemia cerebral e o Centro de Documentação Alexandre Eulálio, da UNICAMP, adquiriu todo o seu arquivo pessoal. Em 1997, textos seus foram lidos no Canadá, no Dia Internacional da Mulher. Peças de Teatro de sua autoria foram representadas em todo o Brasil. Continuou a escrever, voltando a dedicar-se a questões sobrenaturais. Foi agraciada com muitos prémios, entre os quais se destacam: Prémio Pen Clube de São Paulo (1962), Prémio Anchieta (1969), Prémio Associação Paulista de Críticos de Arte (1977), Grande Prémio da Crítica (1981), Prémios Jabuti (1984 e 1993), Prémio Cassiano Ricardo (1984) e Prémio Moinho Santista (2002). Parte da sua obra foi traduzida para francês, italiano, alemão e inglês. Muitos dos seus livros estão esgotados, esperando reedições.
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