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sábado, 3 de março de 2007
EFEMÉRIDE - Marguerite Duras, de seu nome verdadeiro Marguerite Germaine Marie Donnadieu, escritora e directora de filmes francesa, faleceu em Paris, no dia 3 de Março de 1996. Nascera em Gia Dinh, antiga Indochina Francesa, actual Vietname, em 4 de Abril de 1914. Estudou Direito em França, licenciando-se em Ciências Políticas. Tornou-se escritora, adoptando como apelido o nome da vila em que se situava a casa de seu pai, que morrera quando ela tinha sete anos. A vida de Duras será uma história entre primaveras e tempestades, entre álcool e aborrecimento, entre palavras e silêncios. Durante a ocupação alemã, juntou-se à Resistência e só conseguiu escapar de uma emboscada graças à ajuda de François Mitterrand, que seria anos mais tarde presidente da república francesa. Escreveu peças de teatro, novelas, filmes e narrativas curtas, sendo a sua obra associada ao Movimento Novo Romance e ao Existencialismo. Alguns dos seus livros foram adaptados ao cinema. Durante o “Maio de 68”, em França, encontramo-la na primeira linha, ao lado dos estudantes contestatários. Descontente com as adaptações feitas das suas obras, passou a dedicar-se ela própria ao cinema. Em 1971, juntamente com Simone Beauvoir e Jeanne Moreau, assinou um Manifesto reclamando a anulação da lei que condenava o aborto. Consumida pelo álcool, fez uma cura de desintoxicação, deixando de beber, mas voltando a mergulhar no vício tempos mais tarde. Como já havia feito no Teatro, também no Cinema, Duras inovou até ao limite da experimentação. No filme “O Homem do Atlântico”, esse limite foi levado ao extremo, com uma sequência de trinta minutos, em que apenas a sua voz é ouvida sobre uma imagem completamente negra. Em 1981, para o romance “A Doença e a Morte”, já necessitou de alguém a quem o ditar. Nova cura de desintoxicação em 1982. Em 1984, publicou o romance “O Amante”, que ganhou o célebre Prémio Goncourt e foi um êxito em todo o Mundo. De novo prisioneira do álcool, tentou dar uma explicação para o seu vício, no livro “Vida Material”. Morreu em Paris, a um mês de completar oitenta e dois anos. Era um domingo, oito horas da manhã.
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