"Escrita - Acto Solitário, mas que se deve Partilhar" - Gabriel de Sousa *** "Quanto mais envelhecemos, mais precisamos de ter que fazer" - Voltaire *** "Homens de poucas palavras são os melhores" - Shakespeare *** "Um Banco é como um tipo que nos empresta o chapéu-de-chuva quando está sol e que o pede assim que começa a chover" - Mark Twain
domingo, 30 de setembro de 2007

Teve uma infância feliz até aos quinze anos, idade com que foi deportado juntamente com a família para Auschwitz e Buchenwald. Nestes campos de concentração, perdeu vários familiares, entre os quais a irmã e os pais.
Libertado pelos americanos no fim da guerra, esteve uma dezena de anos em França, durante os quais fez os seus estudos de Filosofia na Sorbonne. Tornou-se depois jornalista do diário israelita Yediot Aharonot, o que lhe possibilitou correr mundo e encontrar-se com personalidades de relevo, artistas, filósofos e chefes de estado.
Aos trinta anos, começou a descrever as suas experiências nos campos de concentração. Além de ter escrito quinze romances, Elie Wiesel é autor de duas peças teatrais e de numerosos ensaios. Toda a sua obra tem como elo comum a defesa e salvaguarda da Memória. Recebeu vários prémios literários.
Foi condecorado, em 1984, com a Legião de Honra Francesa, recebeu a Medalha do Congresso Americano e é doutor honoris causa em mais de uma centena de universidades. Preside à Academia Universal das Culturas, desde a sua fundação em 1993.
Em 2006, foi-lhe proposto o lugar de Presidente do Estado Israel, o que ele recusou explicando que «é somente um escritor»
sábado, 29 de setembro de 2007

Adhemar começou a competir em 1947. Foi penta-campeão sul-americano, tri-campeão pan-americano e dez vezes campeão brasileiro. Ao todo conquistou mais de quarenta títulos e troféus internacionais.
Conseguiu apenas o 14º lugar nos primeiros Jogos Olímpicos a que concorreu (Londres), mas nos seguintes (Helsínquia/52 e Melbourne/56), conquistou as medalhas de ouro no Triplo Salto. Em Helsínquia, no decorrer do concurso bateu por quatro vezes o recorde do Mundo.
Nos Jogos seguintes (Roma/60) teve problemas pulmonares, que não estavam diagnosticados, e não passou das eliminatórias.
Muito versátil nas suas actividades, formou-se em Escultura em 1948, em Educação Física no Exército, em Direito em 1968 e em Relações Públicas em 1990. Foi Adido Cultural na Embaixada Brasileira em Lagos, na Nigéria, de 1964 a 1967.
Em 1956, foi actor numa peça de Vinícius de Moraes (Orfeu da Conceição) e, em 1962, num filme franco-italiano (Orfeu Negro), Palma de Ouro em Cannes e Óscar do melhor filme estrangeiro.
É-lhe atribuída a frase : «O Homem quando vem ao Mundo não sabe para o que vem, ou para onde vai. Graças ao Desporto eu fui longe. Escapei das drogas e da violência».
sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Após a morte do pai, trabalhou duramente para ajudar no sustento da família, tendo sido bancário, professor e fazendeiro. Foi ainda ajudante em navios mercantes e em alguns baleeiros. As viagens que então fez deram-lhe matéria importante para os primeiros livros e para um certo conforto financeiro.
Teve enorme sucesso no início da sua carreira literária, mas foi depois perdendo a sua popularidade, tendo morrido quase esquecido e sem poder adivinhar o êxito que viria a ter no século XX a sua principal obra - o romance Moby Dick. Curiosamente, este livro tinha sido publicado em 1851 sob o título “A Baleia” e não teve grande aceitação da parte da crítica, sendo mesmo apontado como uma das razões para o declínio da sua carreira de escritor. Também o pequeno romance Billy Budd, que não conseguiu publicar em vida, foi publicado postumamente e adaptado a uma ópera e depois ao cinema.
“Moby-Dick” tem tido várias versões cinematográficas, sendo a mais célebre a de John Huston em 1956.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Na defesa dos direitos das Mulheres, seguiu as pisadas de sua mãe Emmeline, sendo acompanhada pela irmã Christabel. Foi várias vezes presa em virtude do seu activismo.
Conquistado o direito das mulheres ao Voto, sem restrições, em 1928, muitas outras desigualdades tiveram de ser combatidas. Falar de Sylvia Pankhurst e da sua família é relembrar, às jovens de hoje, algumas das mulheres que combateram para conquistar direitos, hoje dados como naturalmente adquiridos: estudar, escolher uma profissão, ter uma conta bancária, viajar, vestir o que lhes apetece, casar ou coabitar com quem amam, ter ou não ter filhos e, entre muitos outros direitos, o de votar. No início do século XX, ainda a maior parte das universidades europeias não permitia o ingresso de mulheres e a luta pelo direito ao voto foi uma das mais importantes do século XIX, onde mulheres com muita ou pouca cultura e com mais ou menos bens económicos reivindicaram vivamente esse direito, tendo algumas dado a vida por essa conquista.
Sylvia estudou no Royal College of Arts e foi escritora e artista. Durante a Primeira Grande Guerra, juntamente com outras mulheres, parou com as suas actividades, para dar apoio aos soldados feridos e também para angariar dinheiro destinado a abrir hospitais para bebés em Londres.
Entusiasmada com a Revolução Russa de 1917, para lá partiu e foi conhecer pessoalmente Lenine. Em 1930, foi apoiar os republicanos espanhóis na Guerra Civil. Sylvia também ajudou refugiados judeus a fugir da Alemanha nazi e, na campanha italiana na Etiópia, manifestou-se contra a invasão. Nunca quis casar, o que não a impediu de querer (e ser) mãe.
Foi convidada pelo governo etíope para residir naquele país, onde fundou diversos jornais e desenvolveu uma intensa campanha anti-racista. Ali viveu o resto dos seus dias e, quando morreu, teve honras de funeral de Estado, tal era a consideração que os etíopes lhe dedicavam.
quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Começou a colaborar na revista “900”, onde publicou o seu primeiro conto. A primeira novela “Os Indiferentes” foi publicada em 1929. Trabalhou durante muitos anos no jornal Il Corriere della Sera, morou dois anos na Inglaterra e viajou por vários países entre os quais os Estados Unidos , o México e a China.
Regressado a Itália, foi considerado persona non grata pelo regime fascista de Mussolini, sendo obrigado a trabalhar como guionista cinematográfico sob outro nome, por causa das leis raciais vigentes (Moravia era de origem judaica). No pós-guerra, voltou a trabalhar como escritor, continuando a colaborar em filmes. Foi crítico cinematográfico no L'Expresso.
Eleito deputado para o Parlamento Europeu, numa lista do P.C.I. , esta missão ocupou-o desde 1984 até à sua morte.
Vários dos seus livros caracterizam-se por uma crítica frontal à sociedade europeia do século XX. Algumas das suas obras foram adaptadas ao cinema, com grande êxito, por Jean-Luc Godard e Bernardo Bertolucci.
terça-feira, 25 de setembro de 2007

Começou a sua vida activa, exercendo várias profissões, tais como a de carpinteiro, pintor de paredes e chefe de correio, só então se decidindo pela Literatura.
Escreveu numerosos Contos, Novelas, Histórias Policiais e Romances. Grande parte da sua obra foi profundamente influenciada e inspirada pela vida nos Estados do Sul, sobretudo com a clivagem social entre Negros e Brancos.
Serviu na Aviação Canadiana durante a Primeira Guerra Mundial, mas o armistício foi assinado ainda ele não tinha feito o primeiro voo.
Durante um período da sua vida, fixou-se em Hollywood, onde escreveu para vários realizadores de cinema.
Ganhou o Prémio Nobel da Literatura em 1949, o National Book Award em 1951 e o Prémio Pulitzer em 1955. Ofereceu a importância recebida do Prémio Nobel, para criar o Fundo “PEN / Faulkner Award for Fiction” , com a finalidade de ajudar os novos romancistas.
segunda-feira, 24 de setembro de 2007

No site http://www.planetrugby.com/ está a decorrer uma votação para determinar qual a equipa que mais nos impressionou no recente Mundial:
- Só pelo facto de serem amadores, merecem o nosso voto;
- Só pelo facto de cantarem o nosso Hino com aquele entusiasmo e fervor, merecem o nosso voto;
- Estás à espera de quê para votar em Portugal?

Françoise Sagan conheceu o sucesso mundial, como escritora, logo aos dezoito anos quando escreveu, em menos de dois meses, o que seria o seu maior clássico, Bonjour Tristesse, ao qual se seguiram cerca de cinquenta obras, entre romances, peças teatrais e autobiografias. Colaborou igualmente em vários filmes, sobretudo com diálogos.
Os seus temas favoritos eram a vida fácil, automóveis rápidos, vivendas burguesas, o sol e uma mistura de cinismo, com sensualidade e indiferença.
Consumia drogas e álcool sem moderação, tendo sido casada duas vezes, com um filho do seu segundo casamento.
Foi amiga de Tennessee Williams, de Orson Welles, de Sartre e de François Mitterrand, todos desaparecidos antes da sua morte. Quando morreu estava doente, solitária e afogada em dívidas.
domingo, 23 de setembro de 2007
«Um novo Aeroporto para Lisboa»
OuTrA?
(sextilha humorística)
- Querias Ota? - Esquece!
Eu já sei o que acontece:
- Com tanta esperteza e manha
E enquanto o tempo voa,
O Aeroporto de Lisboa
Vai ser em terras de Espanha!
OuTrA?
(sextilha humorística)
- Querias Ota? - Esquece!
Eu já sei o que acontece:
- Com tanta esperteza e manha
E enquanto o tempo voa,
O Aeroporto de Lisboa
Vai ser em terras de Espanha!
NB - Menção Honrosa no X Concurso Literário da Academia Antero Nobre – 2007 (Pedreiras – Porto de Mós)
AMOR
(acróstico)
(acróstico)
1
Amar não é um pecado
Mas Mulher é tentação:
O desejo mora ao lado,
Renovando o coração.
2
A vida faz e desfaz,
Multiplicando os sinais;
O tempo não volta atrás,
Recusa volver ao Cais. (a)
3
A rosa que eu te dei
Mais não foi que uma miragem,
O que não queres, eu sei:
Recordar a minha imagem.
Gabriel de Sousa
(a) - Menção Honrosa no X Concurso Literário da Academia Antero Nobre – 2007 (Pedreiras – Porto de Mós)
(a) - Menção Honrosa no X Concurso Literário da Academia Antero Nobre – 2007 (Pedreiras – Porto de Mós)

(mini-conto)
No crepúsculo da minha vida, já com oitenta e muitos anos, relembro com saudade aqueles olhos grandes, vivos e meigos; mais tarde, suplicantes e tristes; por fim, sem brilho… Mas eu vou contar!
*****
No ano em que acabei a instrução primária, como se chamava então, meus pais tinham prometido dar-me um gatinho branco se eu passasse no exame. Logo combinei que, se fosse gata, seria a Branca de Neve; se fosse gato, chamar-lhe-ia Esquimó.
Passei no exame e, no dia seguinte, meu pai trouxe para casa aquele que seria a partir daí o meu companheiro de todas as horas. Era um gato e baptizei-o como previsto. O Esquimó era muito meigo e brincalhão. Adorava brincar com cordéis e bolas de papel. Cada vez que eu chegava a casa, estava à minha espera no hall da entrada. Gostava de dormir na minha cama, junto aos pés, e eu deixava.
*****
Entrei para o Liceu e, à medida que os estudos avançavam e se tornavam mais difíceis, comecei a ter menos tempo para ele. Ao chegar a casa, ele lá estava para me saudar. Afagava-o rapidamente e metia-me logo no quarto para estudar. Fechava sempre a porta pois, de outro modo, o Esquimó entrava e não pararia de miar, até eu lhe dar colo, impedindo-me assim de trabalhar. Um dia, em que me esqueci de fechar a porta, ele entrou e saltou para os meus ombros, arranhando-me, mas nada de especial... No entanto, dei-lhe um grito e ele fugiu assustado. Nessa noite já não foi dormir comigo.
*****
Deixou de me ir esperar à chegada a casa e andava triste pelos cantos. Quase deixou de comer, só bebia água.
Um dia, minha mãe chamou-me dizendo que não sabia onde ele estava. Procurámos por baixo dos móveis e não o encontrámos. Tive um mau pressentimento e corri para a janela da marquise das traseiras. Em baixo, uma mancha branca imóvel fez-me adivinhar o pior.
Desci a escada a correr e bati à porta da vizinha da cave. Pedi para entrar e corri para o quintal. Chamei-o pelo nome e ele olhou-me com os seus olhos grandes. Tristes mas lindos, suplicantes. Parecia que me tinha esperado para, enfim, poder morrer. A sua cabeça descaiu, manteve os olhos muito abertos, mas terrivelmente baços. Chorei e aquela imagem e aqueles olhos, acompanharam-me pela vida fora.
*****
Durante mais de setenta anos, pensei nele muitas vezes, sentindo-me culpado pela sua morte. Obviamente que ele morreria, de qualquer outro modo, anos mais tarde, mas assim tinha sido uma morte antecipada e por minha culpa. Nunca ninguém me tirou da cabeça que tinha sido um suicídio, um modo de me chamar a atenção, um modo de me expressar a sua amizade e a sua dor, um meio de me dizer Adeus e de me poder olhar olhos-nos-olhos por uma última vez.
Agora, que se aproxima a minha vez de partir, penso no Esquimó com muita saudade. Houve amigos, que entraram e saíram da minha vida, outros que ficaram até agora, mas não tenho vergonha em dizer, que ele terá sido o meu melhor e mais fiel companheiro.
Talvez em breve o vá encontrar. Se isso acontecer, vou pedir-lhe perdão e tentaremos os dois recuperar o tempo perdido.
Gabriel de Sousa
NB - 5º Prémio no X Concurso Literário da Academia Antero Nobre – 2007 (Pedreiras – Porto de Mós)

Interessou-se inicialmente pela histeria e, tendo como método a hipnose, estudou os casos de vários pacientes. Depois, interessou-se pelo inconsciente e pelas pulsões, abandonando a hipnose em favor da associação livre. Estes elementos foram as bases da Psicanálise.
Como resultado de discussões de casos clínicos com um colega mais velho da Faculdade de Medicina (Dr. Breuer), publicou os seus primeiros artigos sobre a psicanálise.
Nos primeiros anos do século XX, publicou A Interpretação dos Sonhos e A Psicopatologia da Vida Quotidiana.
Segundo Freud, as pessoas experimentam muitas vezes pensamentos e sentimentos que são tão dolorosos que não podem suportar. Tais pensamentos e sentimentos (assim como as recordações associadas a eles) não podem ser expulsos da mente mas, em troca, são expulsos do consciente para formar parte do inconsciente.
Muitas das teorias e práticas freudianas têm sido substituídas por descobertas empíricas ao longo dos anos. A psiquiatria e a psicologia, como ciências, desmentem hoje grande parte do trabalho de Freud, apesar de haver ainda muitos especialistas que continuam a aprender e a praticar a psicanálise freudiana tradicional.
sábado, 22 de setembro de 2007

Bocelli tinha glaucoma congénito à nascença e ficou completamente cego, aos doze anos, em virtude de acidente, ao ser atingido na cabeça durante um jogo de futebol.
Na sua infância, já tocava órgão na igreja e, aos 12 anos, venceu o Prémio Margherita d'Oro, em Viareggio, com a canção "O Sole Mio".
Doutorou-se em Direito na Universidade de Pisa e, depois de trabalhar um ano como advogado, teve aulas de canto e passou a dedicar-se integralmente à música.
Em 1994, venceu o Festival da Canção Italiana, com a canção "Il mare calmo della sera", o que lhe trouxe o primeiro disco de ouro. No mesmo ano, estreou-se na ópera Macbeth, de Giuseppe Verdi, cantou num concerto de beneficência de Pavarotti em Modena e actuou para o Papa João Paulo II no Natal.
Em 1996, cantou com a soprano inglesa Sarah Brightman uma versão em dueto de "Con te partirò", intitulada "Time to Say Goodbye", que bateu recordes de vendas e ficou no topo das canções mais tocadas na Alemanha durante seis meses.
Tem actuado em várias cidades de todo o Mundo, também em muitos eventos de caridade e até no local dos destroços das Torres de Nova Iorque (Outubro de 2001).
É um dos cantores italianos mais conhecidos mundialmente, com cerca de 40 milhões de discos vendidos, entre eles quatro óperas completas e inúmeras músicas clássicas e canções populares.
sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Apesar do pai ter desejado que ele seguisse a carreira de Direito, ele muito cedo demonstrou um maior interesse por literatura e por antiguidades.
Walter Scott foi o criador do romance histórico, apesar de ter iniciado a sua carreira literária como poeta e de, aos vinte e dois anos, já ser considerado o “primeiro poeta nacional”. Contribuiu para forjar uma imagem romântica do seu país e da respectiva história. Estreou-se como romancista em 1814, com um livro (Waverley) publicado “anonimamente” e que teve grande êxito. Começara-o a escrever em 1805. Nascia para a literatura mundial um dos mais célebres escritores escoceses, a ombrear com Adam Smith e Robert Louis Stevenson.
Atravessou vários períodos de grande sofrimento com a perna e com cálculos biliares. Alguns dos seus romances foram “ditados” aos editores sob o efeito de ópio, que tomava como analgésico. Quando a saúde o permitia, chegava a afirmar que descobria vários episódios dos seus livros, ao mesmo tempo que os leitores.
Em 1819, Walter Scott, que descrevia normalmente o passado recente da Escócia, publicou o seu primeiro verdadeiro romance histórico, evocando a Inglaterra do século XII (Ivanhoe, uma obra conhecida em todo o Mundo). A primeira edição, de 10 000 exemplares, esgotou-se em menos de duas semanas.
Teve um fim de vida penoso, com vários problemas de reumatismo e perda de visão. Em Fevereiro de 1830 teve um primeiro ataque de apoplexia, que se repetiu nove meses mais tarde. No entanto, continuou a trabalhar e a escrever até ao fim.
Em sua homenagem, a Gare Central de Edimburgo tem o nome do seu primeiro romance e a sua imagem apareceu em várias notas emitidas pelo Banco da Escócia. Tem igualmente um monumento em Edimburgo.
Para além de poemas e romances, deixou-nos novelas, contos, ensaios e peças de teatro, para além de ter feito várias traduções de obras de autores estrangeiros.
quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Viveu a sua infância na Guadalupe e, aos 12 anos, foi para Pau, França, onde completou o curso de liceu. Prosseguiu depois, em Bordéus, os seus estudos de Direito.
Tendo-se tornado amigo do escritor André Gide, foi este que o encorajou na carreira literária. Em 1911, publicou a sua primeira recolha de poemas “Éloges”, livro que teve grande sucesso. Em 1914 decidiu seguir a carreira diplomática.
De 1916 até 1921 esteve colocado na China, onde escreveu o livro Anabase, publicado em 1924. Foi alto funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, de 1933 a 1940.
Exilou-se nos Estados Unidos em 1940, durante a ocupação alemã, tendo perdido mesmo a nacionalidade francesa. Publicou vários livros, tendo recuperado a nacionalidade em 1944, quando da Libertação. Continuou nos Estados Unidos até 1957, mas deslocava-se por longos períodos a França, onde acabou por se fixar para descansar e escrever as suas últimas obras.
Ao receber o Prémio Nobel de Literatura, em 1960, Saint-John Perse declarou amargamente «ter recebido felicitações de 14 governos estrangeiros e não da sua própria pátria».
O total da sua obra, embora não sendo muito conhecida do grande público, faz com que o nome de Saint-John Perse esteja associado ao que de melhor se escreveu na poesia francesa, durante o século XX.
quarta-feira, 19 de setembro de 2007

No começo da Segunda Guerra Mundial, interrompeu os estudos de Agronomia, participando activamente na resistência ao fascismo.
Em 1945, a viver já em Turim, colaborou em vários jornais. Conheceu então o escritor Cesare Pavese, que o incentivou a seguir a carreira literária. Veio a formar-se com brilhantismo em Letras.
Publicou o seu primeiro livro em 1947 (Il sentiero dei nidi di ragno), onde evoca as suas experiências na “Resistência”.
Em 1952, a conselho do seu editor, abandonou o estilo neo-realista que o caracterizara até então e dedicou-se sobretudo a contos fantásticos. No período 1950/1956, fez a compilação e tradução de muitos contos populares italianos, a partir de contos folclóricos do século XIX.
Instalou-se em Paris em 1964, onde se casou, teve uma filha e prosseguiu a sua carreira. Um dos seus livros mais conhecidos é “A Cidade Invisível”, publicado em 1972 e traduzido para a língua portuguesa.
terça-feira, 18 de setembro de 2007

Após a Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974, Jorge Sampaio foi fundador do Movimento de Esquerda Socialista (MES), mas abandonou o projecto pouco depois, aderindo em 1978 ao Partido Socialista, onde permanece até hoje. A sua primeira eleição como deputado da Assembleia da República foi em 1979. Entre este ano e 1984, foi membro da Comissão Europeia para os Direitos Humanos, onde desempenhou um trabalho meritório.
Entre 1986 e 1987, foi presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista e dois anos mais tarde foi eleito Presidente do Partido, lugar que deteve até 1991. Em 1989, ganhou as eleições para Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, tendo sido reeleito em 1993.
Em 1995, Jorge Sampaio anunciou o desejo de se candidatar à Presidência da República, tendo ganho a eleição logo na primeira volta. Após um primeiro mandato sem controvérsias, prudente e moderado, foi reeleito em 2001. Em cada ano dos seus mandatos, durante um período de cerca de quinze dias, deixava o Palácio Presidencial de Belém para estar mais perto do povo português, com quem convivia de modo simples, tentando ver e resolver os seus problemas.
Como Presidente, a sua acção destacou-se sobretudo nos aspectos sociais e culturais. Na cena internacional, foi um importante defensor da tomada de consciência para a Independência de Timor-Leste, território ocupado então pela Indonésia.
Em 2006, foi agraciado com o grande colar da Ordem da Torre e Espada, de Valor, Lealdade e Mérito e com o grande colar da Ordem da Liberdade.
Em Maio de 2006, o Secretário-geral das Nações Unidas nomeou-o Primeiro Enviado Especial para a Erradicação da Tuberculose no Mundo.
segunda-feira, 17 de setembro de 2007

De origem fidalga, a sua infância passou-se na Corte, onde vários familiares desempenhavam altos cargos.
Sobredotado intelectualmente, Quevedo era coxo de uma perna, gordo e míope, tendo ficado órfão de pai aos seis anos de idade. Refugiou-se nos livros, tendo frequentado a Universidade de Alcalá de Henares a partir de 1596. Aprofundou os seus conhecimentos em vários domínios, tais como: filosofia, teologia, línguas clássicas, árabe, hebreu, francês e italiano. Destacou-se igualmente como poeta, tendo feito parte de uma antologia de “poetas ilustres” publicada em 1605.
Homem de acção, esteve implicado em várias intrigas, sendo reconhecida a sua grande cultura e temida a virulência das suas críticas.
Francisco Quevedo é autor das mais brilhantes e populares páginas satíricas e burlescas da literatura espanhola. Escreveu igualmente uma importante obra lírica e alguns textos de moral e política com grande valor intelectual, que fazem dele o principal representante do barroco espanhol.
terça-feira, 11 de setembro de 2007
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