
Na defesa dos direitos das Mulheres, seguiu as pisadas de sua mãe Emmeline, sendo acompanhada pela irmã Christabel. Foi várias vezes presa em virtude do seu activismo.
Conquistado o direito das mulheres ao Voto, sem restrições, em 1928, muitas outras desigualdades tiveram de ser combatidas. Falar de Sylvia Pankhurst e da sua família é relembrar, às jovens de hoje, algumas das mulheres que combateram para conquistar direitos, hoje dados como naturalmente adquiridos: estudar, escolher uma profissão, ter uma conta bancária, viajar, vestir o que lhes apetece, casar ou coabitar com quem amam, ter ou não ter filhos e, entre muitos outros direitos, o de votar. No início do século XX, ainda a maior parte das universidades europeias não permitia o ingresso de mulheres e a luta pelo direito ao voto foi uma das mais importantes do século XIX, onde mulheres com muita ou pouca cultura e com mais ou menos bens económicos reivindicaram vivamente esse direito, tendo algumas dado a vida por essa conquista.
Sylvia estudou no Royal College of Arts e foi escritora e artista. Durante a Primeira Grande Guerra, juntamente com outras mulheres, parou com as suas actividades, para dar apoio aos soldados feridos e também para angariar dinheiro destinado a abrir hospitais para bebés em Londres.
Entusiasmada com a Revolução Russa de 1917, para lá partiu e foi conhecer pessoalmente Lenine. Em 1930, foi apoiar os republicanos espanhóis na Guerra Civil. Sylvia também ajudou refugiados judeus a fugir da Alemanha nazi e, na campanha italiana na Etiópia, manifestou-se contra a invasão. Nunca quis casar, o que não a impediu de querer (e ser) mãe.
Foi convidada pelo governo etíope para residir naquele país, onde fundou diversos jornais e desenvolveu uma intensa campanha anti-racista. Ali viveu o resto dos seus dias e, quando morreu, teve honras de funeral de Estado, tal era a consideração que os etíopes lhe dedicavam.
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