"Escrita - Acto Solitário, mas que se deve Partilhar" - Gabriel de Sousa *** "Quanto mais envelhecemos, mais precisamos de ter que fazer" - Voltaire *** "Homens de poucas palavras são os melhores" - Shakespeare *** "Um Banco é como um tipo que nos empresta o chapéu-de-chuva quando está sol e que o pede assim que começa a chover" - Mark Twain
quarta-feira, 19 de março de 2008
EFEMÉRIDE – João da Cruz e Sousa, poeta brasileiro, morreu em Estação do Sítio, no dia 19 de Março de 1898. Nascera em Nossa Senhora do Desterro, actual Florianópolis, Santa Catarina, em 24 de Novembro de 1861. Chamavam-lhe o “Dante Negro” e o “Cisne Negro” e foi um dos percursores do Simbolismo no Brasil. Filho de escravos alforriados, recebeu desde criança a tutela e uma educação esmerada do seu “ex-senhor”, o Marechal Guilherme Xavier de Sousa, de quem adoptou o apelido. Aprendeu francês, latim e grego e foi aluno de um professor alemão, com quem aprendeu matemática e ciências naturais. Aos vinte anos, já dirigia um jornal (Tribuna Popular), no qual combateu a escravidão e os preconceitos raciais. Publicou o seu primeiro livro em 1885. Cinco anos depois foi para Rio de Janeiro, onde trabalhou como arquivista, colaborando igualmente no jornal “Folha Popular”. Em 1893 publicou “Missais” (prosa) e “Broquéis” (poesia). Em Novembro desse mesmo ano, casou-se com Gavita, também negra, de quem teve quatro filhos. Morreram todos prematuramente vítimas de tuberculose, o que levou a sua mulher à loucura. Cruz e Sousa veio a contrair igualmente a tuberculose, morrendo aos 36 anos, pobre, infeliz, incompreendido e desiludido com o racismo.
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