segunda-feira, 10 de maio de 2021

10 DE MAIO - MARK CHAPMAN

EFEMÉRIDE - Mark David Chapman, criminoso norte-americano, que cumpre pena de prisão perpétua por ter assassinado, em 8 de Dezembro de 1980, o cantor, compositor e músico britânico John Lennon, do grupo musical britânico The Beatles, nasceu em Fort Worth (Texas) no dia 10 de Maio de 1955. O assassinato foi cometido em Nova Iorque, com cinco disparos de um revólver calibre 38.

Chapman é filho de um militar e de uma enfermeira. A infância foi marcada por abusos sexuais e psicológicos. Durante a juventude, tentou cometer suicídio. Em 1980, comprou a arma três meses antes do homicídio e deixou a sua mulher no Havai, para ir para Nova Iorque. Convenceu-a que precisava de «um tempo para se encontrar», mas confessa agora que tinha já decidido que iria matar. Se não fosse Lennon, escolheria outra pessoa famosa.

Chapman nunca negou ter cometido o crime. Alegou tê-lo feito por «ouvir vozes» que lhe deram tal ordem. Sabe-se que «ouvir vozes» (o termo técnico é alucinação auditiva) é um fenómeno concernente a diversos transtornos mentais, podendo ocorrer também com pessoas sem tais distúrbios. Chapman, no entanto, nunca foi diagnosticado como perturbado mentalmente, ficando provado que tinha plena consciência do que fazia, e por isso foi efectivamente condenado.

Chapman matou John Lennon, numa segunda-feira, pouco antes das 22 horas, em frente do Edifício Dakota, onde o ex-Beatle vivia. Horas antes, Lennon autografara para Chapman uma cópia de seu recém-lançado álbum “Double Fantasy”.

Mark visitava várias vezes o prédio de John para perguntar por ele, dizendo-se «um grande fã».

Chapman, então com 25 anos, citou o romance “Uma agulha num palheiro”, de J.D. Salinger, como inspiração para o crime. O livro trata da história de um adolescente revoltado. Chapman dizia identificar-se com o protagonista do livro, que odiava a falsidade, e desferiu cinco tiros acertando quatro nas costas de Lennon. Mas o seu motivo principal foi o facto de Lennon ter dito várias coisas consideradas por Chapman como blasfémia contra Deus, como declarar-se mais popular que Jesus.

Chapman já declarou várias vezes que matou o ex-Beatle porque este era um alvo mais fácil do que outros em quem tinha pensado, como o apresentador de televisão Johnny Carson ou a actriz Elizabeth Taylor.

Numa audiência em 2010, Chapman confessou que pretendera, com a morte de Lennon, ganhar notoriedade. «Senti que matando John Lennon me tornaria alguém e, em vez disso, tornei-me um assassino, e os assassinos não são alguém», disse, reconhecendo que foi «uma decisão horrível acabar com a vida de alguém por motivos egoístas».

Foi condenado a prisão perpétua, desde o seu julgamento em 1981. Cumpre a pena na prisão de Attica, no estado de Nova Iorque. Os seus pedidos de liberdade condicional foram rejeitados onze vezes desde 2000, pelas diversas instâncias judiciárias.

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