terça-feira, 8 de abril de 2025

8 DE ABRIL - ROBERT BÁRÁNY

EFEMÉRIDE - Robert Bárány, cirurgião austríaco, morreu em Uppsala no dia 8 de Abril de 1936. Nascera em Viena, em 22 de Abril de 1876.

Foi agraciado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1914, pelo seu trabalho de investigação da fisiologia e patologia do aparelho vestibular do ouvido.

Bárány era o mais velho de seis filhos de Maria (nascida Hock), filha de um cientista, e de Ignác Bárány, nascido em 1842 em Várpalota, que era bancário e gestor imobiliário. O seu pai era um judeu húngaro.

Frequentou a escola de medicina na Universidade de Viena, graduando-se em 1900.

Como médico em Viena, Bárány estava injectando fluido no canal auditivo externo de um paciente para aliviar as tonturas. O paciente apresentou vertigem e nistagmo (movimento involuntário dos olhos) quando Bárány injectou líquido muito frio. Em resposta, Bárány aqueceu o fluido para o paciente e o paciente apresentou nistagmo na direcção oposta. Bárány teorizado que a endolinfa foi afundar quando era fresca e subindo quando estava quente e, portanto, o sentido do fluxo da endolinfa foi fornecendo o próprio ceptivosinal para o órgão vestibular.

Ele deu sequência a essa observação com uma série de experiências sobre o que chamou de reacção calórica.

A pesquisa resultante das suas observações possibilitou o tratamento cirúrgico das doenças dos órgãos vestibulares. Bárány também investigou outros aspectos do controlo do equilíbrio, incluindo a função do cerebelo. Diz-se que a vertigem posicional paroxística benigna foi descrita pela primeira vez em textos médicos de Bárány.

Ele serviu no Exército Austro-Húngaro durante a Primeira Guerra Mundial como cirurgião civil e foi capturado pelo Exército Imperial Russo.

Quando o seu Prémio Nobel foi concedido em 1914, Bárány estava num campo de prisioneiros de guerra russo. Em resposta ao recebimento do prémio, Sigmund Freud escreveu em 1915: «A concessão do Prémio Nobel a Bárány, que me recusei a aceitar como aluno há alguns anos porque parecia ser muito anormal, despertou pensamentos tristes sobre o quão desamparado o objectivo de um indivíduo é ganhar o respeito da multidão».

Bárány foi libertado do acampamento de guerra em 1916, após negociações diplomáticas com a Rússia conduzidas pelo príncipe Carl da Suécia e a Cruz Vermelha. Ele então pôde comparecer à cerimónia de entrega do Prémio Nobel em 1916, onde recebeu o seu prémio. Praticamente, assim que recebeu o Nobel, em Janeiro de 1917, com a qualificação automática para fazer tais propostas que vem sendo um Vencedor do Prémio, propôs ao Comité Nobel de Fisiologia ou Medicina que Sigmund Freud recebesse o Prémio. De 1917 até à sua morte, ele foi professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Uppsala.

Bárány faleceu pouco antes de seu sexagésimo aniversário. Ele era o pai do médico e membro da Real Academia Sueca de Ciências Ernst Bárány (1910/1991) e avô do físico Anders Bárány, ex-secretário do Comité Nobel de Física.

segunda-feira, 7 de abril de 2025

7 DE ABRIL - ROGER VERGÉ

EFEMÉRIDE - Roger Vergé, chef francês, nasceu em Commentry no dia 7 de Abril de 1930. Morreu em Mougins, em 5 de Junho de 2015.

Um dos mais importantes chefs de França, Vergé participou no movimento que revolucionou a gastronomia francesa, conhecido como Nouvelle Cuisine.

Nascido numa família modesta, o pai ferreiro e a mãe dona de casa, foi influenciado pela tia Celestine na carreira da gastronomia, trabalhando em restaurantes como o Tour d’Argent e o Plaza Aténée, onde assumiu os papéis de chef de partie e chef rôtisseur.

Logo após, realizou um período de viagens para países como Quénia, Zimbábue e Zaire, entre outros.

Voltou a França na década de 1960 com uma rica e longa experiência de sabores e, então, criou um movimento que hoje em dia é apelidada de “cozinha do sol”.

Trabalhou na cozinha do hotel Club de Cavalière, situado entre Saint Tropez e Lavandou, onde ganhou duas estrelas no “Guia Michelin”.

Em 1969, juntamente com a sua esposa, abriram o Moulin de Mougins, um moinho de azeite do século XVI, situado na Côte d’Azur, perto da cidade de Cannes. Situado no sopé de uma colina e com um jardim sombreado por oliveiras, o seu restaurante tornou-se um local conhecido pelas suas receitas, sendo reconhecido pelo “Guia Michelin” com outra estrela desta publicação, facto ocorrido em 1970.

A segunda estrela, conquistou-a em 1972 e a consagração veio em 1974 com a terceira estrela.

Amigo das artes e dos artistas, no decorrer dos anos ele transformou o seu restaurante num verdadeiro museu vivo com obras dos seus amigos César Baldaccini, Arman, Folon e Tobiasse.

Dedicado à cozinha dos sabores do Mediterrâneo, os seus pratos representaram tanto o peixe pescado no dia, como também vegetais recém-colhidos no interior do país, criando, assim, seguidores e gourmets de grande reputação em França, como Jacques Chibois, Jacques Maximin, Bouley David e Alain Ducasse.

Em 2003, associou-se com o chef Roberto Rugieri e abriram um restaurante em Nova Iorque com um conceito harmonioso entre a cozinha da Provença e da Toscana.

domingo, 6 de abril de 2025

6 DE ABRIL - ISABEL RUTH

EFEMÉRIDE - Isabel Ruth da Silva Roberto dos Santos, actriz portuguesa, nasceu em Tomar no dia 6 de Abril de 1940.

Veio para Lisboa aos 12 anos, onde começou a estudar ballet. Em 1958, partiu para Londres, onde - durante dois anos - frequentou a Royal Ballet School.

De regresso a Portugal, ingressou no Grupo Experimental de Ballet (que mais tarde se transformaria no Ballet Gulbenkian). Aí obteve vários sucessos como bailarina, sendo de destacar a sua criação em “Ritmo Violento” (1961), coreografado por Norman Dickson.

Ingressou no teatro por volta de 1970, depois de se estrear em “O Marinheiro”, de Fernando Pessoa, dirigida por Fernando Amado no Teatro da Casa da Comédia.

Trabalhou depois com Ribeirinho (1967 - “O Inspector Geral”, de Nikolai Gogol, no Teatro Villaret), José Wallenstein, Fernando Heitor, Diogo Dória e Jorge Listopad, entre outros.

No âmbito internacional, uma curta-metragem com Pascal Aubier em França foi o ponto de partida para trabalhar com vários realizadores europeus.

Instalou-se em Itália, em 1967, e aí frequentou os meios artísticos. Tornou-se amiga de Pier Paolo Pasolini e de Bernardo Bertolucci, participando em diversas curtas metragens. Foi dirigida por Pasolini em “Edipo Re” (1967), protagonizou duas longas-metragens (uma, “Il Retorno”, realizada por Leonello Massobrio, outra, “H2S” de Roberto Faenza). E também teatro - ao lado de Laura Betti, fez “Il Ricatto all Teatro”, de Dacia Maraini.

Depois de uma longa viagem ao Oriente, viveu em Espanha e, em 1973, regressou a Portugal. Só em 1979, reapareceu no teatro (em “Éden Cinema” de Marguerite Duras, encenado por Fernando Heitor) e no cinema encarnou a rainha D. Teresa no filme “O Bobo”, de José Álvaro Morais.

Considerada uma das maiores actrizes do cinema português, foi presença fetiche na cinematografia de Paulo Rocha, que a dirigiu em “Os Verdes Anos” (1963), “Mudar de Vida” (1966), “O Rio do Ouro” (1998), “A Raiz do Coração” (2000) e “Vanitas” (2004).

Trabalhou regularmente com Manoel de Oliveira, em “Vale Abraão” (1993), “A Caixa” (1994), “Viagem ao Princípio do Mundo” (1996), “Inquietude” (1998), “Vou para Casa” (2001), “O Princípio da Incerteza” (2002) e “Espelho Mágico” (2006).

Foi ainda dirigida por João Botelho (1980 - “Conversa Acabada”, 1988 - “Tempos Difíceis”), José Álvaro Morais, Jorge Silva Melo, Lauro António, Jorge Cramez, Eduardo e Ann Guedes, Manuel Mozos, Raúl Ruiz, Margarida Gil, Fernando Lopes, Teresa Villaverde, Pedro Costa, Raquel Freire, Cláudia Tomaz e Catarina Ruivo.

Voltou a filmar em Itália com Tonino de Bernardi, onde participou na XVII edição do festival “Segni Barocchi”, em Foligno.

Também escreve e compõe música. Publicou em 2006, o livro “Fotopoesia” pela editora Guerra & Paz, uma autobiografia poética, com prefácio de Urbano Tavares Rodrigues.

Em 1995, no Festival de Cinema em Moscovo Faces of Love”, foi eleita a Melhor Actriz pelo seu desempenho no filme “Pax”, do realizador Eduardo Guedes.

No final de 1999, a Cinemateca Portuguesa fez-lhe uma homenagem e João Bénard da Costa dedica-lhe o livro “A dupla vida de Isabel Ruth”.

Ganhou duas vezes um Globo de Ouro para Melhor Actriz, a primeira vez foi em 2007, pela sua interpretação em “Vanitas” do realizador Paulo Rocha; voltando a ganhar em 2019 pelo papel que interpretou no filme “Raiva” de Sérgio Tréfaut, pelo qual também ganhou o de Melhor Actriz nos Prémios Sophia do mesmo ano.

A Academia Portuguesa de Cinema, distinguiu-a com o Prémio Sophia Carreira em 2012.

Em 27 de Março de 2018, foi feita comendadora da Ordem do Infante D. Henrique, pelo presidente da República Portuguesa Marcelo Rebelo de Sousa.

sábado, 5 de abril de 2025

5 DE ABRIL - MELVYN DOUGLAS

EFEMÉRIDE - Melvyn Douglas, actor norte-americano, nasceu em Macon, Geórgia, no dia 5 de Abril de 1901. Morreu em Nova Iorque, em 4 de Agosto de 1981.

Filho de um pianista e compositor de renome, foi o próprio pai que o levou para a carreira artística.

Teve o seu apogeu nas décadas de 1930 e 1940 e o seu primeiro filme foi “Tonight or Never” com Gloria Swanson. Fez mais de 100 filmes, principalmente comédias.

Filmou ao lado das actrizes mais famosas de todos os tempos, como Greta Garbo, em “As You Desire Me” (1932), “Ninotchka” (1939) e “Two-Faced Woman” (1941); Claudette Colbert, em “She Married Her Boss” (1935); Joan Crawford, em “A Woman’s Face” (1941) e “They All Kissed the Bride” (1942); Marlene Dietrich, em “Angel” (1937); Barbara Stanwyck, em “Annie Oakley” (1935); Rosalind Russell, em “This Thing Called Love” (1940) e “The Guilt of Janet Ames” (1947); Sylvia Sidney, em “Mary Burns, Fugitive” (1935); Maureen O’Hara, em “A Woman’s Secret” (1949); Irene Dunne em “Theodora Goes Wild” (1936); e Katharine Hepburn, em “The Sea of Grass” (1947), entre outras.

Participou também em “Meu Pai, um Estranho”, com Gene Hackman.

Por duas vezes ganhou o Oscar de Melhor Actor coadjuvante. A primeira vez foi em 1964, com o filme “Hud” (1963), e em 1980, a premiação chegou com “Being There” (1979), em que actuou ao lado de Peter Sellers e Shirley McLaine.

sexta-feira, 4 de abril de 2025

4 DE ABRIL - ANTÓNIO AUGUSTO DA SILVA MARTINS

EFEMÉRIDE - António Augusto da Silva Martins, médico-cirurgião e médico-militar, grande desportista e mestre de tiro português, nasceu em    Abrantes no dia 4 de Abril de 1892. Morreu em Lisboa, Pedrouços, em 3 de Outubro de 1930.

Era filho de João Augusto da Silva Martins e de sua mulher Esperança Augusta, naturais de São Miguel do Rio Torto, tendo três irmãos: Henrique Augusto da Silva Martins, Joaquim Augusto da Silva Martins e João Augusto da Silva Martins Júnior, mais conhecido por Martins Júnior, todos estes também naturais da Freguesia de São Miguel do Rio Torto, pois nasceram no lugar de Carvalhal, junto da antiga moagem.

Fez os estudos primários em Santarém com o prof. António Pereira do Nascimento e, em 1904, ingressou no Liceu Sá da Bandeira da mesma cidade, do qual se transferiu, porém, em 1905, por vontade dos pais, para o Liceu de Coimbra (hoje Liceu José Falcão), onde foi um distinto aluno.

Em 1911, teria começado a frequentar o Curso de Filosofia, então na Faculdade de Ciências, hoje na Faculdade de Letras, da Universidade de Coimbra, que eram os preparatórios para o Curso de Medicina, tal como quatro cadeiras na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra a iniciar o Curso de Medicina tendo, porém, pedido transferência para a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, embora os Anuários da Universidade de Coimbra daqueles anos e a documentação no Arquivo da Universidade de Coimbra, nomeadamente os requerimentos de matrícula do Curso de Filosofia e do Curso de Medicina, respectivamente das Faculdades de Ciências e de Medicina, tal como os Livros de Matrículas e termos de Exames não o mencionem.

Em 1913, começou a frequentar o Curso de Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Nesse mesmo ano, foi, numa viagem de estudo, a Cabo Verde, e obteve a classificação de 19 valores em Anatomia, facto que lhe valeu ser assistente da cadeira de Anatomia, tendo terminado o Curso de Medicina com elevada distinção em 1917, tornando-se Médico-Cirurgião.

Foi em 1917, que Portugal entrou na Primeira Guerra Mundial, razão pela qual, no ano de 1918, foi incorporado como Tenente-Médico no Batalhão de Infantaria Nº 14 (Viseu), 3ª Brigada, 1ª Divisão, do Corpo Expedicionário Português, com o qual embarcou para França, a caminho das trincheiras da Flandres. Chegado a França, como o seu Batalhão era da retaguarda, requereu de imediato transferência para o Batalhão de Infantaria Nº 23 (Coimbra), 2ª Brigada, 1ª Divisão, sob o comando do major Hélder, e que ia para a frente de batalha. Aí, como tenente-médico, demonstrou ser um bravo combatente, tendo sido condecorado com a Medalha de 1ª Classe da Cruz de Guerra e a fourragère da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, e tendo participado nas ofensivas contra os alemães no final da guerra.

Ainda em França, pois não voltou logo a Portugal em 1918, participou em torneios de Corrida e de Tiro, tendo ficado em 1º lugar no Torneio Pershing e recebido o prémio das mãos do general John J. Pershing, comandante da Força Expedicionária dos Estados Unidos da América que participou na Primeira Guerra Mundial.

Regressou posteriormente a Portugal e conta-se que, após o seu regresso, terá trazido de França o carvalho que hoje se encontra no pátio mesmo junto à antiga moagem, em São Miguel do Rio Torto.

Em 28 de Junho de 1919, foi feito cavaleiro da Ordem Militar de Cristo.

Foi mestre de Tiro, participou em muitos torneios de Tiro e de Atletismo, tendo ganho muitos destes, destacando-se a sua participação nos torneios de Roma (1927), Amesterdão (1928) e Estocolmo (1929), em que foi campeão de Tiro.

Participou em duas edições dos Jogos Olímpicos, em 1920, de Antuérpia onde competiu nas provas de Tiro desportivo e, em 1924, de Paris, onde, além de novamente participar nas provas de tiro, e também fez lançamento de disco do atletismo.

Exerceu Medicina em Lisboa, onde conviveu de perto com o professor António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz, futuro Prémio Nobel da Medicina em 1949, e com o professor Francisco Soares Branco Gentil que, aliás, viria a ser o seu sogro, já que casou em Cascais, em 8 de Março de 1926, com a sua filha, Maria Madalena Mascarenhas Gentil, união da qual nasceram uma filha, Alice Gentil da Silva Martins (1928), licenciada em Psicologia e casada em Lisboa, em 6 de Outubro de 1955, com Horácio Paulo Rey Colaço Menano, de ascendência italiana, francesa, espanhola e alemã, sobrinho materno de Amélia Rey Colaço, primo-irmão de Mariana Rey Monteiro e parente do 1º barão de Colaço e Macnamara, licenciado em Medicina e médico pediatra, do qual foi primeira mulher, divorciados, com geração feminina, e dois filhos, os dois conhecidos clínicos António Gentil da Silva Martins e Francisco Gentil da Silva Martins, o primeiro o cirurgião plástico e cirurgião pediatra que chegou a ser 8º bastonário da Ordem dos Médicos de 1977 a 1986, actualmente famoso pelas operações aos gémeos siameses, este último oncologista.

Faleceu em finais de 1930, durante uma prova de tiro em Pedrouços. A sua morte, aparentemente, foi acidente, pois refere-se que a arma disparou acidentalmente. Aquando do seu falecimento, decerto que se tratava de uma pessoa importante, já que foi notícia em todos os jornais nacionais de 1930, desde “O Século” ao “Diário de Notícias”, entre outros, sem falar duma missa que, uma semana depois, foi realizada na Igreja Paroquial de São Miguel do Rio Torto, e à qual ocorreu gente de praticamente todo o Concelho de Abrantes, tendo a referida igreja ficado superlotada com mais de 3 000 pessoas a quererem assistir, segundo afirma o “Diário de Notícias” de 12 de Outubro de 1930.

Em sua homenagem, a avenida principal do Rossio ao Sul do Tejo, a Avenida Dr. António Augusto da Silva Martins, recebeu o seu nome, e existe um busto seu no Jardim do Castelo de Abrantes.

Em 12 de Dezembro de 1930, foi feito cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, a título póstumo

quinta-feira, 3 de abril de 2025

3 DE ABRIL - ALEC BALDWIN

EFEMÉRIDE - Alexander “Alec” Rae Baldwin, actor, escritor, produtor e activista político norte-americano, nasceu em Amityville no dia 3 de Abril de 1958.

É membro da família Baldwin, sendo o mais velho dos quatro irmãos, todos actores.

Alec Baldwin foi nomeado para o Oscar de Melhor Actor coadjuvante, pelo seu trabalho no filme “The Cooler” (2003) e ganhou três vezes o Golden Globe Award para o Melhor Actor (série cómica ou musical) em televisão, com o seu trabalho em “30 Rock” (Prémios Globo de Ouro 2007, 2009 e 2010). Além disso, ele foi vencedor de oito Screen Actors Guild Awards, dos quais sete foram na categoria Melhor Performance de um Actor numa Série de Comédia em anos consecutivos, tributo ao seu trabalho em “30 Rock”. Além disso, ele é o actor com o maior número de nomeações ao prémio: 20.

Em 21 de Outubro de 2021, no set de filmagem de “Bonanza Creek Ranch” em Santa Fé, Novo México, durante a gravação de uma cena do filme de faroeste Rust, Baldwin disparou uma arma cenográfica que, por alguma razão sob investigação, efectuou um tiro real que matou a directora de fotografia, Halyna Hutchins, e feriu o director Joel Souza. Além de protagonista, Baldwin também era produtor do filme. Hutchins foi transportada para o Hospital da Universidade do Novo México de helicóptero, mas não resistiu. Souza foi transportado para o Christus St. Vincent Regional Medical Center de ambulância, internado e depois recebeu alta. Baldwin passou por um interrogatório e depois foi libertado, declarando ter sido um trágico acidente e que estava cooperando com a investigação. O Departamento de Polícia de Santa Fé ficou encarregado das investigações. Em 20 de Abril de 2022, Baldwin foi inocentado das acusações de homicídio, no entanto a produtora do filme foi multada em cerca de US$ 137 mil, devido às falhas de segurança no set de filmagem. Em 2023, foi retirada a sua acusação por homicídio involuntário. Em 12 de Julho de 2024, o seu julgamento foi anulado após a juíza responsável decidir a favor da defesa de Baldwin e reconhecer que provas, favoráveis ao actor, foram retidas do processo.

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Em 1990, Baldwin conheceu a actriz Kim Basinger, quando eles interpretaram amantes no filme “The Marrying Man”. Casaram em 19 de Agosto de 1993 e tiveram uma filha, Ireland (nascida em 23 de Outubro de 1995). Eles separaram-se em 5 de Dezembro de 2000. Divorciaram em 3 de Setembro de 2002.

Em Agosto de 2011, Baldwin começou a namorar Hilaria Thomas, uma instrutora de ioga do Yoga Vida em Manhattan. Baldwin e Thomas mudaram-se do Upper West Side para Greenwich Village em Agosto.  O casal ficou noivo em Abril de 2012 e casaram em 30 de Junho de 2012, na Catedral de St. Patrick, na cidade de Nova Iorque.  Eles têm sete filhos juntos.  A família Baldwin gravou um reality show, “The Baldwins”, que estreará no TLC em 2025.

Em Janeiro de 2013, foi anunciado que Hilaria estava grávida. No dia 23 de Agosto de 2013, Hilaria teve Carmen Gabriela, a segunda filha do actor. Em 2015, o casal anunciou a chegada do seu segundo filho, Rafael Thomas Baldwin (terceiro filho do actor). No ano seguinte, nasceu Leonardo Ángel Charles Baldwin, terceiro filho do casal. Em Maio de 2018, foi anunciado o nascimento do quarto filho do casal, Romeo Alejandro David Baldwin e, em Setembro de 2020, nasceu o quinto filho.

quarta-feira, 2 de abril de 2025

2 DE ABRIL - ERASTUS BRIGHAM BIGELOW

EFEMÉRIDE - Erastus Brigham Bigelow, inventor norte-americano, nasceu em West Boylston no dia 2 de Abril de 1814. Morreu em Boston, em 6 de Dezembro de 1879. Inventou a máquina de tecelagem.

Em 1839, contratou a produção de um tear mecânico capaz de tecer tapetes de fibra dupla, como os que até então eram tecidos exclusivamente pelo tear manual, que produzia apenas oito jardas por dia.

Com o seu primeiro tear, conseguiu obter dez ou doze jardas por dia, que foram aumentando por meio de melhorias até obter regularmente um produto de vinte e cinco jardas.

Posteriormente, inventou um banheiro eléctrico para tecer “Bruxelas” (ou seja, tapeçaria pictórica) e tapetes de veludo, a sua invenção mais importante, que atraiu muita atenção na Feira Mundial de Londres em 1851.

A cidade de Clinton, Massachusetts, deveu-lhe o seu crescimento e importância manufactora, pois continha as obras de rendas de carruagens, a Lancaster Quilt Company e a Bigelow Carpet Company, todas elas resultado directo da sua capacidade inventiva. O tear de tapetes tornou o seu nome amplamente conhecido.

Bigelow e o seu irmão Horatio são creditados com a fundação da cidade de Clinton, que originalmente fazia parte da cidade de Lancaster.

Bigelow foi eleito membro da Boston Historical Society em Abril de 1864 e, em 1869, apresentou a essa sociedade seis grandes volumes intitulados “Inventions of Erastus Brigham Bigelow” patenteados ema Inglaterra de 1837 a 1868, nos quais foram reunidas as especificações impressas de dezoito patentes concedidas a ele em Inglaterra.

Ele foi eleito membro da American Academy of Arts and Sciences em 1866.

Em 1862, Bigelow formulou um esquema de tributação uniforme para os Estados Unidos por meio de selos, e publicou “The Tariff Question, considered in regard to the Policy of England and the Interests of the United States” (Boston, 1863).

terça-feira, 1 de abril de 2025

1 DE ABRIL- MARIA EUGÉNIA RODRIGUES BRANCO

EFEMÉRIDE - Maria Eugénia Rodrigues Branco Pinto do Amaral, conhecida artisticamente como Maria Eugénia, popular actriz de cinema e cantora portuguesa, protagonista do filme “A Menina da Rádio, nasceu em Lisboa no dia 1 de Abril de 1927.  Morreu na mesma cidade em 25 de Agosto de 2016.

Era filha do músico Francisco José da Silva Branco e de Laura Augusta da Silva Rodrigues. Era irmã de Maria Antonieta, cançonetista da Emissora Nacional.

O maior sucesso de Maria Eugénia como actriz deu-se em 1944, protagonizando “A Menina da Rádio”, película de Arthur Duarte. O mesmo realizador, referência da época de ouro do cinema português, viria a dirigi-la ainda em “O Hóspede do Quarto Treze” e “O Leão da Estrela” (1947).

Maria Eugénia contracenou com os principais actores de cinema de então, como António Silva, Maria Matos, Laura Alves, Milú, Curado Ribeiro ou Óscar de Lemos.

Entre 1944 e 1948, participou em filmes rodados em Espanha. Para além de “O Hóspede do Quarto Treze”, co-produção luso-espanhola de Arthur Duarte, em “Héroes del 95” de Raúl Alfonso e em “Conflicto Inesperado” e “Quando os Anjos Dormem”, de Ricardo Gascón. Neste último, Maria Eugénia contracenou com o actor italiano Amedeo Nazzari, que seria o intermediário de um convite de trabalho do realizador Vittorio de Sica, que a actriz recusou.

Maria Eugénia passou também pela rádio, cantando nos “Serões para trabalhadores” da Emissora Nacional.

Ela foi quinze vezes capa de revista.

Terminou a sua curta carreira antes do final dos anos 1940 após o casamento com o médico António Pinto do Amaral, de quem foi segunda mulher, sendo mãe do poeta, ensaísta, tradutor e professor de literatura Fernando Pinto do Amaral. O seu filho mais velho, António Alcino Branco Pinto do Amaral, morreu aos vinte anos num acidente rodoviário.

Em 2008, recebeu da Câmara Municipal de Lisboa a Medalha de Mérito Municipal, no seu Grau Ouro, a par de Fernanda Baptista, Milú e Nini Remartinez (Irmãs Remartinez).

Em 2011, foi publicado um livro com a sua biografia, “Maria Eugénia, A Menina da Rádio”, com chancela da Oficina do Livro, da autora Rute Silva Correia, com prefácio de Júlio Isidro.

segunda-feira, 31 de março de 2025

31 DE MARÇO - ALEJANDRO AMENÁBAR

EFEMÉRIDE - Alejandro Amenábar, realizador chileno-espanhol, nasceu em Santiago no dia 31 de Março de 1972.

Radicado em Madrid desde 1973.

Fez estudos de Imagem, estreando-se na realização com “La Cabeza” (1991), filme premiado pela Asociación Independiente de Cineastas Amateurs.

Abre los ojos” (1997) reuniu junto da crítica e do público um consenso muito positivo.

Depois de “Los Otros” (2001), protagonizado por Nicole Kidman, filmou com Javier Bardem “Mar Adentro” (2004), filme galardoado com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

Entre numerosos prémios, pode salientar-se o Grande Prémio do Júri no Festival de Veneza, com “Mar adentro” (2004); e uma Menção Especial na mostra Panorama do Festival de Berlim, por “Abre los ojos” (1997).

domingo, 30 de março de 2025

30 DE MARÇO - BILL WITHERS

EFEMÉRIDE - William Harrison “Bill Withers, Jr., cantor e compositor norte-americano de blues e soul que actuou e gravou de 1970 a 1985, morreu em Los Angeles no dia 30 de Março de 2020. Nascera em Slab Fork, em 4 de Julho de 1938.

Gravou vários sucessos importantes, incluindo “Lean on Me”, “Ain’t No Sunshine”, “Use Me”, “Just the Two of Us”, “Lovely Day” e “Grandma’s Hands”.

Withers ganhou três Grammy Awards e foi nomeado para mais quatro.

A sua vida foi o tema do documentário “Still Bill”, de 2009. Ele foi incluído no Rock and Roll Hall of Fame, em 2015.

Withers era o mais novo de seis irmãos na pequena cidade de mineração de carvão de Slab Fork, Virgínia Ocidental.

Withers tinha treze anos de idade quando o pai morreu. Gago, foi criado pela sua avó em grande parte da infância.

Ele alistou-se na Marinha dos Estados Unidos aos dezoito anos e aí esteve durante nove anos, período em que ficou interessado em cantar e escrever músicas.

Dispensado da Marinha em 1965, mudou-se para Los Angeles em 1967, para tentar uma carreira musical. Só alcançou o objectivo quatro anos depois, quando lançou o seu primeiro disco, “Just as I Am”, que inclui hits como “Grandma’s Hands” e “Ain’t No Sunshine”. Lançou mais seis álbuns em sete anos e afastou-se dos palcos, continuando a actuar, mas como compositor.

As suas canções foram interpretadas por artistas como Michael Jackson, Aretha Franklin, Barbra Streisand, Diana Ross, Tom Jones, Paul McCartney, Sting e Mick Jagger e apareceram no cinema e na TV, sendo bandas sonoras de filmes como “Beleza americana”, “O guarda-costas” e “Jerry Maguire”, entre outros. Em 2015, foi incluído no Rock and Roll Hall of Fame.

Withers faleceu em Março de 2020 devido a problemas cardíacos, aos 81 anos. Ele deixou a sua mulher, Marcia, e dois filhos, Todd e Kori.

sábado, 29 de março de 2025

29 DE MARÇO - ARMANDO PARENTE

EFEMÉRIDE - Armando Parente, automobilismo português, nasceu em Lisboa no dia 29 de Março de 1989.

Actualmente, compete no Campeonato Nacional de Sport Protótipos, fazendo equipa com Francisco Abreu, ao volante de um Tattus PY 012 da Team Nova Driver.

Aos 9 anos, iniciou o seu percurso nos karts tendo obtido muito bons resultados como os de Vencedor da Taça de Portugal (2001, 2004 e 2006), Campeão Open de Portugal (2001 e 2002), Campeão Nacional (2002 e 2004) e Vencedor do Open Italiano (2005).

Em 2008, transitou para os fórmulas sagrando-se campeão da ADAC Formel Masters, na Alemanha. Por este mesmo motivo, foi eleito Piloto do Ano pelo jornal “AutoSport” e Piloto Revelação do Ano pelo jornal “AutoHoje”.

Foi ainda piloto rookie do A1GP tendo testado em Sepang, Malásia (2008) e no Algarve, Portugal (2009).

Em 2011, regressou aos karts e obteve o título de Campeão Nacional, na categoria X30 Shifter. Em 2012, renovou o título de Campeão Nacional e foi ainda o vencedor da Taça de Portugal.

Após um ano de paragem, venceu novamente a Taça de Portugal, na categoria X30 Shifter.

Em 2014, estreou-se no Campeonato Nacional de Sport Protótipos e foi vencedor na categoria C3, fazendo equipa com Rafael Lobato, ao volante de um Radical SR3 do Parkalgar Racing Team. Em paralelo, realizou as provas de Portimão, Navarra e Nurbürgring do Campeonato Formula Acceleration 1 (FA1).

Em 2015, voltou a sagrar-se campeão no Campeonato Nacional de Sport Protótipos, desta vez na categoria principal, fazendo equipa com Francisco Abreu, ao volante de um Tattus PY 012 da Team Nova Driver.

Depois de 3 anos de pausa, Armando Parente regressou à competição no Campeonato de Portugal de Velocidade Turismos/TCR Portugal, em 2018, ao volante do Volkswagen Golf GTI TCR, do Team Novadriver, sagrando-se vice-campeão.

sexta-feira, 28 de março de 2025

28 DE MARÇO - JÓZEF SZMIDT

EFEMÉRIDE - Józef Szmidt, atleta polaco, bicampeão olímpico do triplo-salto, nasceu em Bytom no dia 28 de Março de 1935. Morreu em Comuna de Drawsko Pomorskie, em 29 de Julho de 2024.

Nasceu na Silésia, com o nome de família Jozef Schmidt e, após a II Guerra Mundial, mudou o seu nome e aprendeu polaco.

Mecânico de profissão, Szmidt foi duas vezes campeão europeu do triplo, em 1958 e 1962.

Em Roma 1960, conquistou o seu primeiro título olímpico, com a marca de 16,81m, novo recorde olímpico. Nestes Jogos, também participou na estafeta 4x100 m polaca, sem conseguir classificação para as finais. Neste mesmo ano, saltou 17,03m, em Olsztyn, na Polónia, nova marca mundial e o primeiro atleta a ultrapassar os 17 metros.

O segundo título do “Canguru Polaco”, como era chamado, depois de uma operação no joelho pouco antes dos Jogos, foi em Tóquio 1964, quando saltou 16,85m, novamente recorde olímpico, para nova medalha de ouro.

Ainda participou nos Jogos Olímpicos da Cidade do México, em 1968, onde apesar de conseguir o melhor dos três saltos olímpicos, 16,89m, ficou apenas em sétimo lugar.

Em 1975, Szmidt mudou-se para a então Alemanha Ocidental, onde viveu até 1992. Voltou à Polónia, instalou-se no campo com a família, onde comprou vários hectares de terra e criou gado caprino.

Szmidt faleceu em 2024, com 89 anos.

quinta-feira, 27 de março de 2025

27 DE MARÇO - RUDOLF-CHRISTOPH FREIHERR VON GERSDORFF

EFEMÉRIDE - Rudolf-Christoph Freiherr von Gersdorff, oficial do exército alemão que - no dia 21 de Marco de 1943 - participou numa tentativa frustrada de matar Adolf Hitler e a alta cúpula nazi, nasceu em Lüben no dia 27 de Março de 1905. Morreu em Munique, em 27 de Janeiro de 1980. 

Era encarregado de administrar um armazém, em Berlim, de armas apreendidas ao exército soviético.

Tentou aproveitar-se de uma visita de Hitler e da alta cúpula nazi, equipando-se com um cinturão com 5 kg de explosivos, mas, devido à saída prematura de Hitler do armazém, a tentativa de ataque foi frustrada. Desesperado, Gersdorff tentou mantê-los no armazém, porém não foi possível, tendo em seguida corrido a um WC para desactivar a bomba.

Chegou a participar noutras diversas tentativas de assassinato de Hitler, mas todas fracassadas.

Foi o responsável por conseguir os detonadores e os explosivos usados no Atentado de 20 de Julho, retratado no filme “Operação Valquíria”.

(Chegou a ser colocado em França, ocupada pelos alemães, onde seria preso e depois libertado pelos americanos.).

Após a guerra, regressado à Alemanha, recebeu várias condecorações por ter tentado activamente acabar com o regime nazi.

quarta-feira, 26 de março de 2025

26 DE MARÇO - LELLA LOMBARDI

EFEMÉRIDE - Lella Lombardi, uma das poucas mulheres automobilistas italianas de Fórmula 1, nasceu em Frugarolo no dia 26 de Março de 1941. Morreu em Milão, em 3 de Março de 1992.

Lella começou a sua carreira em meados dos anos 1960, no turismo local, em corridas de carros e comícios, conduzindo para a Escuderia Moroni of Lodi.

Em 1968, mudou-se para corridas de circuito, competindo na Fórmula 875-Monza, ganhando a sua terceira corrida da história.

A piloto progrediu através de Fórmulas Júnior no mercado interno, obteve êxito e, em 1970, terminou em 3º o Campeonato Italiano de Fórmula Ford. Ela terminou em 10º o Campeonato Italiano de Fórmula 3, em 1972 conduzindo um Jolly Club.

A sua estreia na Fórmula 1 foi no GP da Grã-Bretanha de 1974, pela equipa Brabham.

No ano de 1975, Lella disputou 12 das 14 provas da temporada. No GP da Espanha, conquistou a melhor colocação de uma mulher na categoria, com a 6º posição, que lhe valeu 0.5 ponto1. Até hoje, Lella é a única mulher a marcar ponto na categoria.

Em 1976, após falhar ao tentar classificar-se para a corrida de abertura da temporada no Brasil, foi substituída pelo sueco Ronnie Peterson. Ainda em 1976, fez três tentativas com um Brabham pela equipa RAM, mas não teve sucesso. O que marcou a sua saída da Fórmula 1.

Entretanto, naquele ano, Lella fez história junto com Divina Galica no Grande Prémio da Grã-Bretanha, o único em que duas mulheres estavam inscritas, porém ambas não se classificaram.

Após a sua saída da F1, teve uma carreira de sucesso com carros de turismo e até participou numa corrida da NASCAR em Daytona, 1977.

Lella obteve considerável sucesso com Giorgio Francia em Osella e, mais tarde, com o Alfa Romeo GTV6.

Continuou a correr no final dos anos 1980, quando foi diagnosticada com um cancro. Faleceu com cancro de mama, aos 50 anos de idade.

terça-feira, 25 de março de 2025

25 DE MARÇO - MARÍA COLÓN

EFEMÉRIDE  María Caridad Colón Rueñes-Salazar, atleta campeã olímpica cubana, nasceu em Baracoa no dia 25 de Março de 1958.

Especializada no lançamento de dardo, foi a primeira mulher latino-americana a ser campeã olímpica.

Bicampeã pan-americana em San Juan 1979 e Caracas 1983, Colón ganhou a medalha de ouro da prova olímpica em Moscovo 1980, derrotando dez competidoras do leste europeu, entre elas Ruth Fuchs, bicampeã olímpica e Tatiana Biryulina, recordista mundial - das doze atletas que fizeram a final, apenas Colón e a italiana Fausta Quintavalla, última colocada, não eram da região, que dominava a modalidade - com um lançamento de 68,40 m, novo recorde olímpico.

Colón continua hoje vinculada aos desportos, integrando o Instituto Superior de Cultura Física Comandante Manuel Fajardo e o Instituto Cubano de Deportes, em Havana.

segunda-feira, 24 de março de 2025

24 DE MARÇO - LODEWIJK VAN DEN BERG

EFEMÉRIDE - Lodewijk van den Berg, astronauta e engenheiro químico norte-americano, nasceu em Sluiskil, Países Baixos, no dia 24 de Março de 1932.  Morreu em 16 de Outubro de 2022.

Van den Berg foi educado nos Países Baixos, onde se formou em Engenharia Química na Universidade Técnica de Delft. Após a graduação, mudou-se para os Estados Unidos, onde continuou os estudos no seu campo, na Universidade de Delaware, conseguindo o doutoramento em Ciência aplicada e Filosofia. Depois de ter o seu título de PhD, começou a trabalhar numa empresa da Califórnia na área de pesquisa do crescimento de cristais. A empresa, EG&G Corporation, era uma contratada de encomendas do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, lidando com pesquisas e informações sensíveis. Isto fez com que ele fosse obrigado a naturalizar-se norte-americano.

Na EG&G, ele actuou no campo da cristalização de matéria e, enquanto pesquisava esta ciência, sugeriu à NASA que realizasse experiências com o crescimento de cristais no espaço, com o que a agência espacial concordou.

Van den Berg e os seus colegas criaram uma experiência chamada Sistema de Crescimento de Cristais a Vapor na EG&G, especialmente para teste num voo do ónibus espacial. A experiência exigia um operador a bordo da espaçonave, em voo orbital, e a NASA decidiu que seria mais fácil treinar um dos cientistas da empresa pra um voo do que um astronauta comum em química aplicada.

A NASA pediu à empresa e a Berg que fizessem uma lista de oito nomes que considerassem capazes de se qualificar num treinamento de astronauta, mas ele e o seu chefe, o dr. Harold A. Lamonds, só conseguiram sete nomes com o perfil necessário, entre os químicos que trabalhavam com crescimento de cristais.

De brincadeira, Lamonds sugeriu a Berg que se incluísse na lista, para que conseguissem os oito nomes, dizendo que, devido à sua idade, óculos grossos e físico modesto, sem dúvida ele seria eliminado na primeira série de testes.

Van den Berg concordou em incluir-se, mas sem esperar que pudesse ser cogitado pela NASA para a função.

A primeira fase da selecção consistiu em testes de qualificação científica no campo em questão, a qual ele passou facilmente. A segunda fase, com quatro candidatos, constou de testes de aptidão física e mental, que ele também ultrapassou, sobrando apenas dois candidatos para o posto.

Como a NASA sempre teria dois candidatos para a mesma função, um titular e um de reserva, Van den Berg e o seu colega começaram os treinos finais no início de 1983.

Seis meses antes da missão, foi-lhe comunicado, para sua surpresa, que tinha sido escolhido como o astronauta titular. Quando ele foi ao espaço, em Abril de 1985, tinha 53 anos e era um dos mais velhos astronautas novatos da história da exploração espacial.

Lodewijk van den Berg foi ao espaço como especialista de carga da STS-51-B Challenger, lançada de Cabo Kennedy em 29 de Abril de 1985, a primeira missão operacional do laboratório espacial Spacelab 3, levado no compartimento de carga da Challenger. Nela, ele liderou a tripulação nas pesquisas de crescimento de cristais na microgravidade com o experimento a vapor, simulação de atmosfera planetária e solar, raios cósmicos, e monitoração médica de humanos e cobaias de laboratório.

Ao fim da missão, ele havia passado sete dias no espaço, completado 110 órbitas e viajado por 2,9 milhões de milhas náuticas.

De volta à Terra, Van den Berg continuou a fazer pesquisas no seu campo, na EG&G, onde se tornou chefe do departamento de ciência dos materiais.

Mais tarde, mudou-se para a Flórida, onde assumiu o cargo de cientista-chefe da Constellation Technology Corporation.

Em 2004, aos 72 anos, continuava a trabalhar nas suas pesquisas com cristais, um processo que compara à jardinagem. Os cristais que ele produziu foram usados para fazer detectores de precisão de radiação nuclear; estes detectores são usados em equipamentos médicos, em materiais da indústria de Defesa e pela Agência Internacional de Energia Atómica.

Van den Berg visitava o seu país natal em cada dois anos. Recentemente, foi tema de um documentário de curta-metragem chamado “The Forgotten Astronaut” (“O Astronauta Esquecido”). Em Setembro de 2007, o asteróide 11430 Lodewijkberg foi assim baptizado em sua homenagem.

Van den Berg faleceu em 2022, aos noventa anos de idade.

domingo, 23 de março de 2025

23 DE MARÇO - REIS VENTURA

EFEMÉRIDE - Manuel Joaquim Reis Ventura, de seu verdadeiro nome Manuel Joaquim dos Reis Barroso, escritor e pintor português, nasceu em Calvão, Chaves, no dia 23 de Março de 1910. Morreu em Oeiras, São Julião da Barra, em 29 de Janeiro de 1988.

Manuel Joaquim Reis Ventura ingressou na Ordem de São Francisco, em Espanha, e tomou ali o nome de profissão de Vasco Reis, nomes que lhe serviria de pseudónimo.

Notabilizou-se sobretudo pela escrita de obras de temática colonial, mas a sua obra de juventude, “A Romaria”, adquiriu pronta celebridade por ter vencido a “Mensagem” de Fernando Pessoa, no concurso de poesia organizado pelo Secretariado de Propaganda Nacional (Prémio Antero de Quental) em 1934.

Reduzido ao estado laical, foi trabalhar para a Câmara Municipal de Luanda em 1938. Em Angola, dedicou-se à escrita e ao jornalismo e pertenceu à segunda fase da literatura colonial portuguesa do século XX, de clara inspiração africana.

Trabalhando para a Petrofina, iria - junto com o engenheiro Brognon - entregar ao governador de Angola o primeiro frasco de petróleo descoberto no território em 13 de Abril de 1955.

Em 18 de Julho de 1972, foi feito oficial da Ordem do Império.

Em Chaves, existe uma rua com o seu nome - a Rua Reis Ventura.

sábado, 22 de março de 2025

22 DE MARÇO - MUSA MANAROV

EFEMÉRIDE - Musa Khiramanovich Manarov, cosmonauta soviético, nasceu em Bacu no dia 22 de Março de 1951.

Musa Manarov foi seleccionado como cosmonauta em 1 de Dezembro de 1978.

Ele voou como engenheiro de voo na Soyuz TM-4 e na Soyuz TM-11.

Manarov estabeleceu um recorde com o total de 541 dias no espaço.

Manarov aposentou-se em 23 de Julho de 1992.

É actualmente casado e tem dois filhos.

sexta-feira, 21 de março de 2025

21 DE MRÇO - ABEL AUGUSTO DE ALMEIDA CARNEIRO

EFEMÉRIDE - Abel Augusto de Almeida Carneiro, advogado e político português, nasceu em Ponte de Lima no dia 21 de Março de 1926. Morreu no Porto, em 11 de Dezembro de 1976.

Filho do ilustre Limiano Teófilo Carneiro, também Abel Carneiro, como ele, formou-se em Direito na Universidade de Coimbra.

Dedicou a sua vida ao exercício da advocacia, tendo sido eleito deputado à Assembleia Constituinte (1975/1976) pelo Partido Popular Democrático (PPD), no círculo eleitoral de Viana do Castelo.

Escreveu poesia desde a juventude, sem nunca ter reunido em vida essa criação poética.

quinta-feira, 20 de março de 2025

20 DE MARÇO - ALICE VIEIRA

EFEMÉRIDE - Alice de Jesus Vieira Vassalo Pereira da Fonseca, escritora e jornalista profissional portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 20 de Março de 1943.

Com os pais originários de uma aldeia de Lapas em Torres Novas, Alice Vieira nasceu e viveu em Lisboa. Na infância, dos 4 aos 14 anos, passou os Verões nas Termas de Caldelas.

Frequentou o Liceu D. Filipa de Lencastre. Alice Vieira licenciou-se em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Dedicou-se desde cedo ao jornalismo, tendo trabalhado nos jornais “Diário de Lisboa” (onde, juntamente com o seu marido, o jornalista e escritor Mário Castrim, dirigiu o suplemento “Juvenil”), “Diário Popular” e “Diário de Notícias” e colaborou durante muitos anos com a revista “Activa” e o “Jornal de Notícias”.

Após o início da relação com Mário Castrim, Alice mudou-se para o “Diário Popular” para evitar conflitos de interesse. Desta relação, que durou até à morte de Castrim em 2002, tiveram dois filhos: a jornalista e escritora Catarina Fonseca e André Fonseca, professor universitário.

Actualmente, colabora na revista “Audácia”, dos Missionários Combonianos e no “Jornal de Mafra” on-line.

Trabalhou em vários programas de televisão para crianças e é considerada uma das mais importantes escritoras portuguesas de literatura infanto-juvenil.

As suas obras foram traduzidas para várias línguas, como o alemão, o búlgaro, o espanhol, o galego, o catalão, o francês, o húngaro, o holandês, o russo, o italiano, o chinês, o servo-croata, o coreano e o bengali.

Em 7 de Março de 1997, foi feita comendadora da Ordem do Mérito e, a 17 de Novembro de 2020, foi feita grande-oficial da Ordem da Instrução Pública.

Entre os prémios que recebeu, salientam-se: 1979 - Prémio de Literatura Infantil Ano Internacional da Criança; 1983 - Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura Infantil; 1994 - Grande Prémio Gulbenkian, pelo o conjunto da sua obra; 2000 - Prix Octogone (França), para a edição em francês de “Os Olhos de Ana Marta”; 2007 - Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho, com o livro de poemas “Dois Corpos Tombando na Água”; 2010 - Estrela de Prata do Prémio Peter Pan (Suécia) para a edição sueca de “Flor de Mel”;  e em 2016 - Melhor livro em língua portuguesa editado no Brasil da Fundação Nacional para o Livro Infantil e Juvenil.

quarta-feira, 19 de março de 2025

19 DE MARÇO - SIRHAN SIRHAN

EFEMÉRIDE - Sirhan Bishara Sirhan, criminoso palestiniano e assassino confesso do senador Robert F. Kennedy, nasceu em Jerusalém no dia 19 de Março de 1944.

O senador foi atingido por três tiros no dia 5 de Junho de 1968, no hall central do Hotel Ambassador.

O assassino encontrava-se na cozinha, onde presumivelmente trabalhava. Num dado momento, deslocou-se até ao local onde o candidato Robert Kennedy já se despedia dos seus correligionários. As suas palavras, no momento, eram de optimismo com a candidatura a presidente dos EUA, no momento em que encerrava o seu discurso para centenas de partidários reunidos em comemoração da sua presumível vitória.

A maioria dos convidados aglomerava-se à sua volta. Robert Kennedy já era vitorioso na fragorosa vitória nas eleições primárias do Partido Democrata na Califórnia, na sua campanha para a presidência dos Estados Unidos. Kennedy morreu na manhã seguinte ao atentado, dia 6 de Junho.

Embora não houvesse prova de que Sirhan participasse em algum grupo palestiniano que lutava contra a ocupação israelita da Palestina, o motivo para assassinar o senador Kennedy teria sido uma retaliação ao apoio incondicional dos Estados Unidos a Israel durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

Anos antes do assassinato, escreveu um longo diário, em que relatava a sua vida pessoal e o plano para matar Robert Kennedy, que ficou conhecido como “O Diário de Sirhan Sirhan”.

O promotor principal no caso de Sirhan foi Lynn “Buck” Compton, um veterano da Segunda Guerra Mundial que mais tarde se tornou juiz do Tribunal de Apelações da Califórnia. Sirhan foi condenado à morte na câmara de gás em 1969, mas a pena foi comutada em prisão perpétua enquanto aguardava execução, graças à decisão da justiça da Califórnia de anular todas as sentenças capitais proferidas antes de Fevereiro de 1972, abolindo a pena de morte no estado.

Actualmente Sirhan cumpre pena na penitenciária estadual de Corcoran, na Califórnia, onde também estiveram outros presos, como Charles Manson (que faleceu em 20 de Novembro de 2017).

terça-feira, 18 de março de 2025

18 DE MARÇO - ISABEL NORONHA

EFEMÉRIDE - Isabel Helena Vieira Cordato de Noronha, realizadora de cinema moçambicana, nasceu em Lourenço Marques, actual Maputo, no dia 18 de Março de 1964.

O seu pai nascera em Goa durante a administração portuguesa do território, tendo sido o primeiro médico português colocado na província de Inhambane, em 1928. A sua mãe que nasceu em Portugal, mas optou pela nacionalidade moçambicana após a independência de Moçambique, era Assistente Social de profissão, tendo sido directora do Instituto de Educação e Serviço Social em Moçambique e directora pedagógica do Ministério da Saúde após a independência.

Isabel Noronha fez a escola primária ainda no período colonial, na escola Rainha Santa Isabel. Em 1974, durante o período de transição para a independência, estudou no liceu D. Ana da Costa Portugal que, em 1975, aquando da independência de Moçambique, ganhou o nome de Escola Secundária Josina Machel. Foi aí que Isabel estudou até ao 9º ano, tendo frequentado depois a Escola Secundária Francisco Manyanga, onde terminou a 11ª classe, ingressando depois na Faculdade de Educação da Universidade Eduardo Mondlane.

Em 1984, aos vinte anos de idade, Isabel Noronha inicia o seu percurso de cineasta no Instituto Nacional de Cinema, onde trabalhou como assistente de produção, assistente de realização, directora de produção e finalmente realizadora, aprendendo cinema com realizadores e técnicos moçambicanos, na prática do Kuxa kanema (jornal cinematográfico de actualidades), documentários e filmes de ficção produzidos nesta instituição. Aí realizou os seus dois primeiros documentários em película: “Hosi Katekisa Moçambique” e “Manjacaze” (documentário de guerra).

Depois do incêndio do Instituto Nacional de Cinema, começou a trabalhar como cineasta independente. Foi membro fundador da primeira Cooperativa Independente de Vídeo (COOPIMAGEM), onde em 1991 realizou o documentário “Assim na Cidade”, sobre crianças refugidas de guerra, que vendem jornais na cidade de Maputo.

Já mãe de uma filha (Lara Carolina Noronha Abranches de Sousa, 1991), perseguiu o seu sonho de estudar Psicologia, curso que só começou a existir em Moçambique em 1986, após a criação do Instituto Superior Politécnico e Universitário, primeira universidade privada do país.

Em 2002, termina a licenciatura em Psicologia Clínica e Aconselhamento e passa a leccionar nesta instituição as disciplinas de Psicanálise, Psicologia Social, da Personalidade, das Emoções, Orientação Vocacional e Psicologia da Comunicação.

Em 2007, termina o seu mestrado em Saúde Mental e Clínica Social pela Universidade de Léon, Espanha.

A partir de 2003, procura compaginar a sua actividade de docente e psicoterapeuta de inspiração analítica, com a actividade de cineasta. Faz parte do grupo de cineastas que funda a Associação Moçambicana de Cineastas (AMOCINE).

Realiza com subvenção do Fundo de Apoio ao Cinema o documentário “Sonhos Guardados” e em 2006, a sua primeira longa-metragem documental, “Ngwenya”, sobre o pintor moçambicano Malangatana Valente Ngwenya, com que inicia um percurso de utilização experimental de metodologia dialógica para a escrita e realização fílmica, que virá a utilizar daí em diante em vários dos seus documentários.

Sempre interessada em temáticas sociais, depara-se no seu país, aquando da realização dos seus documentários, com um denso silêncio sobre as histórias pessoais, familiares e políticas, que atravessa todas as trajectórias sociais, obrigando-a a pensar a utilização do dispositivo de cinema como meio para fazer face aos Indizíveis da História do país e, simultaneamente, como ferramenta terapêutica. Este movimento inicia com “Trilogia das Novas Famílias”, uma trilogia documental sobre os novos modelos familiares de Moçambique, como resultado da síndrome da imunodeficiência adquirida.

Colocada ao longo deste processo face à necessidade de certos sujeitos, expostos a situações de risco (tanto psicológico como social ou político), poderem contar as suas histórias mantendo, contudo, o anonimato inicia, junto com Vivian Altman, realizadora franco-brasileira de animação, uma série de filmes em que misturam técnicas de documentário e animação. São exemplo desta pesquisa metodológica e formal, “Mãe dos Netos”, um filme sobre uma avó ao cuidado de quem ficaram 14 netos depois da morte de seus filme e suas 7 esposas; “SALANI”, sobre crianças traficadas na fronteira entre Moçambique e a África do Sul; “Meninos de Parte Nenhuma”, sobre crianças escravizadas por adultos dentro das suas próprias famílias ou tendo sido retiradas destas.

Em 2012, co-realiza com três outras realizadoras - Altman (Brasil), Firouzeh Khosrovani (Irão) e Irene Cardona (Espanha), “Espelho Meu”, o primeiro dos seus filmes com uma temática de género, sobre mulheres de diferentes lugares do mundo ao espelho. No mesmo sentido, co-realiza com Camilo de Sousa, “Na Dobra da Capulana”.

Ao longo deste percurso, vai-se dando conta de que necessita de mais ferramentas teóricas, para além da Psicologia, para compreender as realidades sociais com que se depara. Inicia então, o doutorado em Antropologia Social na UNICAMP (Brasil) que termina em 2018. Ao longo do seu percurso de doutoramento (2014/2018) foi aprofundando esta pesquisa metodológica buscando caminhos transversais e interdisciplinares que permitissem trabalhar questões da memória, trauma e silenciamento político, incluindo o uso da construção fílmica como ferramenta terapêutica para lidar com Indizíveis. Neste sentido, defendeu a sua tese “Tacteando o Indizível”, realizada com metodologia dialógica para lidar com questões de memória e silenciamento político.

De 2017 a 2019, trabalhou como pesquisadora convidada no CES (Coimbra), co-realizando com Camilo de Sousa os filmes “O Homem Novo”, entre a “Luta e os Afectos”, finalizado com apoio do ICA à pós-produção e estreado no DocLisboa (2019) com o título de “Sonhámos um País”.

Pesquisa actualmente Identidades, Cultura e Vulnerabilidades; Memória e Silenciamento, em contextos colonial e pós-independência, em especial o uso do cinema como ferramenta terapêutica, de pesquisa social, de testemunho, de descolonização e abertura a outros saberes.

Em 2019, foi convidada a juntar-se ao projecto “The Colour of Labour”, desenvolvendo actualmente pesquisa sobre o sul de Angola, sob orientação da professora Cristiana Bastos.

Tem sido galardoada com muitos prémios, ao longo da sua brilhante carreira.

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