Era
filha do músico Francisco José da Silva Branco e de Laura Augusta da Silva
Rodrigues. Era irmã de Maria Antonieta, cançonetista da Emissora Nacional.
O
maior sucesso de Maria Eugénia como actriz deu-se em 1944, protagonizando “A
Menina da Rádio”, película de Arthur Duarte. O mesmo realizador, referência
da época de ouro do cinema português, viria a dirigi-la ainda em “O Hóspede
do Quarto Treze” e “O Leão da Estrela” (1947).
Maria
Eugénia contracenou com os principais actores de cinema de então, como António
Silva, Maria Matos, Laura Alves, Milú, Curado Ribeiro ou Óscar de Lemos.
Entre
1944 e 1948, participou em filmes rodados em Espanha. Para além de “O
Hóspede do Quarto Treze”, co-produção luso-espanhola de Arthur Duarte, em “Héroes
del 95” de Raúl Alfonso e em “Conflicto Inesperado” e “Quando os
Anjos Dormem”, de Ricardo Gascón. Neste último, Maria Eugénia contracenou
com o actor italiano Amedeo Nazzari, que seria o intermediário de um convite de
trabalho do realizador Vittorio de Sica, que a actriz recusou.
Maria
Eugénia passou também pela rádio, cantando nos “Serões para trabalhadores”
da Emissora Nacional.
Ela
foi quinze vezes capa de revista.
Terminou
a sua curta carreira antes do final dos anos 1940 após o casamento com o
médico António Pinto do Amaral, de quem foi segunda mulher, sendo mãe do poeta,
ensaísta, tradutor e professor de literatura Fernando Pinto do Amaral. O seu
filho mais velho, António Alcino Branco Pinto do Amaral, morreu aos vinte anos
num acidente rodoviário.
Em
2008, recebeu da Câmara Municipal de Lisboa a Medalha de Mérito
Municipal, no seu Grau Ouro, a par de Fernanda Baptista, Milú e Nini
Remartinez (Irmãs Remartinez).
Em
2011, foi publicado um livro com a sua biografia, “Maria Eugénia, A Menina
da Rádio”, com chancela da Oficina do Livro, da autora Rute Silva
Correia, com prefácio de Júlio Isidro.
Sem comentários:
Enviar um comentário