
Ficou conhecida por travar uma longa batalha jurídica pelo reconhecimento da paternidade. O processo começou em 1991, mas o reconhecimento só aconteceu em 1996, após o resultado positivo do exame de ADN. O ex-jogador, que tivera um romance extraconjugal com a mãe de Sandra em 1963, recorreu treze vezes e nunca quis a aproximação.
Em Maio de 2001, um juiz julgou improcedente o pedido de indemnização por danos morais, no qual Sandra alegava não ter tido a possibilidade de desfrutar do mesmo apoio emocional, psicológico e financeiro que tiveram os outros filhos legítimos de Pelé.
Sandra começou a sua vida profissional como balconista, mas a notoriedade do caso e a sua facilidade de comunicação lançaram-na na carreira política. Foi por duas vezes vereadora da cidade de Santos pelo Partido Social Cristão e uma das suas vitórias na Câmara foi tornar o exame de ADN gratuito para pacientes da rede pública, lei municipal que seria depois estendida a todo o País.
Morreu em consequência de uma metástase pulmonar com falência múltipla de órgãos, nos “cuidados intensivos” da Beneficência Portuguesa de Santos, local onde estava internada. A doença fora descoberta em Maio de 2005 no seio direito, que lhe foi retirado, mas logo se espalhou para o esquerdo, apesar da quimioterapia. Segundo relatos da sua médica, Sandra foi resistente ao tratamento porque acreditava num milagre.
O velório teve lugar no salão nobre da Prefeitura de Santos e o enterro no Cemitério Memorial Necrópole Ecuménica. Pelé não compareceu no funeral, mas enviou flores, que lhe foram devolvidas.
Sandra Regina escreveu um livro intitulado “A Filha que o Rei não Quis”, no qual relatou o sentimento de rejeição do pai em relação a ela. Evangélica da Assembleia de Deus e estudante de Direito, Sandra era casada, tendo deixado dois filhos.
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