quinta-feira, 25 de maio de 2023

25 DE MAIO - EZEKIEL KEMBOI

EFEMÉRIDE - Ezekiel Kemboi Cheboi, atleta campeão olímpico e mundial queniano, nasceu em Matira no dia 25 de Maio de 1982.

Especializado nos 3000 m com obstáculos, conquistou o título desta prova em quatro Campeonatos Mundiais, Berlim 2009, Daegu 2011, Moscovo 2013 e Pequim 2015, e em dois Jogos Olímpicos, Atenas 2004 e Londres 2012.

Iniciou-se no atletismo apenas depois de ter terminado os estudos secundários, quando foi descoberto por Paul Ereng, campeão olímpico dos 800 m em Seul 1988, que passou a treiná-lo.

Sob a tutela de Ereng, venceu a prova dos 3000 m steeplechase no Campeonato Africano de Atletismo Júnior, em 2001, mesmo depois de sofrer uma queda durante a competição. Em 2002, ficou em 2º lugar nos Jogos da Comunidade Britânica, em Manchester, Inglaterra, atrás do seu compatriota Stephen Cherono.

No Campeonato Mundial de Atletismo de 2003, em Paris, Kemboi travou uma dura batalha com Cherono, que agora sob o nome de Saif Saaeed Shaheen era cidadão do Qatar e competia por este país. Shaheen venceu a prova por menos de 1 s de diferença.

Em Atenas 2004, com a ausência de Shaheen - o Quénia, depois dos fortes rumores surgidos de que ele havia trocado a cidadania queniana pela catarense por um milhão de dólares, foi impedida a inscrição do atleta pelo Qatar de acordo com a decisão do COI de que um período de três anos de interrupção nas competições era necessário para que um atleta competidor de um país pudesse competir por outro, a menos que as nações envolvidas chegassem a um acordo, acordo que o Quénia não aceitou. Ezequiel passou a ser o favorito para a medalha de ouro. Ele venceu a prova com 8m05s81, o melhor tempo do ano, tornando-se campeão olímpico e o Quénia fez o pódio completo, com Brimin Kipruto e Paul Kipsiele Koech a ficarem com a prata e o bronze.

No ano seguinte, ele conquistou a medalha de prata no Mundial de Helsinque 2005 e, em Março de 2006, venceu a prova nos Jogos da Commonwealth em Melbourne, Austrália.

Kemboi chegou para os Jogos de Pequim 2008 como um dos grandes favoritos a um segundo ouro no steeplechase, mas teve o seu pior desempenho num grande evento global, conseguindo apenas o 7º lugar. No ano seguinte, recuperou-se e foi campeão mundial da prova em Berlim 2009, a sua primeira medalha de ouro em campeonatos mundiais, depois de três pratas, em Paris 2003, Helsínquia 2005 e Osaka 2007.

Em 2010, dedicou-se a competir em corridas de rua e de estrada na Itália, vencendo duas provas no país. Voltou, em 2011, ao steeplechase, mostrando continuar em grande forma ao vencer novamente o Mundial, disputado neste ano em Daegu, na Coreia do Sul.

A sua participação em Londres 2012, em princípio garantida pelos seus resultados, foi posta em dúvida quando, em Junho deste ano, sofreu uma acusação de assalto sexual a uma mulher que o denunciou por tentar esfaqueá-la após ela se recusar a manter relações sexuais com ele. Ezequiel negou as acusações, retrucando que a agressão foi causada por um conluio entre a mulher e assaltantes para roubá-lo e que ele havia ficado ferido no acto, e teve concedida fiança e autorização do judiciário queniano para representar o país nos Jogos Olímpicos.

Em 5 de Agosto de 2012, aos 30 anos, Kemboi venceu os 3000 m com obstáculos nos Jogos de Londres, em 8m18s5, tornando-se o segundo bicampeão olímpico desta prova, depois do finlandês Volmari Iso-Hollo, campeão em Los Angeles 1932 e Berlim 1936.

A sua melhor marca pessoal, 7min55s76, conseguida em Julho de 2011 no Mónaco, é a sétima melhor de todos os tempos para a modalidade.

O seu domínio absoluto nesta prova em eventos globais foi confirmado nos anos seguintes ao conquistar o ouro nos Campeonatos Mundiais de Moscovo 2013 e Pequim 2015, tornando-se tetracampeão mundial do steeplechase.

Kemboi participou pela última vez de Jogos Olímpicos no Rio 2016, onde viu o seu compatriota Conseslus Kipruto vencer a prova com novo recorde olímpico, que perdurava desde Seul 1988 e estava em poder de outro queniano, Julius Kariuki. Chegou em 3º lugar, mas foi posteriormente desclassificado por ter pisado fora da pista na última curva depois do fosso de água. No final da corrida, anunciou que aquela tinha sido a sua última competição e encerrava a carreira.

Voltou, no entanto, a competir em mais um Mundial, aos 35 anos, ficando em 11º lugar em Londres 2017.

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