Quando tinha treze anos, entrou para a The Mount
School, em York. Hoje, é patrona da Friends’ School Saffron Walden.
Em 1971, casou-se com o actor britânico Michael
Williams, com quem teve uma filha, Tara Cressilda Williams (conhecida como “Finty
Williams”), em Setembro de 1972.
A sua filha tornou-se, mais tarde, actriz como a mãe.
Judi estreou-se com o marido no sitcom inglês “A Fine Romance”. Michael
Williams morreu de cancro no pulmão aos 65 anos, em 2001.
Dench recebeu muitas nomeações e prémios pelas suas actuações
em teatro, cinema e televisão. Os seus prémios incluem seis BAFTA, seis Olivier
Awards, dois Screen Actors Guild Awards, dois Globos de Ouro,
um prémio da Academia e um Tony Award. Ela também recebeu o BAFTA
Fellowship (2001) e o Olivier Award Especial (2004). Ela foi feita
uma OBE em 1970 e Dame of the British Empire (DBE), em
1998, pela rainha Elizabeth II, pelos seus serviços às artes do espectáculo.
Em 2005, foi nomeada uma Companion of Honour (CH).
As muitas aparições de Dench na televisão incluem “As Time Goes By” e “A
Fine Romance”. Dirigiu peças, também.
Dench é filha de mãe irlandesa e pai inglês. O pai,
Reginald Arthur Dench, era um médico de Densh que cresceu em Dublin, que lutou
na Frente Ocidental na Primeira Guerra Mundial. Os pais
conheceram-se quando estudavam no Trinity College em Dublin.
Judi frequentou a Mount School, uma escola
secundária privada em Iorque. Ela tinha dois irmãos mais velhos chamados Peter
e Jeffrey, sendo este último também actor. A sua sobrinha, Emma Dench, é uma
historiadora da Roma Antiga.
Em Outubro de 2021, Judi participou no programa “Who
Do You Think You Are?”, onde foi revelado que ela é descendente da uma
família aristocrática dinamarquesa.
Através dos seus pais, Judi teve contacto regular com
o teatro: o seu pai era director artístico do York Theatre Royal e a sua
mãe era chefe do guarda-roupa. Era frequente o casal receber actores na sua
casa. Durante estes anos, Judi participou em três peças.
Apesar de ter começado por estudar design de cenários,
Judi acabou por se inscrever na mesma escola de teatro do irmão, a Central
School of Speech and Drama.
Judi também ficou inspirada depois de ver a peça “Cleópatra”
com Peggy Ashcroft, que diz ter mudado a sua vida.
Enquanto estudou na Central School of Speech and
Drama, que na altura ficava no Royal Albert Hall, Judi foi colega de
Vanessa Redgrave e conquistou vários prémios, incluindo a medalha de ouro de
melhor aluna.
Dench construiu uma boa reputação de ser uma das
melhores actrizes da história pós-Segunda Guerra Mundial, principalmente
pelo seu trabalho no teatro, seu maior forte em toda a sua carreira.
O primeiro papel profissional de Judi Dench surgiu em Setembro
de 1957, na Old Vic Company. A actriz interpretou Ophelia em “Hamlet”
no Royal Court Theatre em Liverpool. Um crítico do “London Evening
Standard” escreveu que Judi tinha «talento que será melhor aproveitado
quando ela adquirir alguma técnica para o acompanhar».
A actriz estreou-se nos teatros londrinos com a mesma
companhia, onde permaneceu durante quatro temporadas, entre 1957 e 1961.
Os papéis que interpretou incluíram Katherine
em “Henrique V” em 1958 (que marcou a sua estreia nos palcos de Nova
Iorque) e Julieta em “Romeu e Julieta” em 1960, sendo ambas as
peças encenadas por Franco Zeffirelli. Durante esta época, Judi fez digressões
nos Estados Unidos e no Canadá e trabalhou em peças na Jugoslávia e no Festival
Fringe em Edimburgo.
Ela juntou-se à Royal Shakespeare Company em Dezembro
de 1961 e interpretou o papel de Anya na peça “The Cherry Orchard”
no Aldwych Theatre em Londres. Em Abril do ano seguinte, trabalhou pela
primeira vez em Stratford-upon-Avon na peça “Measure for Measure” onde
interpretou o papel de Isabella. Nos anos seguintes, trabalhou no seu
repertório com as companhias de teatro Playhouse em Nottingham e Playhouse
Company em Oxford.
Em 1964, Judi estreou-se na televisão no papel de Valentine
Wannop na adaptação da Theatre 625 de “Parade’s End” numa mini/série
de três episódios.
No mesmo ano, participou ainda na série policial “Z-Cars”
e estreou-se no cinema com o filme “The Third Secret”. No ano seguinte,
teve um pequeno papel no filme “A Study in Terror”, um filme baseado nas
personagens de Sherlock Holmes, mas com uma história original, onde trabalhou
com o seu colega da Nottingham Playhouse, John Neville.
Judi voltou a trabalhar com a Theatre 625 em
1966, na mini/série de quatro episódios “Talking to a Stranger”. Este
papel valeu-lhe o seu primeiro prémio BAFTA de Melhor Actriz. Em
1966, o prémio BAFTA de Estreante Mais Promissora no Cinema foi
criado para Judi graças ao seu desempenho em “Four in the Morning” e a actriz
voltou a vencer este prémio na categoria de Melhor Actriz pelo seu papel
no drama “Talking to a Stranger” da BBC.
Em 1968, Judi foi escolhida para o papel de Sally
Bowles no musical “Cabaret”. Sheridan Morley disse mais tarde: «No
início, ela pensava que estávamos a brincar. Ela nunca tinha feito um musical e
ela tem uma voz rouca pouco comum que faz parecer que está sempre constipada.
Tinha tanto medo de cantar em público que fez a audição nos bastidores do
teatro e deixou os pianistas sozinhos no palco». No entanto, quando a peça
estreou no Palace Theatre em Fevereiro de 1968, Frank Marcus, um crítico
da “Plays and Players” comentou que: «Ela canta bem. A canção que dá
o título à peça em particular é cantada com muito sentimento».
Ao longo da sua carreira, recebeu o Oscar de Melhor
Actriz coadjuvante pela sua actuação em “Shakespeare in Love”, de
1998, e foi nomeada para a estatueta sete outras vezes, cinco das quais
como Melhor Actriz, pelas suas interpretações em “Mrs. Brown”, de
1997; “Iris”, de 2001; “Mrs. Henderson Presents”, de 2005; “Notes
on a Scandal”, de 2006; “Philomena”, de 2013 e duas nomeações como Melhor
Actriz coadjuvante, por “Chocolat”, de 2000 e “Belfast”, de
2021.
Pela Academia Britânica (BAFTA), já foi
agraciada com 7 prémios de Melhor Actriz e nomeada para mais outras 8 prémios.
Em 2004, Judi deu a sua voz à personagem M para
os jogos de videogame “Everything or Nothing” e “GoldenEye:
Rogue Agent”. E em 2008, deu a voz e aparência no jogo “Quantum of
Solace” (jogo electrónico). Também emprestou a voz como narradora na actração
“Spaceship Earth (Epcot)” em 2007.
Aos setenta anos, Dench continuou a ser a grande jóia
do teatro de Londres. Foi várias vezes comparada e contrastada com Maggie
Smith, outra grande actriz britânica da mesma geração, com quem apareceu em
vários filmes e no palco com “Breath of Life”, de David Hare.
Em 2016, aos 81 anos, fez a sua primeira tatuagem “Carpe
Diem”, no punho direito.
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