segunda-feira, 30 de setembro de 2024

30 DE SETEMBRO - VÍTOR ALVES

EFEMÉRIDE - Vítor Manuel Rodrigues Alves, militar português, nasceu em Mafra no dia 30 de Setembro de 1935. Morreu em Lisboa, em 9 de Janeiro de 2011.

Era filho de Eduardo Manuel da Silva Alves (1913/1969) e de sua mulher Maria Palmira Rodrigues (1915/2014).

Casado em Lourenço Marques (actual Maputo) em 29 de Março de 1962, com Maria Teresa Gomes Ferreira de Almeida.

Assentou praça na Escola do Exército, em 1954, na arma de Infantaria. Tornou-se alferes em 1958, tenente em 1960, capitão em 1963 e major em 1972.

Fez várias comissões na Guerra do Ultramar, em Angola e Moçambique. Capitão de Abril, foi membro da Comissão Coordenadora do Movimento das Forças Armadas e um dos redactores do seu programa, que negociou com a Junta de Salvação Nacional. No mesmo ano, seria empossado como ministro sem pasta dos II e III Governos Provisórios, de Vasco Gonçalves.

Enquanto titular das pastas da Defesa Nacional e da Comunicação Social, viu aprovada, por sua iniciativa, a primeira lei de imprensa pós-25 de Abril, que vigorou até 1999.

Voltou ao governo, como ministro da Educação e Investigação Científica do VI Governo Provisório, chefiado por Pinheiro de Azevedo, até 1976. Nessa qualidade, foi o responsável pela criação das universidades dos Açores e da Madeira, bem como da Universidade Aberta e pela criação do cargo de coordenador-geral do ensino de português, junto das embaixadas de Portugal em França e na República Federal da Alemanha.

Ainda em 1975, foi nomeado para o Conselho dos Vinte e para o Conselho da Revolução, do qual foi porta-voz, entre 1979 e 1982. Esteve entre os subscritores do Documento dos Nove, sobre a Aliança Povo/MFA.

Em 1983, recebeu a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade (24 de Setembro).

Foi candidato independente pelo Partido Renovador Democrático às eleições legislativas de 1985, à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, em 1986, e às eleições europeias de 1989.

domingo, 29 de setembro de 2024

29 DE SETEMBRO - HENRIQUE ABRANCHES

EFEMÉRIDE - Henrique Abranches, escritor angolano nascido português, nasceu em Lisboa no dia 29 de Setembro de 1932. Morreu ma África do Sul em 5 de Fevereiro de 2006.

Nasceu em Portugal e foi para Angola logo após à Segunda Guerra Mundial.

Em Sá da Bandeira (actual Lubango), iniciou-se na actividade política, literária, na pintura e nos estudos etnográficos.

Mais tarde, já em Luanda, escreve principalmente poesia e textos de etnologia para a Sociedade Cultural de Angola e para a revista da Associação dos Naturais de Angola, na época dirigida por António Jacinto.

Preso pela PIDE, escreveu na prisão o esboço do seu primeiro romance, “A Konkhava de Feti”, que consegue fazer sair do país.

É enviado para Lisboa com residência fixa, onde colabora com a Casa dos Estudantes do Império dando palestras, escrevendo e fazendo trabalho político.

É membro fundador da União dos Escritores Angolanos e da UNAP (União Nacional dos Artistas Plásticos), de que foi presidente.

As suas obras “A Konkhava de Feti” e “O Clã de Novembrino” (em três volumes) foram galardoadas com o Prémio Nacional de Literatura.

Dedicou-se ainda à expansão da Banda Desenhada, através de escolas de sua iniciativa.

Com mais de 50 títulos publicados, abrangendo temática variada, teve no prelo um pequeno livro de contos.

Faleceu na África do Sul em 2006, devido um Acidente Vascular Cerebral.

sábado, 28 de setembro de 2024

28 DE SETEMBRO - JOÃO ARRAIS

EFEMÉRIDE - João Luís Cândido Serrão Severino Arrais, jovem actor português, nasceu em Santarém no dia 28 de Setembro de 1995.

É conhecido sobretudo pelo seu trabalho em “Mistérios de Lisboa”, “Nação Valente” e “Soldado Milhões”.

Entre 2010 e 2022, protagonizou 13 filmes.

Entre 20096 e 2023, participou em 33 projectos televisivos, ma SIC, RTP 1 e TVI.

Em Maio de 2009, estreou-se no teatro profissional no espectáculo “Gota d’Água” no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

Entre Dezembro de 2014 e Janeiro 2015, protagonizou “Oliver Twist”, encenado por Sofia Espírito Santo, numa prodição da Amionarte apresentada no Teatro da Malaposta.

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

27 DE SETEMBRO - JOSÉ PINTO COELHO

EFEMÉRIDE - José de Almeida e Vasconcelos Pinto Coelho, designer gráfico e político português. nasceu em Lisboano dia 27 de Setembro de 1960.

É - desde 2005 - presidente do partido Ergue-te, que - até Julho de 2020 - era conhecido como Partido Nacional Renovador.

Membro de uma família que apoiava o Estado Novo, tinha 13 anos quando se deu a Revolução de 25 de Abril de 1974 e a família teve de se mudar para o Rio de Janeiro, no Brasil, mudando-se novamente pouco tempo depois para Flamengo.

Formou-se no Instituto de Artes Visuais, em Design e Marketing, com um bacharel em Design.

Casou em Lisboa em 30 de Novembro de 1984 com Ana Mafalda de Aragão-Morais de Utra Machado, com a qual tem quatro filhos e uma filha.

Em 2011, nas eleições presidenciais, declarou que a sua candidatura «morreu na praia», por não ter conseguido reunir as 7 500 assinaturas. Afirmou ter perto de 6 000 assinaturas certificadas.

Em 2021, foi candidato à assembleia municipal da Câmara Municipal de Lisboa, tal como já havia sido anteriormente em 2007 e em 2017.

Nas eleições legislativas portuguesas de 2022, defendeu o seu partido em debate com outros líderes de partidos sem representação no parlamento português, dizendo ser representante do «único partido assumidamente contra o regime e contra o sistema», disse que se chegasse ao parlamento assim o faria «sem máscara» e promoveria a desobediência civil. Ao mesmo tempo que dizia que «o covid existe», Pinto Coelho questionou as restrições impostas em Portugal por causa da pandemia.

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

26 DE SETEMBRO - CLIFTON WILLIAMS

EFEMÉRIDE -      Clifton Curtis Williams Jr., engenheiro mecânico, aviador naval, piloto de testes e astronauta norte-americano, nasceu em Mobile no dia 26 de Setembro de 1932. Morreu em Perto de Tallahassee, em 5 de Outubro de 1967.

Ele nasceu e cresceu no Alabama e formou-se em 1954 em Engenharia Mecânica na Universidade de Auburn, sendo logo em seguida comissionado no Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos.

Williams serviu Base dos Fuzileiros Navais de Quantico e na Estação Aeronaval de Pensacola, tornando-se aviador naval em 1956 e servindo em esquadrões de aviões a jacto junto com a Frota da Força de Fuzileiros.

Williams foi estudar na Escola de Pilotos de Testes Navais na Estação Aeronaval de Patuxent River, formando-se em 1961.

Como piloto de testes, ele testou diversas aeronaves experimentais de última geração, como o Vought F-8 Crusader e o McDonnell Douglas A-4 Skyhawk, acumulando mais de duas mil horas de voo em aviões a jacto. Foi nesse período que Williams foi escolhido em 1963 como um dos catorze novos astronautas do Grupo 3 da NASA.

Williams realizou os seus treinos junto com os seus companheiros de grupo, muitas vezes em parceria com Russell Schweickart.

Ele também trabalhou nas áreas de operações de lançamento e segurança da tripulação durante o desenvolvimento do programa espacial. Serviu em Julho de 1966, como piloto reserva da missão Gemini X, sendo um ano depois escolhido como o piloto do módulo lunar reserva para a Apollo 9, ao lado dos astronautas Pete Conrad e Richard Gordon. Isto colocaria Williams na tripulação principal daquela que se tornaria a Apollo 12 e lhe daria uma chance de pisar na Lua.

Williams embarcou num avião Northrop T-38 Talon de treino, no dia 5 de Outubro de 1967, deixando Cabo Kennedy na Flórida para ir à sua natal Mobile a fim de visitar o seu pai que estava sofrendo de cancro. Entretanto, uma falha mecânica nos controles dos ailerons fez a sua aeronave cair perto de Tallahassee, matando-o instantaneamente.

O seu corpo foi sepultado alguns dias depois no Cemitério Nacional de Arlington.

O seu lugar na tripulação da Apollo 12 foi preenchido por Alan Bean. A sai insígnia de astronauta foi depois deixada na superfície lunar em sua homenagem, por Conrad e Bean.

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

25 DE SETEMBRO - MÁRIO DE CARVALHO

EFEMÉRIDE - Mário Costa Martins de Carvalho, romancista, contista, dramaturgo e argumentista português, nasceu em   Lisboa no dia25 de Setembro de 1944.

Mário de Carvalho nasceu numa família do Sul de Portugal. A reminiscência do Alentejo está presente em vários passos da sua obra, mas Lisboa é o lugar privilegiado dos seus textos.

A sua prisão pela PIDE, polícia política salazarista, foi um choque duríssimo que o levaria desde muito cedo à resistência contra o regime.

Já no Liceu Camões foi aluno de Mário Dionísio e colega de turma de João Aguiar e Eduardo Prado Coelho.

A partir das greves estudantis de 1961/1962, desenvolveu actividade nas associações académicas e cineclubes, até à sua licenciatura pela Faculdade de Direito de Lisboa, em 1969.

Em 1971, devido à resistência clandestina antifascista (Partido Comunista Português), foi preso pela polícia política durante a instrução militar. Submetido a onze dias de privação do sono, acabou por cumprir catorze meses de prisão nas cadeias políticas de Caxias e Peniche. Essa situação encontra-se dramatizada no filme de José Barahona “Quem é Ricardo?”.

Saiu ilegalmente de Portugal em 1973 e exilou-se em Lund, na Suécia, onde tinha família, tendo obtido asilo político já nas vésperas da Revolução de Abril.

Regressado a Portugal, após um agitado envolvimento político, dedicou-se a uma advocacia de causas, nomeadamente sindicais e de inquilinato.

Integrou a direcção da Associação Portuguesa de Escritores, durante as presidências de David Mourão-Ferreira (1984/1986) e Óscar Lopes (1986/1988).

Foi professor convidado da Escola Superior de Teatro e Cinema e da Escola Superior de Comunicação Social durante vários anos. Orientou pós-graduações em escrita de teatro na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e várias oficinas de escrita de ficção. É pai das escritoras Rita Taborda Duarte e Ana Margarida de Carvalho.

Em 1981, publicou “Contos da Sétima Esfera”, que mereceram do crítico João Gaspar Simões a classificação de «surpreendente, desconcertante, inclassificável na tradição portuguesa».

Seguiram-se os “Casos do Beco das Sardinheiras”, “O Livro Grande de Tebas”, “Navio e Mariana” e “A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho”.

Os Alferes” apresenta de uma forma crua e desapiedada, não isenta de ironia, os dilemas dos jovens oficiais milicianos no teatro de uma guerra em que não acreditavam. Um dos contos foi adaptado duas vezes para cinema, por Luís Filipe Costa e Júlio Alves, e uma para teatro (“Il était une fois un souslieutenant”, por Otile Ehret).

A Paixão do Conde de Fróis”, logo traduzido para a prestigiada editora Gallimard, decorre no século XVIII, durante a Guerra dos Sete Anos.

O seu livro mais reeditado, traduzido e premiado veio a ser o romance “Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde” que ficou como clássico do género, embora o autor, numa epígrafe provocatória, tenha garantido não se tratar de romance histórico. Na sequência do Prémio Pégaso de Literatura, o romance foi traduzido para inglês, francês, alemão, italiano e outras línguas, em capa dura e edições de bolso, com excelentes recensões.

Em 1995, surge o romance satírico “Era Bom Que Trocássemos Umas Ideias sobre o Assunto” inaugurando o género a que o autor chamou «cronovelema» e que associa o humor à crítica aguda do quotidiano. O livro obteve um bom acolhimento na Alemanha e em França.

Mário de Carvalho tem, actualmente, 21 livros publicados no estrangeiro, em 11 países, incluindo o Brasil.

A sua escrita é extremamente versátil e é impossível incluí-lo em qualquer escola ou corrente literária. Desde a crónica irónica do quotidiano à toada mais sombria, tem praticado uma grande diversidade de géneros, percorrendo várias épocas, e ecoando alguns grandes clássicos da literatura portuguesa e universal. Os seus livros têm tido sucessivas edições.

Todas as suas peças de teatro foram levadas à cena, em Portugal ou no estrangeiro. Trabalhou em argumentos com os realizadores Luís Filipe Costa, José Fonseca e Costa, Solveig Nordlung, José Carlos Oliveira, Gonçalo Galvão Teles e José Barahona.

Foram-lhe atribuídos em Itália os prémios Giuseppe Acerbi (“Passegia un dio nella bresa della sera”) e Citá de Cassino (“I sottotenenti”).

Em 9 de Junho de 2014, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.

A 22 de Novembro de 2021, foi agraciado com o grau de Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.

terça-feira, 24 de setembro de 2024

24 DE SETEMBRO - MATTEO MESSINA DENARO

EFEMÉRIDE - Matteo Messina Denaro, também conhecido como Diabolik, um dos mais poderosos chefes da Máfia Siciliana, morreu em Áquila no dia 24 de Setembro de 2023. Nascera em Castelvetrano, em 26 de Abril de 1962.

A sua alcunha vem de um personagem de banda-desenhada italiana da década de 1960.

Ele assumiu o posto de líder da Cosa Nostra após as prisões de Bernardo Provenzano, em Abril de 2006, e Salvatore Lo Piccolo, em Novembro de 2007.

Matteo Denaro chegou aos holofotes nacionais em Itália após aparecer, em 12 de Abril de 2001, na capa da revista “L’Espresso” com a manchete «Ecco il nuovo capo della Mafia» («Aqui está o novo chefe da Máfia»).

Ele foi fugitivo da justiça durante quase trinta anos, de 1993 a 2023, sendo, por muito tempo, de acordo com a revista “Forbes”, um dos dez criminosos mais procurados do mundo.

Com a morte de Bernardo Provenzano, em 2016, e Salvatore Riina, em 2017, Denaro foi visto como o ‘Chefe de todos os Chefes’ (‘Capo di tutti capi’) dentro da Máfia Italiana. Era considerado um playboy e ostentava a sua fortuna.

Em 16 de Janeiro de 2023, Messina foi preso numa clínica privada em Palermo. O mafioso havia sido condenado duas vezes, à revelia, a prisão perpétua pelos assassinatos de dois promotores em 1992 e também pela sua participação nos ataques à bomba em Florença, Roma e Milão, em 1993, que vitimaram dez pessoas.

Messina Denaro faleceu no hospital, após entrar em coma irreversível. Tinha 61 anos e recebia tratamento para um cancro no cólon, decisão que supostamente resultou na sua prisão anterior numa clínica em Palermo.

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

23 DE SETEMBRO - WILLIE MCCOOL

EFEMÉRIDE - William Cameron “Willie McCool, astronauta e comandante da marinha norte-americana, nasceu em San Diego no dia23 de Setembro de 1961. Morreu no Texas em 1 de Fevereiro de 2003.

Faleceu como piloto da nave Columbia, quando esta se desintegrou no regresso à Terra da missão STS-107.

Formado em Ciência de Computadores, Engenharia Aeronáutica e Ciência Aplicada, McCool completou os treinos de piloto e serviu no porta-aviões USS Coral Sea no Mar Mediterrâneo no fim dos anos 1980 e no USS Enterprise nos anos 1990.

Seleccionado para a NASA em 1996, após dois anos de treino, foi qualificado como piloto de espaçonave.

Em 16 de Janeiro de 2003, foi ao espaço como piloto da nave Columbia numa missão de pesquisas científicas durante quinze dias em órbita.

Na reentrada da atmosfera, após a missão, a nave desintegrou-se a 40 km de altura, sobre o estado do Texas, matando McCool e toda a tripulação.

O asteróide 51829 Williammccool e a Colina McCool, nas Colinas Columbia, em Marte, foram assim baptizados postumamente, em sua homenagem.

domingo, 22 de setembro de 2024

22 DE SETEMBRO - GONZAGUINHA

EFEMÉRIDE - Gonzaguinha, de seu nome Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, cantor e compositor brasileiro, nasce no Rio de Janeiro em 22 de Setembro de 1945. Morre em Renascença ou Marmeleiro no dia 29 de Abril de 1991.

Gonzaguinha era filho registado, mas não biológico, do cantor e compositor pernambucano Luiz Gonzaga e de Odaleia Guedes dos Santos, cantora do Dancing Brasil.

Compôs a primeira canção “Lembranças da Primavera” aos 14 anos e, em 1961, com 16 anos, foi morar no bairro de Cocotá, na ilha do Governador, com o pai, para estudar.

Mais tarde, estudou Economia na Universidade Cândido Mendes. Na casa do psiquiatra Aluízio Porto Carrero, conheceu e tornou-se amigo de Ivan Lins.

Conheceu também a primeira mulher, Ângela, com quem teve 2 filhos: Daniel e Fernanda. Teve depois uma filha com a actriz Sandra Pêra, a actriz e cantora Amora Pêra.

Foi nessa convivência na casa do psiquiatra, que fundou o Movimento Artístico Universitário (MAU), com Aldir Blanc, Ivan Lins, Márcio Proença, Paulo Emílio e César Costa Filho. Tal movimento teve importante papel na música popular do Brasil nos anos 1970 e, em 1971. resultou no programa na TV GloboSom Livre Exportação’.

Caracterizado por uma postura de crítica à ditadura, foi visado pelo DOPS. Assim, das 72 canções mostradas a esse órgão, 54 foram censuradas, entre as quais o primeiro sucesso, “Comportamento Geral”.

Neste início de carreira, a apresentação agressiva e pouco agradável aos olhos dos meios de comunicação valeu-lhe o apelido de «cantor rancor», com canções ásperas, como “Piada Infeliz” e “Erva”.

Com o começo da abertura política, na segunda metade da década de 1970, começou a modificar o discurso e a compor canções de tom mais aprazível para o público da época, como: “Recado”, “Começaria Tudo Outra Vez”, “Explode Coração”, “Espere por Mim Morena”, “Grito de Alerta”, “Sangrando”, “Eu Apenas Queria que Você Soubesse”, “Caminhos do Coração”, “O Que É o que É”, “Feliz”, “Mamão com Mel” e “Lindo Lago do Amor”, também temas de reggae, como “Nem o Pobre nem o Rei”.

As composições foram gravadas por muitos dos grandes intérpretes da MPB, como Gal Costa, Maria Bethânia, Zizi Possi, Simone, Alcione, Elis Regina (“Redescobrir ou Ciranda de Pedra”), Fagner e Joanna. Dentre estas, destaca-se Simone, com os grandes sucessos de “Sangrando, Mulher”, “Começaria tudo outra vez”, e “Da maior liberdade”.

Em 1975, dispensou os empresários e tornou-se um artista independente, o que o fez em 1986 fundar o selo Moleque, pelo qual chegou a gravar dois trabalhos.

Nos últimos doze anos de vida, Gonzaguinha viveu em Belo Horizonte com a segunda mulher Louise Margarete Martins (Lelete) e a filha deles, Mariana.

Gonzaguinha faleceu aos 45 anos, vítima de um acidente automobilístico. Ao regressar de uma apresentação em Pato Branco, no Paraná, por uma rodovia no Sudoeste daquele estado, colidiu o seu Monza contra uma camioneta Ford F-4000. O acidente ocorreu por volta de 7h20 da manhã entre as cidades de Renascença e Marmeleiro. Gonzaguinha estava a dirigir-se para Foz do Iguaçu, de onde seguiria de avião para Florianópolis, onde tinha um show agendado. No carro estavam também o seu empresário e o dono de uma empresa de produções artísticas, que ficaram gravemente feridos.

Em 2017, Gonzaguinha foi tema do carnaval da Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, com o enredo “O Moleque desceu o São Carlos, pegou um sonho e partiu com a Estácio!”. Estácio era a escola de coração do cantor, nascido no Morro de São Carlos, no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro.

A escola de samba Império Serrano escolheu como enredo para o seu desfile no Grupo Especial em 2019, o sucesso de Gonzaguinha “O Que é, o Que é?”, usando a canção também como o samba-enredo, num recurso inédito no carnaval carioca.

sábado, 21 de setembro de 2024

21 DE SETEMBRO - BILLY PORTER

EFEMÉRIDE - Billy Porter, actor, cantor e cineasta norte-americano, nasceu em Pittsburgh no dia 21 de Setembro de 1969.

Porter cursou teatro musical na Escola de Artes Performáticas de sua cidade natal e graduou-se na Escola de Drama da Universidade Carnegie Mellon, alcançando notoriedade posteriormente pelas suas performances em musicais da Broadway.

Nos anos recentes, tem sido aclamado criticamente pelas suas actuações em séries televisivas e produções cinematográficas, bem como a sua frequente defesa de temas que incluem diversidade étnica e de género na indústria do entretenimento.

Em 2013, Porter venceu o Tony Award de Melhor Actor em Musical pela sua performance como Lola em “Kinky Boots”, musical produzido e escrito pela cantora Cindy Lauper. Pelo mesmo papel, o actor também venceu o Prémio Drama Desk e o Outer Critics Circle Award, ambos na categoria de Melhor Actor em Musical.

Em 2014, Porter - já em maior evidência - venceu o Prémio Grammy de Melhor Álbum de Teatro pela gravação da banda sonora de “Kinky Boots”.

Desde 2018, o actor estrelou a série televisiva “Pose”, pela qual também já venceu um Prémio Emmy do Prime-time de Melhor Actor em Série de Drama.

Billy Porter nasceu na Pensilvânia, filho de William E. Porter e de Cloerinda Jean Johnson Porter.

Após estudar na Escola Reizenstein Middle School, Porter passou por colégios de ensino médio até ingressar na Escola de Artes Performáticas de Pittsburh, na qual se graduou em 1987. Posteriormente, graduou-se em Arte Dramática na Universidade Carnegie Mellon, possuindo também um certificado especial em Guinismo pela Universidade da Califórnia em Los Angeles.

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

20 DE SETEMBRO - JOÃO PEDRO RODRIGUES

EFEMÉRIDE - João Pedro Rodrigues, realizador português, nasceu em Lisboa no dia 20 de Setembro de 1966. Iniciou a sua actividade em 1988.

Começou como assistente de realização e montagem em filmes de realizadores como Alberto Seixas Santos e Teresa Villaverde.

A sua primeira longa-metragem foi “O Fantasma”, uma história sobre os afectos numa relação entre dois homens.

Odete” (2005) foi o seu segundo filme, e esteve presente no Festival de Cannes.

A maior parte do seu trabalho foi desenvolvido com a produtora Rosa Filmes.

O filme “Morrer como um Homem”, antes de estrear em Portugal, foi objecto de uma providência cautelar por parte de Carlos Castro, que alegou tratar-se de um plágio do seu livro “Ruth Bryden - Rainha da Noite”, sobre a artista trans portuguesa, em cuja história de vida se baseia o livro.

O filme, subsidiado pelo Ministério da Cultura e por um patrocínio do Eurimages de 240 000 €, conta a história de ‘Tónia’, uma pessoa trans em processo de questionamento sobre a sua identidade de género.

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

19 DE SETEMBRO - JOÃO CRAVINHO

EFEMÉRIDE - João Cardona Gomes Cravinho, engenheiro civil e político português, nasceu em Angola no dia 19 de Setembro de 1936.

Foi ministro da Indústria e Tecnologia do IV Governo Provisório, liderado por Vasco Gonçalves, em 1975.

Ocupou o cargo de ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território no XIII Governo Constitucional.

Enquanto ministro, foi confrontado com denúncias de corrupção na Junta Autónoma de Estradas por parte do presidente da empresa à data, Amadeu Garcia dos Santos, que exigiu a expulsão de um conjunto de funcionários da JAE, nomeadamente o administrador da JAE SA, Donas Botto. João Cravinho aceitou inicialmente a ideia de afastar Donas Botto, mas acabou por recuar. João Cravinho referiu que Garcia dos Santos nunca lhe expôs qualquer situação de corrupção na JAE, confirmando apenas o conflito entre Garcia dos Santos e Donas Botto como estando na origem da demissão de Garcia dos Santos. No entanto, confrontado com uma entrevista de Garcia dos Santos ao “Expresso”, em 1998, em que este denunciava situações de corrupção na JAE, João Cravinho ordenou uma sindicância à empresa, não sem antes convidar Garcia dos Santos a apresentar denúncia junto do Ministério Público. Numa carta enviada a Garcia dos Santos, no entanto, o então ministro das Finanças, António de Sousa Franco, confirmou saber dos problemas de corrupção na JAE e quem eram as pessoas envolvidas, pelo que João Cravinho se incompatibilizou com Sousa Franco.

Ainda em Outubro de 1998, é publicado um relatório da Inspecção Geral de Finanças, dando conta de que haviam saído da JAE mais de 650 mil contos (3,25 milhões de euros) sem qualquer controlo. O então procurador-geral da República, Cunha Rodrigues, recuou na sua posição inicial e o Ministério Público iniciou investigação a todos os processos da JAE.

João Cravinho ordenou também uma sindicância à JAE, que concluiu pela existência de corrupção, e enviou o relatório da sindicância para o Parlamento, que organizou uma comissão de inquérito sobre o caso, e para o Ministério Público.

Acabou por ordenar a extinção da JAE em 1999. Durante o consulado de João Cravinho como ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território, foi vertido na lei um limite de 25% na aceitação de obras a mais, relativamente ao valor inicial da adjudicação da obra, e também a proibição de funcionários públicos trabalharem para empresas privadas que fazem obras públicas.

Tendo as conclusões da sindicância à JAE foram entregues à Procuradoria-Geral da República, daí resultou um processo com 19 arguidos pelos crimes de participação económica em negócio, corrupção activa para acto lícito, corrupção passiva para acto lícito, burla agravada, peculato, falsificação de documento autêntico e receptação, entre os quais constava o antigo ministro das Obras Públicas, Joaquim Ferreira do Amaral, e o seu secretário de Estado, Álvaro Magalhães. No entanto, em Maio de 2000, o processo acabou arquivado por falta de provas.

Em Junho de 2009, um relatório do Tribunal de Contas concluiu que, «se a gestão da JAE fosse eficaz, as estradas teriam custado menos 44 por cento». João Cravinho alega que as medidas que tomou contra a corrupção estiveram na base da sua não recondução no cargo de ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território, em 1999, após pressões dos empreiteiros, que pediam repetidamente a sua demissão ao então primeiro-ministro, António Guterres, e ao presidente da República, Jorge Sampaio.

Em 8 de Junho de 2005, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.

Em 2006, enquanto deputado socialista, criou um plano de anticorrupção que consistia em colocar sob suspeita uma pessoa cujas declarações de rendimentos não correspondessem ao seu real património. Esta proposta foi rejeitada pelos deputados socialistas no parlamento. Pouco depois, Cravinho demitiu-se da Assembleia da República e foi para Inglaterra, onde seria nomeado administrador do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento pelo governo português liderado por José Sócrates.

Foi comentador ocasional na SIC Notícias.

Em 2012, na sequência da polémica gerada por alegadas ligações de elementos das polícias secretas portuguesas à Maçonaria, João Cravinho assumiu pertencer à Maçonaria há já quinze anos, apesar de não frequentar muito as reuniões.

Em 2021 João Cravinho acusou o Governo de José Sócrates de travar o combate à corrupção.

É pai de João Gomes Cravinho, também político.

Condecorações: Grã-Cruz da Ordem do Mérito Civil de Espanha (1998); Grã-Cruz do Mérito da Ordem do Mérito da República Federal da Alemanha (1999); Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo de Portugal (2005); e Grã-Cruz da Ordem do Mérito do Chile (2005).

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

18 DE SETEMBRO - BRUNO CANDÉ

EFEMÉRIDE - Bruno Candé Marques, actor português, da companhia de teatro Casa Conveniente, nasceu em Portugal no dia 18 de Setembro de 1980. Morreu em Moscavide, em 25 de Julho de 2020. Foi assassinado, vítima de crime de ódio racial, segundo a acusação do Ministério Público.

Bruno era filho de pais oriundos da Guiné-Bissau. Cresceu na Zona J, em Chelas, sendo educado na Casa Pia de Lisboa.

Em 2017, regressando a casa, à noite de bicicleta, foi atropelado e abandonado inconsciente no chão da estrada, sendo salvo por uma chamada anónima para o Instituto Nacional de Emergência Médica, que o conseguiu reanimar. Ficou em coma e com sequelas em todo o lado esquerdo do corpo. Com limitações de mobilidade evidentes, foi-lhe atribuído um atestado de incapacidade.

Apesar do acidente, manteve-se activo no teatro e na produção de um livro que estava a preparar.

Em Julho de 2020, vivia no Casal dos Machados, na freguesia do Parque das Nações, em Lisboa.

Era pai de três filhos, dois rapazes de cinco e seis anos e uma menina de dois.

Bruno Candé desde muito novo que queria fazer teatro. Em 1995, frequentou um curso de representação durante um ano, no Chapitô, participando em vários espectáculos, sob a direcção do encenador Bruno Schiappa.

Em 2010, conheceu a actriz e encenadora Mónica Calle, da companhia teatral Casa Conveniente, quando esta se encontrava ainda instalada no Cais do Sodré, numa altura em que Calle tinha um projecto com os reclusos da prisão de Vale de Judeus. Segundo Candé relatou ao “Observador” em 2015, foi Mário Fernandes, conhecido como Boss, um dos antigos reclusos de Vale de Judeus que trabalhava com Calle, que o apresentou à encenadora.

O primeiro espectáculo em que participou foi “A Missão - Memórias de Uma Revolução”, de Heiner Müller, representação que viria a ser premiada pela Sociedade Portuguesa de Autores, continuando depois a trabalhar regularmente com a Casa Conveniente.

Em 2011, participou em “Macbeth”, ao lado de José Raposo e Mónica Garnel. Actuou em “Rifar o Meu Coração”, de Mónica Calle, em 2016, em “Drive In” de Mónica Garnel, “Atlas” de João Borralho e Ana Galante, entre outras representações.

Quando não trabalhava como actor, estava como assistente ou prestava apoio técnico na Casa Conveniente, tendo participado nessa condição nos espectáculos “A Boa Alma” e “Os Sete Pecados Mortais”, entre outros.

Na televisão, participou na novela “A Única Mulher”, na TVI, fazendo regularmente castings em busca de oportunidades de trabalho.

Em 2020, além da participação em workhops na Casa Conveniente com vista à produção de novos espectáculos de Mónica Calle, trabalhava no espectáculo “Escuro que te Ilumina”, da Casa Conveniente, juntamente com a actriz Inês Vaz, que tinha por base a sua própria vida e o processo de recuperação do acidente sofrido em 2017. O espectáculo estava previsto voltar à cena em 2021, com uma nova força.

Segundo testemunhos recolhidos no local pela equipa de reportagem do jornal “Público”, desde dias antes do assassinato, ocorrido em 25 de Julho de 2020, após uma discussão motivada por Pepa, a cadela labrador de Bruno Candé, com Evaristo Marinho, vizinho do lugar, auxiliar de enfermagem reformado, de 76 anos, e que alegadamente teria combatido na guerra colonial em Angola, vinha insultando Bruno Candé com frases como «preto do ca*alho», «vai para a tua terra», «volta para a senzala», «vou violar a tua mãe» e «fui à tua mãe e àquelas pretas todas de merda».

Segundo uma testemunha, em 22 de Julho, Bruno Candé não se terá resignado, respondendo aos insultos de Marinho com «você não fala mais assim da minha mãe». Marinho ameaçou-o então de morte, afirmando «tenho armas do Ultramar em casa e vou-te matar».

Em 25 de Julho de 2020, pelas 13h00, Bruno Candé encontrava-se sentado num banco da Avenida de Moscavide, no centro daquela localidade de Loures, e perto da sua residência, acompanhado da cadela Pepa e de um rádio, quando Marinho surgiu e disparou quatro tiros à queima-roupa. Candé não resistiu aos ferimentos, no pescoço e no peito. O assassino foi imobilizado por transeuntes que o impediram de fugir, atando-lhe as mãos com o próprio cinto, até à chegada da Polícia de Segurança Pública (PSP), chamada ao local cerca das 13h20. O óbito foi declarado no local e o homicida foi detido, tendo-lhe sido apreendida a arma de fogo. Em Lisboa, após receber cuidados médicos, terá sido encaminhado para a ala F da prisão, onde os detidos cumprem quarentena devido à COVID-19. Em 9 de Agosto deverá ser transferido para a ala C, onde se encontram os reclusos mais velhos, após cumprir os 14 dias de confinamento.

Apesar de Luís Santos, comissário do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP ter afirmado que todas as seis testemunhas inquiridas no local, nenhuma falara de actos racistas; os testemunhos recolhidos pelo “Público” revelaram outro cenário. No mesmo sentido, a Polícia Judiciária admitiu que o crime poderá ter tido motivações racistas.

Em Janeiro de 2021, o Ministério Público formalizou a acusação de homicídio premeditado e concretizado friamente, derivado tanto do motivo fútil - a discussão por causa do ladrar da cadela - como do ódio racial.

Apesar do assassino não se ter mostrado arrependido do crime, afirmando publicamente ao ser admitido na prisão, em Lisboa, que «em Angola, matei vários como este», Evaristo negou às autoridades ter cometido o crime por motivos racistas, afirmando ter querido vingar-se de um suposto empurrão que teria sofrido dias antes, parte de um conflito já antigo que mantinha com a vítima, por causa da cadela Pepa.

A arma usada no crime não era do Ultramar, mas sim uma antiga arma policial, roubada à PSP na década de 1990.

Marinho foi constituído arguido, encontrando-se em prisão preventiva, indicado por homicídio qualificado e posse de arma ilegal.

A ministra da cultura, Graça Fonseca, lamentou o «brutal homicídio» de Candé.

O historiador Rui Tavares e a líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, entre outras figuras públicas, pronunciaram-se publicamente pedindo justiça para o crime.

A embaixada da Guiné-Bissau repudiou o assassínio do actor português, manifestando a sua confiança na justiça portuguesa. Em 29 de Julho, o parlamento da Guiné Bissau aprovou a resolução de enviar a Lisboa uma delegação parlamentar para contactos com as autoridades portuguesas sobre o assassínio de Bruno Candé e sobre a situação da comunidade guineense.

O assassinato gerou uma onda de repúdio por todo o país. Uma manifestação em sua homenagem foi marcada para as 18 horas de 31 de Julho, no Largo de São Domingos, em Lisboa, participada por mais de trezentas pessoas.

Em 1 de Agosto, na Avenida dos Aliados, no Porto, mais de duzentas pessoas reuniram-se para homenagear Bruno Candé com um minuto de silêncio.

Foram marcadas manifestações de homenagem e protesto também para Coimbra e Braga.

A organização SOS Racismo, em nota de imprensa divulgada no Facebook no dia do crime, afirmou que «o carácter premeditado do assassinato não deixa margem para dúvidas de que se trata de um crime com motivações de ódio racial», exigindo que a justiça seja feita.

Um memorial improvisado, com flores e palavras de homenagem, foi montado no banco onde Candé foi assassinado, em Moscavide.

Em 6 de Agosto, a cantora Luísa Sobral publicou na sua página de Instagram o tema “Habitual”, composto por si em homenagem a Bruno Candé.

Em Junho 2021, Evaristo Marinho foi condenado pelo Tribunal de Loures (distrito de Lisboa) por homicídio com motivação racial e condenado a 22 anos e nove meses de prisão. Marinho, de 76 anos, estava acusado do crime de homicídio qualificado de Bruno Candé, ocorrido em 25 de Julho de 2020 e agravado por ódio racial, e posse de arma ilegal.

terça-feira, 17 de setembro de 2024

17 DE SETEMBRO - JOHN LIST

EFEMÉRIDE - John Emil List, assassino em série norte-americano, nasceu em Bay City (Michigan) no dia17 de Setembro de 1925. Morreu em Trenton (Nova Jersey), em 21 de Março de 2008.

John List foi um pai de família americano que parecia ter uma vida feliz com os seus familiares em Westfield, Nova Jersey. Ele ganhava um bom salário como contabilista.

O que ninguém sabia era que ele estava muito frustrado por não ser capaz de controlar a família, especialmente a sua filha, Patty. Ele estava tão desesperado que decidiu matar não apenas os seus três filhos, mas também a sua mãe e a sua esposa, planeando cuidadosamente os assassinatos.

Anunciou para todo mundo que eles iriam para a Carolina do Norte por algumas semanas. Então, em 9 de Novembro de 1971, matou a sua esposa e a sua mãe, quando os filhos estavam na escola e, em seguida, matou os seus filhos, um por um, quando eles voltaram da escola e de outras actividades.

Em seguida, foi para o aeroporto e pegou um voo para um aeroporto no Colorado, sem que ninguém tivesse percebido o que tinha acontecido.

Um mês se passou até que as autoridades descobriram os corpos da sua família e toda a gente pensava que eles estavam de férias. Tentaram encontrar John List, mas ele tinha desaparecido.

John List foi para o Colorado, onde começou a chamar-se “Bob Clark”. Casou-se novamente e tornou-se altamente respeitado, e voluntariado para vários serviços na comunidade.

Ele então, mudou-se com ca sua esposa para a Virgínia, onde também era muito respeitado na comunidade como “Bob Clark”.

Em 1989, foi apresentado um documentário na televisão nos Estados Unidos sobre os assassinatos de John List. Uma senhora moradora na Virginia reconheceu a foto dele e percebeu que o seu vizinho não era o respeitado Bob Clark, mas o assassino John List.

Ela chamou as autoridades que prenderam John List, que foi condenado a passar o resto da vida na prisão.

List faleceu em Março de2008.

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

16 DE SETEMBRO - TIAGO BETTENCOURT

EFEMÉRIDE - Tiago Bettencourt, cantor e compositor português, nasceu em Santa Cruz, Coimbra, no dia 16 de Setembro de 1979.

Tiago Bettencourt cresceu na zona de Lisboa. O pai nasceu na Ilha de São Jorge, Açores, e a sua mãe em Coimbra, sendo professora de Português na Escola Salesiana do Estoril.

Frequentou, com o seu irmão João, o Colégio D. Luísa Sigea, no Estoril.

Bettencourt foi vocalista da banda Toranja. Em 2003, lançaram o primeiro álbum “Esquissos”, que vendeu mais de 60 000 cópias. No alinhamento deste trabalho, encontramos “Carta”, “Cenário” ou “Fogo e Noite”. O tema “Carta” recebeu o Globo de Ouro para a Melhor Canção de 2004.

Seguiu-se “Segundo”, em 2005 com chancela da Universal, que inclui temas como o primeiro single “Laços” ou “Só Eu Sei Ver, “Quebramos Os Dois” ou “Doce no Chão”. No entanto, a banda anunciou um hiato indefinido em 2006.

Depois de Toranja, Bettencourt deixou Portugal para o Canadá afim de gravar o seu primeiro álbum a solo, nos estúdios Hotel2Tango em Montreal, o mesmo estúdio que produziu o bem-sucedido álbum “Funeral por Arcade Fire”. O produtor foi Howard Bilerman. No Canadá, ele já trabalhou em conjunto com a banda de apoio, Mantha, composta por Pedro Gonçalves e João Lencastre. O resultado das sessões de gravação foi lançado como “O Jardim” (“The Garden”), em 2007. O tema “Canção Simples” foi um grande sucesso.

O seu segundo álbum, “Em Fuga”, foi lançado em 2010, e seguido por “Tiago Na Toca & Os Poetas” em 2011 e “Acústico”, em 2012, este último composto por 15 faixas e contém versões das suas músicas anteriores, realizadas em conjunto com convidados como: Concerto Moderno, Lura e Jorge Palma.

Em 2014, foi lançado “Do Princípio”, composto por 12 músicas, incluindo “Aquilo Que Eu Não Fiz”, uma canção com uma forte mensagem política. O cantor apresentou o álbum em diversos concertos por Portugal.

domingo, 15 de setembro de 2024

15 DE SETEMBRO - CRISTINA GONÇALVES

EFEMÉRIDECristina Gonçalves, jogadora de bocha portuguesa que tem paralisia cerebral, nasceu em Lisboa no dia 15 de Setembro de 1977.

Ela competiu e ganhou medalhas em vários Jogos Paralímpicos.

Cristina, quando tinha 11 meses, contraiu meningite resultando em paralisia cerebral.

Ela começou a competir nacionalmente em bocha em 1998, tendo iniciado o desporto aos 14 anos.

Foi classificada como BC2. A primeira vitória geral de Cristina veio em 2003, na Copa do Mundo de Bocha na Nova Zelândia.

Ela participou nas suas primeiras Paraolimpíadas em 2004, em Atenas, onde conquistou a medalha de ouro como parte da competição por equipes BC1-2, numa vitória sobre a Nova Zelândia.

Continuou a competir em sucessivos Jogos Paraolímpicos, onde ganhou uma medalha de prata no evento por equipas nos Jogos Paralímpicos de 2008 em Pequim, mas não conseguiu ganhar uma medalha nos Jogos de 2012 em Londres.

Nas Paraolimpíadas de 2016, foi a única jogadora feminina da equipa mista de bocha. Eles classificaram-se fora da fase de grupos após derrota para a Argentina, seguida de vitórias sobre Eslováquia e Brasil. Eles foram derrotados por 8 a 5 pelo Japão na semifinal, resultando numa revanche contra a Argentina na disputa pela medalha de bronze. Apesar da derrota anterior por 1-7, eles derrotaram a Argentina por 6-2 e ganharam a medalha de bronze.

Em 2024, nos Jogos Paralímpicos, Cristina Gonçalves conquistou o ouro no torneio individual de bocha BC2. Na final, derrotou a sul-coreana Soyeong Jeong, conquistando assim a sua quarta medalha olímpica e a segunda de ouro.

sábado, 14 de setembro de 2024

14 DE SETEMBRO - JOHN BURNSIDE

EFEMÉRIDE - John Lyon Burnside III, inventor norte-americano e activista dos direitos dos homossexuais, morreu em São Francisco, Califórnia, no dia 14 de Setembro de 2008. Nascera em Seattle, em 2 de Novembro de 1916.

Ficou conhecido por inventar o teleidoscópio, o caleidoscópio de campo escuro e o symmetricon.

Como ele redescobriu a matemática por trás da óptica do caleidoscópio, os fabricantes de caleidoscópios opticamente correctos vendidos nos Estados Unidos pagaram-lhe royalties durante décadas.

Burnside foi companheiro de vida de Harry Hay, de 1962 até à morte de Hay em 2002. Burnside morava em São Francisco, no momento da sua morte em 2008, devido a complicações de cancro no cérebro.

Filho único, nascido em Seattle, foi criado pela mãe, depois do pai ter abandonou a família. Sendo pobre, ela periodicamente colocava o seu filho aos cuidados de orfanatos.

Ele serviu brevemente na Marinha dos Estados Unidos e estabeleceu-se em Los Angeles na década de 1940.

Burnside e Hay formaram o Circle of Loving Friends em 1965, um grupo que promovia os direitos e o amor gay. Em Maio de 1966, os dois fizeram parte de uma das primeiras acções de protesto gay, uma carreata de 15 carros pelo centro de Los Angeles, protestando contra a exclusão dos homossexuais pelos militares.

Em 1967, eles apareceram como um casal gay no The Joe Pyne Show. Burnside e Hay ajudaram a planear a primeira parada do orgulho gay em Albuquerque, Novo México, em 1977.

Em 1979, eles - juntamente com Don Kilhefner e Mitchell L. Walker, fundaram a Radical Faeries.

Burnside casou-se com Edith Sinclair em Los Angeles. Eles não tiveram filhos. Burnside, mais tarde, conheceu Harry Hay na ONE, Inc. em 1963. Os dois se apaixonaram e foram parceiros de vida até à morte de Hay em 2002.

Burnside morreu num domingo de Setembro de 2008, aos 91 anos. As suas cinzas, misturadas com as de Hay, foram espalhadas no Nomenus Faerie Sanctuary em Wolf Creek, Condado de Josephine, Oregon.

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

13 DE SETEMBRO - ELLA NOR

EFEMÉRIDE - Ella Nor, de seu verdadeiro nome Leonor Margarida Coelho Andrade, cantora e actriz portuguesa, nasceu no Barreiro em 13 de Setembro de 1994.

Vencedora do Festival RTP da Canção 2015, representou Portugal no Festival Eurovisão da Canção 2015, em Viena, na Áustria.

Desde os quatro anos que toca piano, mas só começou a cantar quando foi preciso uma vocalista na banda do irmão.

Andou 10 anos em escolas musicais. Em 2014, participou no programa The Voice Portugal da RTP, tendo sido inscrita pelos amigos.

Ainda em 2014, foi escolhida para a telenovela “Água de Mar” onde desempenhou o papel de Joana Luz.

Em Março de 2015, venceu o Festival RTP da Canção 2015 com “Há Um Mar Que Nos Separa” da autoria de Miguel Gameiro, sendo assim escolhida para representar Portugal em Viena, no Festival Eurovisão da Canção 2015, deixando para trás alguns grandes nomes da música portuguesa como Adelaide Ferreira e Simone de Oliveira.

Em Maio de 2016, lançou o álbum “Setembro” com 10 temas, todos de sua autoria, entre os quais “Strong For Too Long” e “Já Conheci”, lançados anteriormente como single. O disco foi produzido pela Viagens a Marte, de Fernando Martins. Entre os temas podemos ainda encontrar um dueto com Marisa Liz em “Deixa-me o Chão”.

Muda de nome artístico para Ella Nor. Colabora num novo tema de Miguel Gameiro, “Ficas-me Bem”. Ella Nor dá voz aos anúncios publicitários da Yorn, com a canção “Shake It”, editada em Outubro de 2017 pelo selo Warner Music com quem assinou um contrato, com direitos para todo o mundo.

A versão original do tema “Bang” em inglês começou a tocar na novela “A Herdeira” da TVI. A versão em português, adaptada do original em inglês com a colaboração de Carolina Deslandes, é o tema-genérico da novela “Jogo Duplo” da TVI.

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