
Manuel Lopes escrevia os seus textos em português, embora utilizasse frequentemente expressões em crioulo cabo-verdiano. Contribuiu para dar a conhecer ao mundo as calamidades, as secas e as mortes em São Vicente e, sobretudo, em Santo Antão.
Emigrou para Portugal ainda muito jovem, tendo-se fixado com a família em Coimbra (1919), onde fez os seus estudos secundários.
Voltou a Cabo Verde como funcionário de uma companhia inglesa. Em 1936 fundou, juntamente com Baltasar Lopes da Silva e Jorge Barbosa, a revista Claridade, de que sairiam nove números. Em 1944 foi transferido para a ilha do Faial, nos Açores, onde viveu até se fixar definitivamente em Lisboa, a partir de 1959. Voltou apenas duas vezes a Cabo Verde.
Entre as suas obras mais conhecidas contam-se: “Chuva Braba” (romance, 1956, Prémio Fernão Mendes Pinto), “O Galo que Cantou na Baía” (contos, 1959, de novo Prémio Fernão Mendes Pinto) e “Os Flagelados do Vento Leste” (romance, 1959, Prémio Meio Milénio do Achamento de Cabo Verde). Este último livro foi adaptado ao cinema em 1987.
Sem comentários:
Enviar um comentário