
Aos doze anos de idade emigrou para o Brasil, onde viria a publicar o seu primeiro romance “Criminoso por Ambição” (1916).
Durante quatro anos viveu em plena selva amazónica, trabalhando no seringal “Paraíso”, junto à margem do rio Madeira. Viveu depois em precárias condições, tendo de recorrer a trabalhos como: colador de cartazes, embarcadiço em navios do Amazonas etc. Esta experiência serviria aliás de base para o seu mais famoso romance (“A Selva”, 1930). Colaborou na imprensa, fundando também o jornal “Portugal”.
Regressou a Lisboa em 1919, fundando a revista “Hora” e o magazine “Civilização”. Foi redactor do jornal “O Século”e “ABC”, tendo sido director do jornal “O Diabo”.
Emigrante, homem do jornalismo, mas sobretudo ficcionista, é ainda hoje um dos autores mais traduzido em todo o mundo, podendo incluir-se a sua obra na categoria de literatura universal moderna, precursora do neo-realismo, de escrita caracteristicamente identificada com a intervenção social e ideológica.
Em 1922 iniciou a publicação de novelas e, seis anos mais tarde, foi publicado o seu primeiro romance da fase de maturidade literária (“Emigrantes”) que marca a transição da literatura portuguesa para o neo-realismo.
Para provar a sua ainda grande actualidade, pode referir-se a recente adaptação ao cinema, com muito sucesso, da obra “A Selva”.
Era um trabalhador incansável, na verdadeira acepção da palavra. Não dispondo ou não querendo utilizar máquina de escrever, e ainda a uma enorme distância dos nossos computadores, pode imaginar-se a montanha de papel que Ferreira de Castro laboriosamente escreveu, para produzir obras como “As Maravilhas Artísticas do Mundo”.
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