
Nascido no seio de uma família nobre de Languedoc, próxima dos meios monárquicos, Dominique de Roux manifestou uma independência precoce, ligada à vontade de se consagrar à literatura.
Interrompeu os seus estudos e, no fim dos anos 1950, fez vários estágios linguísticos e períodos de trabalho na Alemanha, em Espanha e na Inglaterra. De regresso a França fundou, juntamente com vários amigos, o boletim “L'Herne”, onde publicou as suas crónicas “Confidences à Guillaume”. Na mesma época efectuou o seu serviço militar numa base aérea francesa.
Em 1960 publicou o primeiro romance “Mademoiselle Anicet” e refundou a sua revista, sob uma forma definitiva e com o nome “Cahiers de l'Herne”, uma colecção de monografias livremente consagradas a figuras desconhecidas ou malditas da Literatura, compreendendo artigos, documentos e textos inéditos. Foram publicados cadernos dedicados a Georges Bernanos, Borges, Céline, Ezra Pound, Ungaretti, Lewis Carroll, Soljenitsyne, Dostoïevski, Thomas Mann, Edgar Poe, Júlio Verne e muitos outros.
Em 1966, a publicação do seu ensaio “A Morte de L.-F. Céline” inaugurou a editora que fundou juntamente com Christian Bourgois. Apenas com 30 anos, Roux já era uma
personalidade incontornável da literatura francesa.
O seu contacto com poetas e outros escritores da “beat generation” revelaram-lhe a possibilidade de um recuo em relação à agitação parisiense. Dois acontecimentos decisivos e traumatizantes decidem-no a partir: a censura da sua recolha de aforismos “Immédiatement” (1971), a pedido de Roland Barthes, e a tomada de controlo das edições da “L’Herne” por Constantin Tacou (1973).
Dominique de Roux começou então uma vida errante, refugiando-se em Lisboa e depois em Genebra. Foi nestas condições que ele animou a nova revista “Exil” e lançou os seus novos cadernos, “Os Dossiers H”. Publicou vários panfletos e consagrou bastante energia ao jornalismo escrito e televisivo, sobretudo coimo correspondente e enviado especial ao Ultramar Português, à beira da implosão.
De Roux foi tecendo várias redes activas nos meios lusófonos. Em Abril de 1974, quando da “Revolução dos Cravos”, ele era o único jornalista francês presente em Lisboa e provavelmente um dos estrangeiros com acesso mais directo ao general Spínola. Consagrou depois vários anos a secundar o opositor angolano Jonas Savimbi, junto da imprensa internacional e das chancelarias. Esta contribuição para a história do seu tempo deu impulso às suas últimas obras: “O Quinto Império”, que foi publicada quinze dias antes da sua morte súbita, com 41 anos, vítima de crise cardíaca, e postumamente “A rapariga do balão vermelho” e “O Livro negro”.
O seu contacto com poetas e outros escritores da “beat generation” revelaram-lhe a possibilidade de um recuo em relação à agitação parisiense. Dois acontecimentos decisivos e traumatizantes decidem-no a partir: a censura da sua recolha de aforismos “Immédiatement” (1971), a pedido de Roland Barthes, e a tomada de controlo das edições da “L’Herne” por Constantin Tacou (1973).
Dominique de Roux começou então uma vida errante, refugiando-se em Lisboa e depois em Genebra. Foi nestas condições que ele animou a nova revista “Exil” e lançou os seus novos cadernos, “Os Dossiers H”. Publicou vários panfletos e consagrou bastante energia ao jornalismo escrito e televisivo, sobretudo coimo correspondente e enviado especial ao Ultramar Português, à beira da implosão.
De Roux foi tecendo várias redes activas nos meios lusófonos. Em Abril de 1974, quando da “Revolução dos Cravos”, ele era o único jornalista francês presente em Lisboa e provavelmente um dos estrangeiros com acesso mais directo ao general Spínola. Consagrou depois vários anos a secundar o opositor angolano Jonas Savimbi, junto da imprensa internacional e das chancelarias. Esta contribuição para a história do seu tempo deu impulso às suas últimas obras: “O Quinto Império”, que foi publicada quinze dias antes da sua morte súbita, com 41 anos, vítima de crise cardíaca, e postumamente “A rapariga do balão vermelho” e “O Livro negro”.
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