
Aos vinte anos ingressou na Faculdade de Leis em Coimbra mas, em vez de estudar, dedicava-se mais à boémia e à poesia. No ano de 1765, regressado a Lisboa, tornou-se professor de Retórica e Poética, numa das cátedras criadas pelo Marquês de Pombal após a expulsão dos jesuítas.
Foi professor durante quinze anos. No entanto, esta ocupação também não lhe agradava. Foi um inadaptado e um descontente até conseguir, em 1770, um lugar na Secretaria dos Negócios do Reino.
Bom metrificador, compôs sátiras descritivas e caricaturais, sonetos, odes e cartas que, em 1801, reuniu em dois volume intitulados “Obras Poéticas”.
Usavam-se, na época, penteados muito altos, daí o facto de Tolentino ter dito numa das suas sátiras que «ali se podiam esconder os mais variados objectos: uma arca, um colchão e até mesmo um homem». Ridiculariza as mulheres que se enfeitavam com vistosas cabeleiras, sem ao mesmo tempo melhorar o juízo; as velhas que recorriam à formosura postiça; os vadios e ociosos; os maridos que eram sovados pelas mulheres. Satirizou também os seus professores e as respectivas aulas.
Foi um dissidente da “Arcádia Lusitana”. Uma edição das suas obras foi organizada no cinquentenário da sua morte, com gravuras de Nogueira da Silva.
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