
Tendo por origem uma família judaica (pai judeu alemão e mãe italiana), era também conhecido como Ettore Schmitz. Foi, no entanto com o seu pseudónimo que se tornou mundialmente conhecido, sobretudo com “A consciência de Zeno”. É considerado o pai do romance psicanalítico.
Com doze anos, foi enviado para um internato em Segnitz, perto de Wurtzbourg, na Baviera. O pai achava que era necessário conhecer bem a língua alemã para se tornar negociante. Trieste estava então situada no Império Austro-Húngaro e assim ficou até ao fim da Primeira Guerra Mundial. Assimilou rapidamente o alemão e descobriu grandes pensadores alemães, como Arthur Schopenhauer. Em 1878 abandonou os estudos e voltou a Trieste para trabalhar num banco.
Em 1892 publicou “Una vita” e, em 1898, “Senilità”. Devido ao fracasso crítico e comercial, renunciou a literatura durante cerca de vinte anos.
Durante este período, encontrou James Joyce, que viria a ser seu professor de inglês na Escola Berlitz de Trieste. Deu-lhe a ler “Senilità”, que Joyce apreciou ao ponto de o incitar a retomar a escrita e a começar a elaboração de um novo romance. Descobriu igualmente, em 1910, o psicanalista Sigmund Freud do qual traduziu “A Ciência dos Sonhos”.
Em 1923 conheceu a celebridade com a obra já referida (“A consciência de Zeno”), um romance que comporta numerosas referências autobiográficas.
Sem comentários:
Enviar um comentário