EFEMÉRIDE
– Roberto Pires, realizador, guionista e produtor de cinema brasileiro,
morreu em São Salvador
da Baía no dia 27 de Junho de 2001, vítima de cancro na garganta. Nascera
na mesma cidade em 29 de Setembro de 1934.
Com
a sua capacidade de criar artesanalmente os equipamentos que usava nas
filmagens, Roberto Pires inventou a lente “anafórmica igluscope”
(semelhante à do cinemascópio, que não existia ainda no Brasil).
Fez a
primeira longa-metragem baiana, “Redenção” (1958), filme que lançou o actor
Geraldo Del Rey. O sucesso impulsionou um período importante da cinematografia
brasileira – o Ciclo Baiano de Cinema (1959/1963) – que, através de realizadores
como Glauber Rocha, fomentou o movimento Cinema Novo.
Pires
começara a trabalhar no cinema com um grupo de jovens do qual faziam parte Glauber, Luís Paulino dos
Santos, Geraldo Del Rey, Helena Ignez, António Pitanga e Othon Bastos, entre
outros. Durante a sua carreira de realizador, dirigiu treze filmes dos quais
sete longas-metragens. No início da década de 1960, Roberto Pires
produziu “Barravento”, o primeiro filme dirigido por Gláuber Rocha.
“O
Cego que Gritava Luz”, do realizador João Batista de Andrade, foi
praticamente a última película com a qual Roberto Pires teve envolvimento antes
de falecer. Deixou inacabado o projecto de filme “Nasce o Sol a Dois de
Julho”.
Ficou
também famoso por reportar no cinema o acidente com a cápsula de césio 137,
ocorrido em Goiânia, em 1987.
O
filme “Tocaia no Asfalto” (1962), que Roberto Pires realizou e do qual
fez também o guião, foi restaurado, com o patrocínio da Petrobras, através da Cinemateca
Brasileira.
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