quarta-feira, 16 de setembro de 2020

16 DE SETEMBRO - ALEXANDER SCHMORELL

EFEMÉRIDE - Alexander Schmorell, um dos membros do grupo da resistência alemã contra o nazismo denominado Rosa Branca, nasceu em Oremburgo, na Rússia, em 16 de Setembro de 1917. Morreu em Munique no dia 13 de Julho de 1943. 

Schmorell era filho de um médico nascido e radicado na Rússia e da filha de um padre ortodoxo russo. Depois da morte da mãe e do pai se ter casado com outra senhora, de origem alemã, mas também radicada na Rússia, em 1921, a família abandonou o país, fugindo da guerra civil. Schmorell cresceu na Alemanha, falando fluentemente alemão e russo.

Depois de terminar o ensino secundário, foi chamado ao Reichsarbeitsdiens, um serviço organizado pelos nazis com o fim de reduzir o desemprego e que desempenhava funções de apoio ao exército alemão. Depois de um período nesse serviço, foi chamado à Wehrmacht, fazendo parte da ofensiva para a anexação da Áustria e para a invasão da Checoslováquia.

Em 1939, depois do serviço militar, começou a estudar Medicina e, no Outono de 1940, conheceu Hans Scholl e Willi Graf, que estudavam também Medicina na Universidade Ludwig Maximilian de Munique e que organizariam, desde 1942, um grupo de resistência estudantil ao nazismo, a Rosa Branca.

Porém, em Junho de 1942, foi novamente mobilizado como médico de guerra na campanha russa, na frente oriental. Naquela mobilização, também foram envolvidos Hans Scholl, Willi Graf e Jürgen Wittenstein que, secretamente, se opunham ao tratamento que os nazis davam aos solidados e civis inimigos, durante aquelas campanhas militares.

Depois de regressar da Rússia, todos continuaram os seus estudos em Munique. A criação de um grupo de oposição ao nazismo tomou a forma definitiva da Rosa Branca e Schmorell, junto com Scholl, escreverá os quatro primeiros panfletos lançados pelo grupo.

Em Dezembro daquele ano, contactarão com o professor Kurt Huber, com quem escreverão, já em 1943, o panfleto “Aufruf an alle Deutschen!” (“Chamada a todos os alemães”), que foi amplamente distribuído. Inclusivamente, realizaram, grafites como “Nieder mit Hitler” (“Abaixo com Hitler”) e “Freiheit” (“Liberdade”) nos muros de Munique.

A detenção de Hans Scholl, Sophie Scholl e Christoph Probst pela Gestapo, em Fevereiro de 1943, pôs Schmorell imediatamente em perigo, o que o obrigou a fugir do país cara à Suíça. Porém, foi intercepto e preso em 24 daquele mês.

Alexander Schmorell foi então submetido a um julgamento conduzido pelo Juiz Supremo do Volksgerichtshof (Tribunal Popular nazi), Roland Freisler. Aquele foi o segundo processo contra a Rosa Branca, depois das execuções dos irmãos Scholl e de Probst. Em 13 de Julho, Schmorell e Huber foram decapitados na Prisão Stadelheim, em Munique.

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