sexta-feira, 4 de julho de 2025

4 DE JULHO - FÉLIX BERMUDES

EFEMÉRIDE - Félix Redondo Adães Bermudes, escritor e dramaturgo português, nasceu no Porto em 4 de Julho de 1874. Morreu em Lisboa no dia 5 de Janeiro de 1960. Foi ainda o 10º presidente do Sport Lisboa e Benfica, em 1916 e de 1945 a 1946, clube que também representara enquanto atleta.

Impôs-se desde muito cedo, ao lado de Cosme Damião, primeiro como atleta e, mais tarde, como dirigente. Praticou futebol, atletismo, ténis, ciclismo, tiro desportivo, esgrima, hipismo e natação.

Particularmente marcante terá sido a sua acção em 1906, quando, com Cosme Damião, evitou o desmoronamento do clube, contribuindo com dinheiro próprio para o efeito.

Em 28 de Julho de 1925, foi feito oficial da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico.

Foi um dos membros fundadores da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses, primeira designação da Sociedade Portuguesa de Autores e foi seu presidente de 1928 até 1960, sucedendo no cargo a Júlio Dantas.

Em 27 de Outubro de 1934, foi feito 53º Sócio Honorário do Ginásio Clube Figueirense.

No seu primeiro mandato, o Benfica inicia uma série de três vitórias consecutivas no Campeonato de Lisboa (1915/1916, 1916/1917 e 1917/1918).

Quando da sua segunda passagem pelo clube, em 1945/1946 (em 1930, não aceitou tomar a posse), o jornal “Os Sports”, onde publicou muitos poemas, deu ênfase ao facto de Félix Bermudes pertencer a uma equipa de dirigentes que honram um clube e de significar para os mais novos a exemplar conduta para um irmão mais velho.

No último ano, em 1944/1945, sagrou-se campeão nacional e resolveu o intrincado problema da sede da Rua Gomes Pereira, através da compra do edifício por 700.000$00 escudos, a liquidar em 15 anos.

Bermudes foi igualmente um homem de cultura, tendo deixado o seu nome ligado a um sem-número de peças teatrais, comédias, revistas (por exemplo, a revista ilustrada “Cine” de 1934), e guiões de cinema, sendo da sua autoria, em parceria com Ernesto Rodrigues e João Bastos, o guião da peça “O Leão da Estrela”, adaptada posteriormente para o cinema por Arthur Duarte.

Em 1933, escreveu o texto da opereta “O Timpanas”, com música de Frederico de Freitas.

Foi o criador do hino do Benfica, “Avante, Avante p’lo Benfica”. O Sport Lisboa e Benfica foi obrigado pela Ditadura a deixar de usar esse hino, pela conotação Comunista da palavra “Avante”, especialmente combinada com a cor encarnada!

Também colaborou na revista “O Palco” (1912). É ainda famosa a sua tradução do poema “If”, de Rudyard Kipling.

Era casado com Cândida Emília dos Reis Borges, natural de Lisboa (freguesia de Santos-o-Velho). O casal teve uma filha, a médica obstetra e democrata Cesina Bermudes.

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