EFEMÉRIDE - Ann Radcliffe, escritora inglesa pioneira do romance gótico, nasceu em Londres no dia 9 de Julho de 1764. Morreu na mesma cidade em 7 de Fevereiro de 1823.
A
sua técnica de como explicar elementos sobrenaturais nos seus livros foi o que
elevou o género do romance gótico a um status respeitável na década de 1790.
Ann
nasceu no bairro de Holborn. O pai era William Ward (1737/1798), dono de um
armarinho, que levou a família para Bath, em Somerset, para gerenciar uma loja
de produtos importados em 1772. A mãe, Ann Oates (1726/1800), era de
Chesterfield. Ocasionalmente, Ann morava com o tio, Thomas Bentley, em Chelsea,
que possuía uma fábrica de porcelanas com Josiah Wedgwood, cuja filha, Sukey,
era a melhor amiga de Ann na infância. Depois, Sukey casaria com Robert Darwin,
com quem teve um filho, Charles Darwin.
Ainda
que circulassem em círculos sociais distintos, Ann era conhecida por ser tímida
e quieta, deixando pouca impressão por onde passava. Em 1787, casou-se com um
jornalista formado por Oxford, William Radcliffe (1763/1830), editor e
sócio do jornal “English Chronicle”. Como passava muito tempo sozinha,
ela começou a ocupar o seu tempo com a escrita e com a leitura do trabalho do
marido. O casal não teve filhos, mas pareciam felizes.
As
suas obras foram publicadas, e o dinheiro que ganhou com as vendas e direitos
possibilitou que o casal tivesse uma vida confortável, pudesse viajar e até adoptar
um cachorrinho, chamado Chance. Nos seus últimos anos, alguns biógrafos dizem
que ela se retirou da vida pública devido a rumores de que teria ficado louca.
Pouco
se sabe sobre a sua vida privada. Uma carta descoberta em 2014 nos arquivos da Biblioteca
Britânica sugere que ela era muito próxima da sogra, numa relação
semelhante à de Ellena Rosalba e à Marchesa di Vivaldi no seu livro “The
Italian”. O jornal “Edinburgh Review”, em 1783, disse que ela era
reclusa, nunca aparecia em público nem interagia nas festas da sociedade,
tomando notas e observando as pessoas por onde passava.
Ann
publicou cinco livros na sua carreira, a maioria romances. O último, “Gaston
de Blondeville” foi publicado postumamente, em 1826. Publicou
também uma narrativa das suas viagens pela Europa, “A Journey Made in the
Summer of 1794, through Holland and the Western Frontier of Germany”, em
1795.
A
sua obra é marcada pelos eventos sobrenaturais que não tinham qualquer
explicação racional. Ela não incluía fantasmas, o que pode ter sido motivado
pelo pensamento corrente da época centrado em valores como o realismo e o
racionalismo. Nas suas obras é comum encontrar reafirmação de valores, bem como
direitos das mulheres e a permanência da razão.
Ann
faleceu em 1823, em Londres, e foi sepultada num jazigo, num capela na Hanover
Square, em Westminster.
Apesar
de ter sofrido com asma durante vários anos, segundo biografias recentes, ela
teria morrido de uma pneumonia e uma inflamação nas membranas do cérebro.
Sem comentários:
Enviar um comentário