Já
trabalhou com os principais super-heróis da BD norte-americanos, sendo
que ficou mais conhecido pela sua fase na revista dos “X-Men” durante os
anos 1980, e também no “Quarteto Fantástico” e “Superman”.
Em 2015, entrou para o Hall of Fame do Eisner Awards.
Vivendo
no Canadá, matriculou-se no curso de belas artes do Alberta College of Art,
em Calgary. Porém, não concluiu o curso. Começou a trabalhar com quadradinhos
efectivamente na editora Charlton Comics, em meados dos anos 1970.
O
seu primeiro trabalho na Marvel foi no ano de 1975, em “Giant-Size
Dracula #05”. Começou a ser notado em Marvel Premiere, e
posteriormente em Iron Fist (vol. 1) com histórias do Punho de Ferro.
Também desenhou Marvel Team-Up e Marvel Preview, este último numa
história do “Senhor das Estrelas” com Chris Claremont como escritor.
Entrou
no título “Uncanny X-Men” como desenhador em 1977, em parceria com o guionista
Chris Claremont. Byrne logo passou a auxiliá-lo no guião, ajudando a criar uma
das mais aclamadas fases do grupo. Histórias como “A Saga da Fênix Negra”
e “Dias de um Futuro Esquecido” são reconhecidas como algumas das
melhores do título mutante. Nas páginas de “X-Men”, lançou a “Tropa
Alfa”, grupo de super-heróis canadianos que perseguiam o seu ex-membro
Wolverine. A “Tropa Alfa” ganhou popularidade a ponto de ter um título
solo por mais de cem edições. O cuidado especial de Byrne com Wolverine, aliás,
ajudou-o a que se transformasse num dos maiores heróis Marvel do novo
século.
Após
deixar a revista dos “X-Men”, assumiu o “Quarteto Fantástico”. Foi
a sua fase durou cinco anos e é considerada como uma das melhores de todos os
tempos, abaixo somente do “Quarteto de Stan Lee” e “Jack Kirby”.
A frente do título, tratou de substituir o “Coisa pela Mulher-Hulk”, uma
de suas personagens favoritas, a quem dedicou até uma graphic novel.
Ainda escreveu e desenhou dois números de “Further Adventures of Indiana
Jones”, e em 1985, iniciou o seu trabalho em “The Incredible Hulk”.
Em
1986, passou a trabalhar na DC Comics. Anteriormente, Byrne havia
trabalhado numa mini-série do Batman em parceria com o artista Jim Aparo
e o guionista Len Wein, intitulada “The Untold Legend of the Batman”,
publicada em 1980.
Contratado
pela DC, foi incumbido de escrever e desenhar a revista do Superman,
mais especificamente a mini-série “The Man of Steel”, onde
reinterpreta a origem do personagem pós-Crise nas Infinitas Terras.
John
Byrne declarou em entrevistas que partiu do editor Dick Giordano o convite para
o projecto, após o término do seu contrato com a Marvel. Ele seguiria
adiante com o personagem, escrevendo as revistas “Superman” e “Action
Comics”. Na mesma época, desenharia o crossover Lendas.
Com
o sucesso do seu Superman, voltou à Marvel. Em 1987, assumiu a
revista “Star Brand”, pertencente ao selo Novo Universo.
Posteriormente, seguiu adiante trabalhando em publicações de personagens como
Vingadores da Costa Oeste, Mulher--Hulk, Namor e Homem de Ferro, entre outros
trabalhos de menor destaque.
Durante
os anos 1990, Byrne contribuiu com as duas grandes editoras, além de
obras autorais. Criou vários personagens como Next Men, Danger Unlimited e
Babe. Em 1994, foram lançadas as primeiras histórias do personagem Hellboy,
criação do artista Mike Mignola. O autor convidou John Byrne para ajudá-lo no guião,
pois até então, não tinha experiência como escritor. Dessa forma, Byrne
colaborou com o guião da primeira mini-série do personagem, “Seed of
Destruction”.
Byrne
também escreveu e desenhou a “Mulher-Maravilha”, e recontou as primeiras
aventuras do Homem-Aranha, em “Spider-Man: Chapter One”. No final
da década, voltaria a trabalhar com os “X-Men” no título “X-Men: The
Hidden Years”, que acabaria sendo cancelado pelo então novo editor-chefe da
Marvel, Joe Quesada. Byrne não ficou feliz com o cancelamento e desistiu
de um projecto que pretendia reuni-lo com Claremont para uma história dos “X-Men”.
Desde então, não trabalhou mais para a editora.
Nos
anos 2000, trabalhou principalmente para a DC Comics. Voltou ao Superman
em “Superman: True Brit”, colaborando com o comediante John Cleese, e
com a escritora Gail Simone, desenhou o novo Eléktron, na série “All-New
Atom”. No ano de 2012, lançou o autoral Trio, pela IDW. Em
2013, fez o guião d uma fotonovela de Star Trek.
Enquanto
estava na Marvel, Byrne envolveu-se em controvérsia quando afirmou ter
orgulho de ser um «homem de empresa» e que os criadores deveriam «viver
dentro das regras enquanto estão por perto», em resposta às alegações de
Jack Kirby de que ele não era tratado de forma justa pela empresa enquanto
criou a maioria de seus icónicos personagens. Em resposta, Kirby e Steve Gerber
criaram uma paródia de Byrne chamada “Booster Cogburn” nas páginas de “Destroyer
Duck”, que tinha espinha dorsal removível e declarava: «Sou o
funcionário leal... não recebo para ter opinião».
Quando assumiu a revista “Star Brand”, da linha Novo Universo, Byrne escreveu o personagem acidentalmente destruindo a cidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, por conta de problemas com o editor Jim Shooter, natural de Pittsburgh.
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