EFEMÉRIDE
– Henri-Georges Clouzot, cenarista, realizador e produtor de cinema francês,
nasceu em Niort no dia 20 de Novembro de 1907. Morreu em Paris, em 12 de
Janeiro de 1977.
Após
os estudos clássicos, enveredou pela carreira de jornalista. Depois, começou a
supervisionar versões francesas de operetas alemãs. Escreveu também cenários
para vários filmes.
Muito
meticuloso e controverso (chegando a quase “tiranizar” os actores), era
conhecedor de todos os truques técnicos da sétima arte, tornando-se num dos
mais célebres realizadores do cinema europeu dos anos 1940/50. Além do
cinema, era apaixonado pela música e por fumar cachimbo. Começou a dirigir e a
fazer os roteiros para os seus próprios filmes na década de 1940 e o seu
filme de estreia foi “L'Assassin habite... au 21” .
Ficou
mais conhecido depois da rodagem de “O Salário do Medo” (1953) e “As
Diabólicas” (1954), filmes considerados pela crítica como dos mais
importantes dos anos 1950. Chegou a ser chamado o “Hitchcock francês”.
Realizou igualmente vários documentários, entre os quais “O Mistério Picasso”
(1956), declarado «tesouro nacional» pelo governo francês. Em 1960,
realizou “A Verdade” com Brigitte Bardot.
Clouzot
foi um dos três realizadores, juntamente com Antonioni e Altman, a ter
conquistado três prémios supremos nos principais festivais europeus: o Leão
de Oiro (Veneza, 1949), a Palma de Oiro (Cannes, 1953) e o Urso
de Oiro (Berlim, 1953).
Foi
casado com a actriz de origem brasileira Vera Clouzot. Vários ataques cardíacos
complicaram os últimos anos da sua vida, deixando muitos projectos por
concretizar. Importante coleccionador de arte contemporânea, a sua segunda
esposa – Inês – legou esta colecção (vendida ulteriormente por mais de 4
milhões de euros) e os direitos sobre as suas obras cinematográficas à
associação de caridade “Socorro Católico”.
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