EFEMÉRIDE
– Ansumane Mané, guerrilheiro do PAIGC (Partido Africano para a
Independência da Guiné e Cabo Verde), morreu na Guiné-Bissau em 30 de
Novembro de 2000. Nascera na Gâmbia em 1940. Combateu durante a guerra da
independência ao lado de Nino Vieira e apoiou-o quando ele tomou o poder em
1980 após um golpe de estado.
Foi chefe
da Junta Militar que iniciou, em 7 de Junho de 1998, um levantamento
militar que resultaria na demissão do presidente da República Nino Vieira, em 7
de Maio de 1999.
Este
levantamento militar, que culminaria numa curta guerra civil, teve origem no
descontentamento existente nas Forças Armadas. Como o próprio Ansumane
Mané disse através da Rádio Bombolom, a revolta foi levada a cabo para
se proteger, pois havia sido – na semana anterior – destituído do cargo de chefe
de Estado Maior General das Forças Armadas, sob a alegação de que fazia
contrabando de armas.
Depois
de Nino Vieira ter sido destituído, Mané tornou-se provisoriamente chefe do
Estado até 14 de Maio de 1999, data em que Malam Bacai Sanhá,
presidente da Assembleia Popular Nacional, foi nomeado presidente da
República interino.
A Junta
Militar, dirigida por Mané, acatou a situação durante o período transitório
antes de eleições, mas propôs vir a ter plenos poderes sobre o futuro governo
durante um período de dez anos. A proposta foi posteriormente abandonada,
devido à recusa de todos os partidos.
Kumba
Yalá do Partido da Renovação Social (PRS) saiu vencedor das Presidenciais
de 2000, apesar do apoio da Junta Militar ao candidato do PAIGC.
Ansumane Mané acabou por ser morto, juntamente com outros dois militares, durante uma troca de tiros com as forças governamentais na região de Biombo. Os três corpos apresentados na televisão do Estado foram considerados irreconhecíveis pela imprensa internacional.
Ansumane Mané acabou por ser morto, juntamente com outros dois militares, durante uma troca de tiros com as forças governamentais na região de Biombo. Os três corpos apresentados na televisão do Estado foram considerados irreconhecíveis pela imprensa internacional.
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