EFEMÉRIDE
– Manuel Curros Enríquez, jornalista e escritor espanhol, morreu em Havana no
dia 7 de Março de 1908. Nascera em Celanova, na Galiza, em 15 de Setembro
de 1851. É um dos principais representantes do Ressurgimento da
literatura galega, juntamente com Rosalia de Castro e Eduardo Pondal.
Estudou
na escola de D. Manoel Rebollo e, quando ficou preparado, teve que ir
ajudar o pai nas suas tarefas de escrivão. Viajou mais tarde para Madrid, onde
vivia o seu irmão Ricardo. Fez então o 2º grau e começou a estudar Direito.
Ingressou depois no Concelho de Madrid e frequentava diversos círculos
literários.
Em
1877, ganhou um certame poético em Ourense com o poema “A Virge do Cristal”.
Esta vitória foi determinante para a sua carreira de poeta. Fixou-se em Ourense
e trabalhou na Intervenção da Administração Económica. Em 1880, escreveu
o livro “Aires da miña terra”. Perante esta obra, o bispo de Ourense
publicou um édito condenando o livro «por conter proposições heréticas,
blasfemas e escandalosas». O tribunal ordenou a apreensão dos exemplares
ainda em poder do editor e Curros foi processado por «delito contra o livre
exercício dos cultos». Foi condenado em Ourense e absolvido na Corunha.
Perdido o posto de trabalho, voltou a Madrid e ingressou na redacção de “El
Porvenir”, um jornal republicano.
Em
1894, emigrou para a América. Em Havana, dirigiu o jornal “La Tierra Gallega ”
e, quando a sua publicação foi suspensa, ingressou na redacção de “El diario
de las Famílias” e, depois, na do “Diario de la Marina ”. Encontra-se
também colaboração sua na revista “A leitura” (1894/96).
Em
1904, visitou à Corunha, onde foi bem recebido pelos regionalistas. De volta a
Havana, retomou as suas actividades no “Diario de la Marina ”. Faleceu em
Cuba, tendo os seus restos mortais sido trazidos para a Galiza. Manuel Curros
Enríquez pertenceu a uma loja maçónica.
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