EFEMÉRIDE
– Denis Ivanovich Fonvizin, dramaturgo do Iluminismo Russo,
cujas peças de teatro ainda hoje são encenadas, nasceu em Moscovo no dia 14 de
Abril de 1745. Morreu em
São Petersburgo , em 12 de Dezembro de 1792. Os seus trabalhos
mais conhecidos são duas comédias, que escarnecem da aristocracia russa.
Nascido
numa família nobre, Fonvizin recebeu uma boa educação na Universidade de
Moscovo e, muito cedo, começou a escrever e a fazer traduções. Tornou-se
secretário do conde Nikita Panin, um dos nobres mais prestigiados do reinado de
Catarina, “a Grande”. Graças à protecção do conde, ele pôde escrever
peças de teatro com críticas sociais, sem medo de ser preso e, no final da
década de 1760, terminou a primeira das suas comédias mais conhecidas: “O
Brigadeiro-General”.
Sendo
um homem abastado, foi sempre mais um diletante do que um escritor
profissional, apesar de se ter tornado muito conhecido nos círculos literários
e intelectuais. Entre 1777 e 1778, viajou pelo estrangeiro com o objectivo de
conhecer a Faculdade de Medicina de Montpellier. Descreveu a viagem no
seu livro “Cartas de França” – um dos exemplos mais elegantes da prosa
da época e aquele onde é mais visível a ambiguidade das elites russas, durante
o reinado de Catarina, em relação aos franceses que eram odiados e, ao mesmo
tempo, essenciais para o desenvolvimento da literatura local.
Em
1782, foi publicada aquela que é considerada a melhor comédia de Fonvizin, “O
Espelho”, que lhe valeu o título de melhor dramaturgo russo da época. Os
seus últimos anos de vida foram passados em sofrimento e viagens constantes ao
estrangeiro, para cuidar da sua saúde.
A
grande prova da popularidade das peças de Denis Fonvizin está no facto de
várias das suas falas se terem tornado em provérbios da língua russa e vários
autores (entre eles Alexander Pushkin) as citarem muitas vezes ou pelo menos
mencionarem os nomes dos personagens.
Sem comentários:
Enviar um comentário