EFEMÉRIDE
– Helena Rubinstein, de seu verdadeiro nome Chaja Rubinstein,
empresária e cosmetóloga polaco/norte-americana, morreu em Nova Iorque no dia 1
de Abril de 1965. Nascera em Cracóvia, em 25 de Dezembro de 1870. Nasceu no
então Império Austro-Húngaro, no seio de uma modesta família judia ortodoxa.
Apaixonou-se
por um rapaz não judeu com quem queria casar, mas o pai não a autorizou. Quis
começar a estudar medicina e a família recusou também. Refugiou-se então em
casa de uma tia que vivia em Viena e, aos 21 anos, partiu para a Austrália,
onde morava um outro tio. Assim, conseguiu fugir a um casamento “negociado”
pela família com um viúvo rico.
Trabalhou
como empregada doméstica durante três meses, o tempo de aprender inglês e
preparar um projecto profissional. Inspirada por um unguento que recebera de um
químico húngaro, o creme Valaze, uma mistura de ervas, cascas e
amêndoas, criou a sua própria pomada para tratamento da pele. Face ao sucesso
obtido junto das amigas, criou a sociedade Helena Rubinstein e abriu a
sua primeira boutique em
Melbourne. Produziu outros cremes, loções e sabões. Instalou
o primeiro salão de beleza do mundo em 1912.
Em
virtude do êxito conseguido, cedeu a boutique e o salão de beleza a uma das
suas irmãs para poder percorrer o mundo e encontrar-se com outros empresários,
cientistas (dermatologistas e especialistas em dietas) e igualmente com
artistas que pudessem mediatizar os seus produtos.
Casou-se,
teve dois filhos e fixou-se em Inglaterra, onde abriu uma loja em Londres (1908).
Consultou a cientista Marie Curie, para perceber o funcionamento da pele.
Simultaneamente, convenceu os médicos de que «a beleza não era uma coisa
fútil». Abriu uma nova boutique, em Paris (1912). Desde 1910, estabelecera
a classificação das peles (gorda, seca e normal).
Em
Paris, relacionou-se com artistas famosos como Marc Chagall, Louise de
Vilmorin, Colette, Salvador Dali, Pablo Picasso e Jean Cocteau, que a chamava «Imperatriz
da Cosmética e da Beleza». No seu salão parisiense, propunha
igualmente massagens, o que em breve se tornaria uma moda.
Em
1914, deixou o marido e os filhos na Europa, que estava em guerra, e
instalou-se nos Estados Unidos. Foi em Nova Iorque que abriu o primeiro “instituto
americano”, seguindo-se Chicago e Boston. Nos EUA, ela tinha a concorrência de
Estée Lauder e de Elisabeth Arden, já implantadas no mercado americano.
Em
1928, vendeu as suas sucursais norte-americanas à Lehman Brothers por
7.3 milhões de dólares.
Tornando-se
uma das mulheres mais ricas do mundo, passou a coleccionar casas, jóias e obras
de arte. Divorciou-se do marido em 1937. No ano seguinte, consorcia-se com um
príncipe georgiano.
Durante
a Segunda Guerra Mundial, perdeu toda a sua família polaca e uma parte
dos seus bens na Europa. Tornou-se fornecedora de maquilhagens, camuflagens,
produtos desmaquilhadores e cremes solares ao exército americano.
Helena
Rubinstein, quando morreu aos 94 anos, deixou ao seu filho sobrevivente uma
fortuna colossal, quinze fábricas e 30 000 empregados em todo o mundo. A
família vendeu as suas numerosas obras de arte. A marca “Helena Rubinstein”
foi vendida em 1973 ao grupo Colgate-Palmolive, que a revendeu por sua
vez à L'Oréal em 1988.
Sem comentários:
Enviar um comentário