EFEMÉRIDE
– Stokely Standiford Churchill Carmichael, activista negro do Movimento
dos Direitos Civis nos Estados Unidos nas décadas 1960/70, nasceu em
Port of Spain no dia 29 de Junho de 1941. Morreu em Conacri, em 15 de Novembro
de 1998.
Nascido
na república de Trindade e Tobago, a sua família mudou-se para o bairro Bronx, em Nova Iorque , quando
ele tinha onze anos. Tomou então contacto com a realidade da vida e dos
direitos dos negros nas escolas secundárias. Frequentou depois a Universidade
de Howard.
Tornou-se
proeminente na vida política e social norte-americana, como líder do SNCC,
movimento estudantil que pugnava pela não-violência na luta contra o racismo e
pela igualdade de direitos. Foi detido e esteve preso inúmeras vezes. Mais
tarde (1968), foi “primeiro-ministro honorário” dos Panteras Negras, partido
político formado por negros actuantes e combativos contra a discriminação
racial.
Inicialmente,
foi um integralista, dedicando-se à criação de um sistema de vida americano,
que fosse capaz de integrar brancos e negros numa mesma sociedade de cidadãos
iguais perante a lei e com oportunidades iguais, na mesma linha ideológica de
Martin Luther King. Depois, passou a fazer parte de movimentos nacionalistas
negros e pan/africanos.
Em 1967,
deixou a direcção do SNCC e tornou-se um grande crítico da Guerra do
Vietname, num período em que fez várias viagens e palestras pelo mundo,
aprimorando os seus conhecimentos e visitando países insubmissos aos EUA, como
a República Popular da China, Cuba, Vietname do Norte e Guiné.
Em
1969, começou a distanciar-se das ideias radicais dos Panteras Negras e,
com a sua mulher, a cantora sul-africana Miriam Makeba, foi viver para a Guiné,
onde se tornou assessor do presidente Sékou Touré.
Nos
anos 1970, continuou com as suas viagens, escrevendo e discursando em
apoio de movimentos mundiais de esquerda e escreveu o livro “Stokely Speaks:
Black Power Back to Pan-Africanism”, onde expôs uma explícita visão
socialista do mundo, que o acompanharia pelo resto da vida.
Em
1978, decidiu ficar definitivamente na Guiné e mudou o seu nome para Kwame
Ture, em homenagem aos líderes africanos Kwame Nkrumah e Sékou Touré. Vítima de
cancro na próstata, morreu na Guiné-Conacri aos 57 anos de idade.
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