EFEMÉRIDE
– Manuel de Faria e Sousa, fidalgo, humanista, escritor, crítico,
historiador, filólogo e moralista português, morreu em Madrid no dia 3 de Junho
de 1649. Nascera em Felgueiras, em 18 de Março de 1590. As suas obras foram
quase todas escritas em castelhano. Foi Comendador da Ordem de
Cristo.
Estudou
nos seminários de Braga para seguir a carreira eclesiástica, mas acabou por
recusar esse caminho, casando com D. Catarina Machado. Tiveram, entre outros
filhos, Pedro de Faria e Sousa, capitão da infantaria espanhola na Flandres.
Este seu filho, logo após a morte do pai em Madrid, veio para Portugal onde foi
muito bem recebido por D. João IV e viria a ser o preparador, para publicação,
de grande parte da enorme massa de inéditos do seu progenitor.
Manuel
de Faria e Sousa, aos catorze anos, entrou ao serviço dum amigo do pai, D.
Gonçalo de Morais, bispo do Porto, frequentando a escola episcopal, onde
aprendeu História, Artes, Literatura, etc. Ali escreveu também
poesias e entrou em relação com altas figuras da época. Em 1618, tendo morrido
este seu protector, passou a viver em Pombeiro, onde geria a casa familiar, com
a mulher e os filhos.
Um
ano mais tarde, encontrou novo protector e partiu para Madrid como secretário
particular do conde de Muge, Pedro Álvares Pereira, secretário de estado de
Filipe II de Portugal. Aprendeu rapidamente o castelhano e, passados três anos,
publicou poesias nesta língua, que veio a ser o seu idioma predilecto.
Quando
da morte do seu novo protector, Faria e Sousa já gozava de grande notoriedade. Foi
secretário de estado do reino de Portugal, cargo que desempenhou em Lisboa. Depois , foi
secretário da embaixada de Portugal em Roma.
Apesar
de ter escrito quase tudo em castelhano, a maior parte da sua obra versa temas
relacionados com Portugal, como os descobrimentos e a figura e obra de Luís de
Camões, que ele considerava «o seu poeta».
Os
seus restos mortais encontram-se no mosteiro de Pombeiro, onde repousam sob uma
laje à direita do altar-mor.
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