EFEMÉRIDE
– Jules Jean Paul Fort, poeta francês, nasceu em Reims no dia 1 de Fevereiro
de 1872. Morreu em Montlhéry, Essonne, em 20 de Abril de 1960. Foi autor de
uma obra poética abundante reunida nos vários volumes das “Ballades françaises.
Apesar de escrever sobretudo segundo as correntes literárias do Simbolismo e do
Lirismo, foi também um importante porta-voz do Futurismo.
Em
1878, o pai levou a família para Paris. Paul fez os seus estudos secundários no
Liceu Louis-le-Grand e tornou-se amigo de Pierre Louÿs e André Gide.
Frequentava
o Café Voltaire, quartel-general dos poetas simbolistas. Redigiu
em 1889 um «manifesto a favor da criação de um teatro representativo deste
grupo, que rompesse com a corrente naturalista». Criou neste mesmo ano,
juntamente com Lugné-Poe, o Teatro de Arete que se tornou em 1893 o Théâtre de l'Œuvre e que viria a revelar os dramaturgos nórdicos Henrik Ibsen e August Strindberg.
Acabada
a sua “aventura” teatral, consagrou-se então à poesia. Entregou os seus
primeiros poemas à editora Mercure de France em 1896. Estes poemas viriam
a constituir o começo das “Ballades françaises”, 17 volumes de poesia
escritos sobretudo entre os anos 1920 e 1950.
Paul
Fort organizou, desde 1903, sessões semanais de leituras poéticas. Em 1905,
co-fundou a revista “Vers et prose”, que publicou vários trabalhos de Guillaume
Appolinaire e Max Jacob, entre outros escritores de nomeada.
Feito
comendador da Legião de Honra, Paul Fort contribuiu bastante para dar ao
bairro de Montparnasse, em Paris, a sua fama artística. Foi eleito Príncipe
dos Poetas em 1912, no seguimento de um referendo organizado por cinco
jornais: “Gil Blas”, “Comoedia”, “La Phalange ”, “Les
Loups” e “Les Nouvelles”.
Foi
um dos principais membros do júri do Prémio Juventude, criado em 1934.
Voltou oficialmente a Reims, sua terra natal, para inaugurar uma exposição – que
lhe era consagrada – na Biblioteca Carnenie.
Entre
as homenagens que lhe foram prestadas após o falecimento, salienta-se ter sido
dado o seu nome a várias escolas francesas, a uma rua de Paris e a uma sala de
espectáculos em Nantes. O
pintor Ferdinand Desnos pintou um quadro intitulado “Le poète Paul Fort à la Closerie des Lilas”.
Alguns dos seus poemas foram musicados e cantados por Georges Brassens.
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