EFEMÉRIDE
– António Correia de Oliveira, poeta português, morreu em Belinho, Antas,
Esposende, em 20 de Fevereiro de 1960. Nascera em São Pedro do Sul no dia
30 de Julho de 1879. Começou a publicar os primeiros poemas nos finais do
século XIX, tendo tido uma carreira literária de mais de 60 anos. Foi indicado
para o Prémio Nobel da Literatura pela primeira vez em 1933, por 20
membros da Academia Real das Ciências, e é recordista nacional com um
total de quinze nomeações.
Estudou
no Seminário de Viseu, vindo depois para Lisboa, onde trabalhou como
jornalista no “Diário Ilustrado”. Tendo publicado a sua primeira obra
aos 18 anos (“Ladainha”, em 1897), foi companheiro de Raul Brandão e
mostrou influências de Antero de Quental e de Guerra Junqueiro.
Em
1912, casou com uma rica proprietária minhota e fixou-se na freguesia de Antas,
concelho de Esposende, na Quinta do Belinho.
Poeta
neo-garrettista, foi um dos escritores do Saudosismo, juntamente
com Teixeira de Pascoaes e outros. Esteve ligado aos movimentos culturais do Integralismo
Lusitano e das revistas “Águia”, “Atlântida” (1915/20), “Ave
Azul” (1899/1900), e “Seara Nova”. Também colaborou nas revistas “O
Occidente” (1877/1915), “Serões” (1901/11), “Contemporânea”
(1915/26) e “Revista de Turismo”.
Convictamente
monárquico, transformou-se num dos poetas oficiosos do Estado Novo, com
inúmeros textos escolhidos para os livros únicos de língua portuguesa do ensino
primário e secundário.
Correia
de Oliveira foi nomeado para o Prémio Nobel da Literatura pela primeira
vez em 1933, tendo sido nomeado num total de quinze vezes. Foi o terceiro
português a ser nomeado para o Nobel da Literatura, depois de João da
Câmara em 1901 e de João Bonança em 1907.
Foi
pai de José Gonçalo da Cunha Sottomayor Correia de Oliveira (1921/1976),
ministro da Economia entre 1965 e 1968.
Em
Outubro de 1934 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da
Espada e, em Agosto de 1955, Grande-Oficial
da Ordem da Instrução Pública. Foi dado seu nome a uma escola e a uma rua em Esposende. Também
é lembrado na sua terra natal, São Pedro do Sul, onde tem uma via com o seu
nome e uma estátua localizada na Praça da República.
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