EFEMÉRIDE
– Stanley Earl Kramer, produtor e realizador de cinema
norte-americano, morreu em
Woodland Hills no dia 19 de Fevereiro de 2001. Nascera em Nova Iorque , em 29 de
Setembro de 1913. Os seus filmes foram nomeados e venceram vários Oscars,
ganhando ainda 23 prémios e recebendo mais de 21 nomeações para outros prémios
de cinema. Foi descrito pelo realizador Steven Spielberg como «um dos maiores
cineastas, não só pela arte e paixão que colocou nos seus filmes, mas também
pelo impacto que teve na consciência do Mundo».
Kramer
viveu com uma avó no bairro de Manhattan. Desde jovem, teve conexões com a
indústria cinematográfica: um tio trabalhou na distribuição da Universal
Pictures e depois como agente em Hollywood e a mãe foi secretária na Paramount
Pictures.
Estudou na DeWitt
Clinton High
School no Bronx e na New York University .
No último ano da universidade, foi-lhe oferecido um estágio pago no
departamento de redacção da 20th Century Fox. Kramer aceitou o trabalho,
apesar de originalmente ter planeado seguir a carreira de advogado.
Em
1941, foi assistente de produção nos filmes “The Moon and Sixpence” e “So
Ends Our Night”. Dois anos depois, foi mobilizado para o exército, mas
evitou a ida para a guerra trabalhando na unidade de filmagens do exército em Nova Iorque. Em
1948, co-fundou uma pequena empresa produtora, a Screen Plays Inc.
Foi
como produtor que começou a ser reconhecido pelo seu talento. Apesar do
primeiro filme produzido pela empresa, em 1948, ter sido um fracasso, o filme
seguinte (”Champion”) – protagonizado por Kirk Douglas – foi um sucesso.
O filme teve seis nomeações para os Oscars, tendo recebido o de Melhor
Edição.
Nos
anos seguintes, Kramer produziu – entre outros filmes – “Home of the Brave”
(1949), outro grande sucesso. Em 1950, produziu “The Men”, que foi a
estreia de Marlon Brando no cinema.
Um
ano depois, a Columbia Pictures ofereceu-lhe a oportunidade de fazer
filmes para o seu estúdio. Enquanto decidia se aceitava ou não aquele trabalho,
Kramer passou o resto daquele ano a concluir o seu último filme para a sua
produtora independente, “High Noon”, um western dramático realizado por
Fred Zinnemann. O filme foi bem recebido, ganhando quatro Oscars em sete
nomeações. Em 1999, o American Film Institute colocou este filme na
lista dos 100 Maiores Filmes Americanos de todos os tempos (33º lugar).
Depois
de produzir “The Caine Mutiny”, Kramer deixou a Columbia e
reassumiu a sua produção independente mas, desta vez, ocupando também o cargo
de realizador. Felizmente para Kramer, conseguiu escapar da Lista Negra de
Hollywood, que afectou a carreira de muitos membros da indústria
cinematográfica durante o Macartismo, apesar de ser bem conhecido pelos
seus pontos de vista liberais e pelo seu gosto em produzir e realizar filmes
com temas controversos.
Em
1963, contrastando com o género de filmes anteriores, produziu e realizou uma
comédia chamada “It's a Mad, Mad, Mad, Mad World”. Quatro anos depois,
em 1967, Kramer fez “Guess Who's Coming to Dinner”, outro dos seus
filmes a constar da lista dos 100 Maiores Filmes Americanos de todos os
tempos (99ª posição). O filme, protagonizado por Sidney Poitier e Katharine
Hepburn, foi o último trabalho do actor Spencer Tracy no cinema e constituiu
mais um grande sucesso, com oito nomeações para os Oscars, tendo sido
galardoado com os de Melhor Actriz e Melhor Guião.
Em
1997, Kramer publicou a sua autobiografia, intitulada “A Mad Mad Mad Mad
World: A Life in Hollywood”. Faleceu quatro anos depois, vítima de
pneumonia. Tem, desde 1960, uma estrela no Hollywood Walk of Fame.
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