EFEMÉRTIDE
– Christophe, de seu verdadeiro nome Daniel Georges Jacques Bevilacqua,
cantor francês, nasceu em Juvisy-sur-Orge no dia 13 de Outubro de 1945.
Édith
Piaf e Gilbert Bécaud foram os seis primeiros ídolos, em breve suplantados
pelos blues, uma verdadeira revelação na sua adolescência. Rebelde na
vida escolar, durante a qual se aborrecia, passou por diversos pensionatos e
liceus, até aos 16 anos de idade.
No
fim dos anos 1950, como acontecia a muitos jovens da sua geração, os
seus “heróis” eram Elvis Presley e James Dean. Apaixonou-se então pelo rock e
aprendeu a tocar guitarra e harmónica.
Em
1961, fundou um grupo amador chamado Danny Baby et les Hooligans, sendo
‘Danny’ uma referência ao seu primeiro nome.
Depois
de cumprir o serviço militar, começou uma carreira a solo. Em 1963, gravou o
primeiro single – “Reviens Sophie”.
Em
1965, a sua balada “Aline” atingiu o milhão de exemplares vendidos e trouxe-lhe
grande sucesso. Outros êxitos se seguiram, como “Les Marionnettes” e “J'ai
entendu la mer”.
Entontecido
com a glória, passou a viver a 100 à hora, na verdadeira acepção da palavra. Os
excessos de velocidade, ao volante dos seus Ferrari e Lamborghini,
passaram a fazer parte da sua vida. Em 1968, chegou mesmo a participar numa
corrida, como piloto. Interessava-se também pelas grandes viaturas americanas,
como os Cadillac.
Manteve
uma relação amorosa com a cantora Michèle Torr, da qual nasceu um filho (1967).
Quatro anos depois, casou-se com Véronique Kan, com quem teve uma filha.
No
princípio dos anos 1970, a sua popularidade fraquejou durante um curto
período de tempo. Em 1971, Francis Dreyfus criou a etiqueta Les Disques
Motors, onde foram editados muitos dos álbuns de Christophe. Recuperou a
popularidade logo em 1972, com várias canções. Passou a beneficiar da
colaboração do então jovem letrista Jean Michel Jarre, com o qual gravou o
álbum “Les Paradis perdus” (1973) que se colocou nos Tops de vendas, ao
lado ou à frente de cantores como Serge Gainsbourg, Michel Polnareff e Jacques
Dutronc.
Actuou
no emblemático Olympia em dois espectáculos, com bilhetes esgotados, já
bastante diferente do seu estilo dos anos 1960. Num momento de
depressão, mergulhou na droga, mas durante pouco tempo.
Em
1978, publicou o álbum “Le Beau Bizarre” que foi aplaudido pela crítica.
Este foi verdadeiramente o seu primeiro disco de rock. O jornal “Libération”
colocou-o mesmo entre os 100 Melhores Álbuns da História do Rock 'n' roll.
Em
1980, a pedido da esposa Véronique, reeditou o single “Aline”
que, para surpresa geral, atingiu os três milhões e meio de vendas.
Nos
anos 1980, dedicou-se a debater, em programas de televisão, o flagelo da
fome no mundo, mostrando outra faceta da sua personalidade.
O
seu ritmo de trabalho diminuiu. Passou a consagrar-se, essencialmente, às suas
colecções de juke-boxes, de discos raros e de filmes famosos. O seu lado
de cinéfilo era conhecido de Henri Langlois, da Cinemateca Francesa, a
quem Christophe emprestou uma cópia original de “La Strada ” de Federico
Fellini.
Mudou
de editora em 1995, passando para a Epic, uma subsidiária da Sony.
No
fim dos anos 1990, começou a interessar-se sobremaneira pelas novas
tecnologias e pelos sintetizadores, Passou longos meses a trabalhar vozes, sons
e músicas, num estúdio que instalou em sua casa. Anunciou então o seu regresso
aos palcos, o que não acontecia há cerca de 26 anos. Deu uma série de concertos
magníficos no Olympia, contando com a colaboração de especialistas de
iluminação teatral e de dança. Cantava sentado num pequeno banco, com os
holofotes focados sobre ele, enquanto actuavam dançarinos e várias imagens de
rock eram projectadas. O disco “Christophe Live à l'Olympia”, publicado
no ano seguinte, e um DVD testemunham a magia reencontrada.
Com
artistas convidados, actuou em 2004 no Élysée Montmartre e, no ano
seguinte, na Opéra-Comique. Até ao fim de 2009, Christophe tinha já
vendido perto de seis milhões de álbuns unicamente em França.
Já
nos anos 2010, fez longas tournées que o levaram a várias cidades
francesas, à Suíça, Bélgica e Líbano. Em Julho de 2011, actuou na sua terra
natal, onde cantou durante cerca de 4 horas. Em Outubro, voltou ao Olympia.
Em
Dezembro de 2014, foi feito cavaleiro da Legião de Honra francesa.
Christophe lançou, em Abril de 2016, o álbum “Les Vestiges du chaos”, que
foi recebido com entusiasmo tanto pela crítica como pelo público. Completa hoje
71 anos de idade.
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