quarta-feira, 5 de outubro de 2016

5 DE OUTUBRO - CIRO DOS ANJOS

EFEMÉRIDECiro Versiani dos Anjos, jornalista, professor, advogado, cronista, romancista, ensaísta e memorialista brasileiro, nasceu em Montes Claros no dia 5 de Outubro de 1906. Morreu no Rio de Janeiro em 4 de Agosto de 1994.
Fez os cursos primários e secundário na cidade natal. Em 1923, foi para Belo Horizonte, onde cursou Direito na Universidade Federal de Minas Gerais, licenciando-se em 1932. Durante os anos de faculdade, trabalhou como funcionário público e jornalista.
Exerceu a advocacia na terra onde nasceu, voltando depois para Belo Horizonte, onde regressou à imprensa e ao serviço público, ocupando cargos importantes na administração estadual.
Em 1933, como redactor de “A Tribuna”, publicou uma série de crónicas, que seriam o embrião do seu mais famoso romance, “O amanuense Belmiro”, publicado em 1937. A obra relata a vida de um funcionário público da capital mineira.
De 1940 a 1946, foi professor de Literatura Portuguesa na Faculdade de Filosofia de Minas Gerais.
Em 1946, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde voltou a exercer funções burocráticas, durante o governo do presidente Dutra. Colaborou também em diversos órgãos da imprensa carioca.
Em 1952, convidado pelo Itamarati, foi para o México, onde regeu a cadeira de Estudos Brasileiros na Universidade Autónoma Mexicana. Em 1954, exerceu idêntica função na Universidade de Lisboa. Aqui, no mesmo ano, publicou o ensaio “A criação literária”. Ao voltar para o Brasil, em fins de 1955, foi subchefe do Gabinete Civil do presidente Kubitschek e, mais tarde, leccionou na Universidade de Brasília e foi membro do Tribunal de Contas do Distrito Federal.
Reformou-se em 1976 e voltou a residir no Rio de Janeiro. Não se desligou, porém, das actividades do ensino, ministrando o curso “Oficina Literária” na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Como intelectual, conviveu com a geração de Carlos Drummond de Andrade, João Afonso de Guimarães e outros notáveis escritores brasileiros. É considerado o romancista mais subtil e poético da Geração de 30. Entre um conjunto de obras de denúncia social e de registo das contradições brasileiras, os seus romances destacam-se pelo lirismo e pela delicadeza do estilo.
Em 1965, ano da criação da Faculdade de Direito da Fundação Universitária Norte Mineira, os seus primeiros alunos decidiram homenageá-lo, baptizando a sua associação estudantil de Directório Académico Ciro dos Anjos.
Entre os vários galardões recebidos por Ciro dos Anjos, salientam-se o Prémio Academia Brasileira de Letras (1945), o Prémio Pen Clube do Brasil (1963) e o Prémio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro (1979). Em Abril de 1969, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras.

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