EFEMÉRIDE
– Jakob Fugger von der Lilie, banqueiro e importante homem de
negócios alemão, conhecido como “o Rico”, morreu em Augsburgo no dia 30 de
Dezembro de 1525, Nascera no mesmo local em 6 de Março de 1459.
No
auge da sua carreira no século XVI, Jakob Fugger acumulou uma fortuna imensa (de
acordo com o poder de compra de hoje, seriam cerca de 400 biliões de euros),
correspondente a uma parcela significativa da actividade económica da Europa. Tinha,
no final da sua vida, cerca de 2,1 milhões de florins. Ele não foi apenas o
primeiro milionário de que há memória, mas também deixa os super-ricos de hoje
na sombra, continuando a ser “o homem mais rico da história mundial”.
Filho
mais novo de um tecelão recém-chegado à cidade alemã de Augsburgo, era membro de
uma grande família mercantil e de banqueiros, os Fuggers, que dominou os
negócios europeus durante os séculos XV e XVI. Demonstrou grande capacidade
para os negócios e associou a sua empresa às minas do Tirol, mediante a
concessão de empréstimos permanentes ao arquiduque Sigismundo, em troca de
fornecimentos de cobre e prata. Era conhecido em toda a Europa e usou parte da
sua fortuna para emprestar dinheiro a governantes.
Jakob
Fugger também provia exércitos mercenários de recursos em dinheiro. Os seus negócios
impulsionaram o desenvolvimento do comércio internacional e da imprensa. Por
meio do seu representante Fernão de Noronha, foi o primeiro “não português” a
investir no Brasil, ainda em 1503. Teve também destacado papel político,
emprestando dinheiro à Casa de Habsburgo para financiar a eleição de Maximiliano
I como imperador do Sacro Império.
Na
administração da sua empresa, reduzia o poder decisório dos directores das filiais,
reservando para si as decisões mais importantes. Fugger adoptava o sistema das
sucursais ou feitorias, sempre dependentes da casa-mãe, onde os directores não
tinham estabilidade nos cargos mas recebiam bons salários, podendo aplicar
parte deles na empresa. Nas feitorias mais afastadas, Fugger proibia algumas
operações, como as vendas a crédito.
Os
primeiros contactos desta família de banqueiros com Portugal deram-se em 1493,
quando o rei João II de Portugal solicitou a participação dos Fugger numa
expedição ao Catai, viagem que no entanto não se veio a realizar. Foi sobretudo
depois do regresso de Vasco da Gama da Índia, com o primeiro carregamento de
especiarias, que surgiu o interesse de Jakob Fugger no comércio português.
Assim,
depois dos Welsers e outros mercadores alemães obterem vários
privilégios em Lisboa, mediante os convénios de 1503/04, os Fugger instalaram
em Lisboa uma feitoria para transacções de especiarias.
Entretanto,
o monarca português estabeleceu a sua feitoria em Antuérpia, para o
abastecimento de produtos do ultramar, e os Fugger passaram a manter relações
com Portugal por essa via. Nos anos seguintes, na sequência da questão das
Molucas, deu-se uma quebra das relações directas com Lisboa, que só seriam reactivadas
pelo seu sobrinho Anton Fugger, líder da família após a morte de Jakob.
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