EFEMÉRIDE
– Alfred Eisenstaedt, fotógrafo e fotojornalista norte-americano de origem
alemã, nasceu em Dirschau no dia 6 de Dezembro de 1898. Morreu em Nova Iorque , em 24 de
Agosto de 1995.
Nascido
na antiga Prússia, a família mudou-se para Berlim quando ele tinha oito anos.
Ficou na Alemanha até ao momento em que Hitler chegou ao poder.
Aos
catorze anos, um tio ofereceu-lhe uma máquina fotográfica, uma Eastman Kodak
(câmara de fole). Três anos mais tarde, foi recrutado para o exército
alemão.
Em
1918, durante a Primeira Guerra Mundial, a explosão de uma granada afectou-lhe
ambas as pernas. Foi o único sobrevivente do ataque e foi mandado ferido para
casa. Levou cerca de um ano até poder caminhar de novo sem ajuda. Foi durante a
recuperação que se interessou novamente pela fotografia. Em 1922, tornou-se
vendedor de cintos e botões e, com o dinheiro que conseguiu poupar, adquiriu
equipamento fotográfico. Começou por revelar os seus trabalhos na casa de
banho.
Durante
umas férias na Checoslováquia, fotografou uma mulher a jogar ténis, focando a
longa sombra da mulher a lançar a bola no court. Eisenstaedt conseguiu vendê-la
ao “Der Welt Spiegel” por três marcos (cerca de doze dólares na época),
o que lhe deu a ideia de poder viver da fotografia. Assim, aos 31 anos, abandonou
a profissão de vendedor e passou a fotografar a tempo inteiro.
Como
freelancer, trabalhou para a Pacific and Atlantic Photos, que se
transformaria na famosa Associated Press em 1931. Por essa altura,
começou a utilizar uma leica, uma câmara inovadora de 35 mm que tinha
sido inventada quatro anos antes. Em 1933, foi enviado para Itália afim de
fotografar o primeiro encontro entre Hitler e Mussolini. O seu estilo agressivo
fez com que conseguisse chegar até aos dois ditadores e consequentemente fotografá-los.
Dois anos depois da subida de Hitler ao poder, emigrou para os Estados Unidos
da América.
Em
1942, naturalizou-se norte-americano e viajou por vários países para documentar
os efeitos da guerra. No Japão, registou o efeito da bomba atómica; na Coreia,
a presença das tropas americanas; na Itália, o estado miserável dos pobres; e
na Inglaterra, fotografou Winston Churchill.
Durante
a sua carreira, fotografou muitas personalidades famosas, como Marlene
Dietrich, Marilyn Monroe, Ernest Hemingway, John F. Kennedy e Sophia Loren.
Esta última, que também era a sua modelo favorita, apareceu numa capa da “Life”
usando apenas um négligée.
Aos
81 anos, regressou à Alemanha para participar numa exposição de 93 fotografias
sobre a vida na Alemanha dos anos 1930. Eisenstaedt recebeu muitos prémios
durante a sua longa vida. A cidade de Nova Iorque nomeou um Dia em sua honra, o
presidente George Bush entregou-lhe a Medalha Nacional das Artes e o Internacional
Center of Photography atribuiu-lhe o prémio Masters of Photography.
Nos seus últimos tempos de vida, continuou a trabalhar, supervisionando a
impressão das suas fotografias para futuras exposições e livros.
Uma
das suas mais célebres fotografias representa um soldado a beijar uma
enfermeira na Times Square,
no dia da capitulação do Japão., no fim da Segunda Guerra Mundial.
Em
sua homenagem, foi criado o Prémio Alfred-Eisenstaedt, atribuído pela revista
“Life” e pela Universidade de Columbia.
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