EFEMÉRIDE
– Paul Guimard, jornalista e escritor francês, morreu em Hyères no dia 2 de
Maio de 2004. Nascera em Saint-Mars-la-Jaille, em 3 de Março de 1921.
Paul
Guimard fez os estudos secundários em Nantes, no colégio católico Saint-Stanislas,
começando de seguida a sua via profissional como jornalista. Durante a Guerra,
foi cronista dos periódicos “L'Écho de la Loire” e “L'Ouest-Éclair”.
Ingressou
seguidamente no jornal falado da Radiodiffusion française (RDF),
onde criou “La Tribune de Paris”, em que dirigiu debates durante quatro
anos. Em 1945, escreveu a comédia “Septième ciel”, que foi representada
em público.
Foi
em 1956 que começou verdadeiramente a sua carreira literária, publicando o
primeiro romance, “Les Faux Frères”, com o qual ganhou o Grande
Prémio do Humor. No mesmo ano, fez na rádio uma série de entrevistas com Joseph
Kessel e Henry de Monfreid.
No
ano seguinte, o seu romance “Rue du Havre” foi coroado com o Prémio Interallié.
Três anos mais tarde, faria parte do júri deste mesmo prémio. Em 1960,
co-escreveu – com Antoine Blondin – a comédia “Un garçon d'honneur”. Um
ano mais tarde, publicou “L'Ironie du sort” que foi adaptado ao cinema
por Édouard Molinaro em 1973.
Em
1962, fez uma volta ao mundo a bordo de um veleiro, contando em directo as suas
impressões para uma emissora de rádio. Por volta de 1965, teve um encontro com
François Mitterrand, a pedido deste.
Em
1967, foi publicado o seu romance mais conhecido, “Les Choses de la vie”,
que foi adaptado ao cinema por Claude Sautet, com Romy Schneider e Michel
Piccoli nos principais papéis e com uma alteração significativa do seu final. O
filme recebeu o Prémio Louis-Delluc em 1970.
Escreveu
em 1970 o guião e os diálogos do folhetim “Les Cousins de la Constance”,
transmitido pelo canal ORTF.
De
1971 a 1975, foi editorialista do semanário “L’Express” e conselheiro
das edições Hachette. Publicou, em 1976, “Le Mauvais temps”, obra
em que descreve a ‘preponderância da vontade sobre o fatalismo, a indecisão e a
submissão ao acaso’.
Em
1981, depois da vitória de Mitterrand nas Presidenciais, foi
“encarregado de missão” junto do presidente da República até Agosto de 1982. De
1982 a 1986, foi membro da Alta Autoridade da Comunicação Audiovisual.
A
partir de 1986, voltou à literatura com um ensaio sobre o dramaturgo Jean
Giraudoux e escreveu vários romances.
Em
1993, recebeu o Prémio da Fundação Prince-Pierre-de-Monaco, pelo
conjunto da sua obra. Esposou em 1952 a romancista Benoîte Groult, com quem teve uma filha e
duas paixões em comum – a escrita e o mar.
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