EFEMÉRIDE
– Lia Gama, de seu verdadeiro nome Maria Isilda da Gama Gil, actriz
portuguesa, nasceu no Fundão, Barroca, em 28 de Maio de 1944.
Veio
ainda criança para Lisboa, onde iniciou os estudos secundários. Depois, foi aprender
o ofício de cabeleireira, ao mesmo tempo que se iniciava no mundo do espectáculo.
Chegou
ao teatro em 1960, como ajudante de promoção da peça “A Margarida da Rua”,
em que Vasco Morgado
lhe atribuiu a tarefa de vender margaridas no foyer do Teatro
Monumental. Em 1963, deu-se a sua estreia efectiva como actriz, em “Vamos
contar mentiras”, peça dirigida por Manuel Santos Carvalho.
Surgiu
entretanto a oportunidade de ir para Paris estudar representação e, em 1965,
foi frequentar a Escola de Teatro René Simon. Ao fim de um ano, quando
regressou a Portugal, veio integrar o elenco do Teatro Estúdio de Lisboa,
onde foi dirigida por Luzia Maria
Martins em várias peças, até 1968. Ao mesmo tempo, iniciou-se
no cinema, com António de Macedo, em “Sete Balas para Selma” (1967). No
ano seguinte, mudou-se para o Teatro Experimental de Cascais, de Carlos
Avilez.
Em
1970, fez um interregno na carreira, ocupada pelo seu casamento com Frederico
Maria Oom Moniz Galvão, pai do seu filho João Carlos Gil de Moniz Galvão,
nascido em Lisboa, em 1972.
Quando
regressou aos palcos, fez parte de diferentes companhias teatrais: Casa da
Comédia, Teatro da Cornucópia, Os Cómicos, Teatro da Graça,
Grupo 4, Comuna – Teatro de Pesquisa e Companhia Teatral do
Chiado, dirigida por nomes tão importantes como João Lourenço, Jorge Silva
Melo, Luís Miguel Cintra, Ricardo Pais, Jorge Listopad, Fernando Gusmão, João
Mota e Juvenal Garcês.
Nos
tempos livres, fez incursões no teatro televisivo e, a partir de 1974, iniciou uma
carreira regular no cinema. Protagonizou 22 filmes (1967/2006) e fez mais de 20
trabalhos para televisão (1979/2016).
Lia
Gama terá feito, ao todo, mais de 30 peça teatrais. Protagonizou também o
recital de canções portuguesas “Remix deLuxe”, com Jeff Cohen ao piano e
encenado por Cândida Vieira, e integrou o elenco de “Conferência de Imprensa
e Outras Aldrabices” (a partir de Harold Pinter, Antonio Tarantino, Arne
Sierens, Irmãos Presniakov, Jon Fosse e Miguel Castro Caldas entre outros), com
encenação de Silva Melo.
Em
2005 e 2006, integrou o elenco da peça de Paula Vogel, com encenação de
Fernanda Lapa, “A Mais Velha Profissão” (Globo de Ouro para Melhor
Produção), no Teatro Nacional D. Maria II. A sua mais recente
interpretação foi no musical “O Assobio da Cobra”, dirigido por Adriano
Luz no Teatro São Luiz, em 2006.
Entre
outros galardões, recebeu o Prémio da Casa da Imprensa pela sua
interpretação no filme “Kilas, o Mau da Fita”, a Medalha 25 de Abril
da Associação Portuguesa dos Críticos de Teatro e a Medalha de Mérito
Cultural do Ministério da Cultura em 2006.
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