sexta-feira, 2 de março de 2018

2 DE MARÇO - TOM WOLFE


EFEMÉRIDE – Thomas “Tom” Kennerly Wolfe, jornalista e escritor norte-americano, conhecido pelo seu estilo marcadamente irónico, nasceu em Richmond no dia 2 de Março de 1931. Nos EUA, é considerado um dos fundadores do New Journalism, movimento jornalístico dos anos 1960/70.
O sucesso financeiro da família permitia-lhes um estilo de vida abastado. A mãe iniciou Tom Wolfe nas Artes. Matriculou-o em aulas de sapateado e de ballet, incentivando-o a interpretar textos e a ler com frequência. Com 9 anos de idade, Wolfe começou a escrever. Ainda criança, redigiu uma biografia de Napoleão, além de escrever e ilustrar uma biografia de Mozart.
Wolfe frequentou a escola episcopal de St. Cristopher, em Richmond. Foi um estudante excepcional, sendo presidente do conselho estudantil, editor do jornal escolar e elemento de destaque nos desportos.
Em 1947, iniciou a sua graduação na Universidade Washington and Lee. Foi editor desportivo do jornal da faculdade e ajudou na fundação de uma revista literária, a “Shenandoah”.
Embora lhe tenha sido oferecido o trabalho de professor académico, preferiu seguir carreira como repórter. Em 1956, enquanto ainda trabalhava na sua tese de doutoramento, tornou-se repórter do jornal “Springfield Union”, de Springfield, Massachusetts. Wolfe finalizou a sua tese em 1957 e, em 1959, foi contratado pelo “The Washington Post”.
Em 1962, Wolfe trocou Washington por Nova Iorque, trabalhando como repórter geral e ensaísta do jornal “New York Herald Tribune”.
Além dos seus trabalhos num novo estilo jornalístico, Wolfe editou uma colectânea de “novo jornalismo” com E. W. Johnson, publicada em 1973 e intitulada simplesmente “The New Journalism”. Este livro juntou trabalhos de escritores e jornalistas como Truman Capote e Norman Mailer, entre outros, tendo em comum o tema de «um jornalismo incorporado de técnicas literárias e que podia ser considerado como literatura».
Em 1987, lançou a sua primeira obra de ficção, “A Fogueira das Vaidades”. No seu estilo balzaquiano, com impecável descrição de ambientes, de personagens e carregado de sátira. Esta épica obra, com mais de 600 páginas, foi vendida em quase dois milhões de exemplares. O livro faz criticas a tudo e a todos: ricos, pobres, brancos, negros, o sistema judicial americano, as elites, tudo na década de 1980. Nesta sua estreia no género romance, Wolfe foi amplamente aclamado pela crítica especializada e a obra tornou-se um dos maiores best-sellers dos anos 1980. No ano seguinte ao seu lançamento, a Warner Bros. comprou os direitos para uma versão cinematográfica. Em 1990, Brian de Palma realizou a adaptação, numa megaprodução estrelada por Tom Hanks, Bruce Willis, Morgan Freeman e Melanie Griffith.
Wolfe voltaria ao género ficção uma década depois, com “Um Homem por Inteiro” (1998), tendo ainda escrito mais dois romances, em 2004 e 2012.

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