quinta-feira, 29 de março de 2018

29 DE MARÇO - JUAN LUIS MARTÍNEZ


EFEMÉRIDE - Juan Luis Martínez Holger, poeta vanguardista e artista visual chileno, morreu em Villa Alemana no dia 29 de Março de 1993. Nascera em Valparaiso, em 7 de Julho de 1942.
É considerado um dos poetas mais lúcidos da sua geração, pela sua produção literária e erudição e pela sua criatividade como artista visual. Era filho de Luis Martínez, gerente geral da Companhia Sul Americana de Vapores e de uma senhora de origem nórdica que pertencia a uma família muito conservadora.
A sua vida decorreu, fundamentalmente, entre as cidades de Valparaiso e Viña del Mar, onde realizou as suas obras. Durante o seu período criativo da juventude, manteve uma estreita relação com muitos escritores.
Juan Luis abandonou o colégio secundário onde estudava e, entre os quinze e os vinte anos, levou uma vida de boémia em Valparaiso. Era considerado um rapaz rebelde, tanto pela família como pelos estranhos, que o identificavam pela sua longa cabeleira, incomum nessa época no Chile (anos 1950).
Martínez nunca mais voltou a frequentar uma escola, mas devido às influências culturais que o rodeavam, começou uma longa fase de leituras e de aprendizagem autodidacta. A mudança da família, de Valparaíso para Viña del Mar, perturbou-o devido à aparência burguesa da cidade. Manteve sempre uma relação profunda e sentimental com a sua terra natal.
Juan Luis Martínez, durante a sua vida, optou por manter uma grande distância dos círculos de poder, fossem eles académicos ou orgânicos, para desenvolver livremente os seus postulados artísticos e estéticos. Nas suas obras visuais, construiu uma forte analogia entre o objecto artístico e o discurso ou entre a imagem mental e a palavra.
La Nueva Novela” (“O novo romance”), o seu primeiro livro, é considerada uma obra chave da poesia contemporânea chilena.
Martínez sofreu durante muitos anos de diabetes, enfermidade que foi minando, paulatinamente, a sua vitalidade e lhe provocou uma necrose tubular dos rins. Mesmo assim, manteve uma intensa relação com poetas de diferentes gerações que o visitavam na sua biblioteca, em Viña del Mar, ou na sua residência.
Durante as últimas duas décadas de vida, precisou de submeter-se a diálises de maneira permanente, situação que não o impediu de - um ano antes da sua morte - viajar para Paris (sua única ida ao estrangeiro), convidado pelo Ministério da Cultura francês.

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