EFEMÉRIDE - Jean-Dominique
Bauby, jornalista e escritor francês, morreu em Berck (Pas-de-Calais) no dia 9
de Março de 1997. Nascera em Paris, em 23 de Abril de 1952.
Começou a sua carreira de jornalista no jornal “Cmbat” e depois no “Quotidien de Paris” (1974). Foi responsável de “Match de Paris”, uma rubrica cultural da revista “Paris Match”. Passou depois pelo “Paris-Hebdo”, tornando-se chefe de redacção do “Matin de Paris” em 1980. Foi seguidamente chefe de redacção do magazine feminino “Elle”, juntamente com Marie-Françoise Colombani.
Em Dezembro de 1995, aos 43 anos de idade, sofreu um grave acidente vascular cerebral e entrou em coma. Ao acordar, 20 dias depois, no Hospital Marítimo de Berck-sur-Mer, descobriu que perdera a capacidade de se movimentar e de falar; podia apenas piscar o olho esquerdo. Em seguida, a pálpebra do olho direito foi obliterada para não infectar. Vivendo em tais condições, vítima de uma doença conhecida por síndrome do encarceramento, os movimentos do corpo inteiro estavam paralisados, mas as faculdades mentais mantinham-se perfeitas. Bauby perdeu igualmente 27kg, nas primeiras vinte semanas após o AVC.
Apesar de sua condição física, Bauby escreveu o livro autobiográfico “O Escafandro e a Borboleta” com um método desenvolvido pela sua fonoaudiologia: enquanto as letras do alfabeto eram recitadas lentamente na ordem decrescente, ele piscava a pálpebra esquerda quando a letra que queria era dita. Ele “ditou “assim todo o livro à pessoa que tomava notas, letra por letra. A partir de algum tempo, a assistente já deduzia palavras e frases inteiras com as primeiras letras escolhidas. Bauby teve de imaginar, compor e editar o livro inteiramente na sua cabeça.
A obra foi publicada em França em 1997. Bauby morreu dez dias depois, em consequência de uma pneumonia e foi enterrado no jazigo de família no Cemitério Père-Lachaise em Paris. Deixou dois filhos.
Em 2007, o pintor e cineasta Julian Schnabel lançou o filme “Le scaphandre et le papillon”, adaptado do livro de Bauby. No filme, o escritor é protagonizado pelo actor Mathieu Amalric e rendeu a Schnabel o troféu de Melhor Realizador no Festival de Cannes de 2007, um Globo de Ouro e uma nomeação para o Oscar de Melhor Realizador.
O caso de Jean-Dominique Bauby é evocado no romance “Pensamentos Secretos” de David Lodge (2001) e na obra “Glasgow” de Claire Lamourelle (2015).
Começou a sua carreira de jornalista no jornal “Cmbat” e depois no “Quotidien de Paris” (1974). Foi responsável de “Match de Paris”, uma rubrica cultural da revista “Paris Match”. Passou depois pelo “Paris-Hebdo”, tornando-se chefe de redacção do “Matin de Paris” em 1980. Foi seguidamente chefe de redacção do magazine feminino “Elle”, juntamente com Marie-Françoise Colombani.
Em Dezembro de 1995, aos 43 anos de idade, sofreu um grave acidente vascular cerebral e entrou em coma. Ao acordar, 20 dias depois, no Hospital Marítimo de Berck-sur-Mer, descobriu que perdera a capacidade de se movimentar e de falar; podia apenas piscar o olho esquerdo. Em seguida, a pálpebra do olho direito foi obliterada para não infectar. Vivendo em tais condições, vítima de uma doença conhecida por síndrome do encarceramento, os movimentos do corpo inteiro estavam paralisados, mas as faculdades mentais mantinham-se perfeitas. Bauby perdeu igualmente 27kg, nas primeiras vinte semanas após o AVC.
Apesar de sua condição física, Bauby escreveu o livro autobiográfico “O Escafandro e a Borboleta” com um método desenvolvido pela sua fonoaudiologia: enquanto as letras do alfabeto eram recitadas lentamente na ordem decrescente, ele piscava a pálpebra esquerda quando a letra que queria era dita. Ele “ditou “assim todo o livro à pessoa que tomava notas, letra por letra. A partir de algum tempo, a assistente já deduzia palavras e frases inteiras com as primeiras letras escolhidas. Bauby teve de imaginar, compor e editar o livro inteiramente na sua cabeça.
A obra foi publicada em França em 1997. Bauby morreu dez dias depois, em consequência de uma pneumonia e foi enterrado no jazigo de família no Cemitério Père-Lachaise em Paris. Deixou dois filhos.
Em 2007, o pintor e cineasta Julian Schnabel lançou o filme “Le scaphandre et le papillon”, adaptado do livro de Bauby. No filme, o escritor é protagonizado pelo actor Mathieu Amalric e rendeu a Schnabel o troféu de Melhor Realizador no Festival de Cannes de 2007, um Globo de Ouro e uma nomeação para o Oscar de Melhor Realizador.
O caso de Jean-Dominique Bauby é evocado no romance “Pensamentos Secretos” de David Lodge (2001) e na obra “Glasgow” de Claire Lamourelle (2015).
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