
Começou a jogar com doze anos no Cregagh Boys' Club. De 1963 a 1974 viveu o seu período de glória no Manchester United e, depois, durante dez anos representou vários clubes na África do Sul, na Inglaterra, na Irlanda, na Escócia, na Austrália e nos Estados Unidos. Decidiu parar aos 37 anos.
O mundo descobriu-o quando, em 1966, marcou três golos do Manchester frente ao Benfica então no auge da sua glória e, dois anos depois, a sua popularidade foi consolidada quando marcou o golo da vitória na final da Liga dos Campeões de 1968, também contra o Benfica.
Ganhou dois campeonatos ingleses (1965 e 1967) e jogou 37 vezes pela Selecção Nacional da Irlanda do Norte.
Conhecido por ter uma vida nocturna agitada, com música, mulheres, automóveis desportivos, jogo e álcool, George Best também é ironicamente lembrado por algumas frases que proferiu: «Parei de beber, mas só quando estou a dormir»; «Gastei muito dinheiro em bebidas, mulheres e carros. O resto desperdicei»; «Em 1969 abandonei as mulheres e o álcool. Foram os 20 piores minutos da minha vida».
Em 1984 foi preso por ter sido apanhado a conduzir em estado de embriaguez e em 1991 apareceu completamente embriagado numa emissão da BBC. Em 1994 passou o Natal na prisão, novamente por conduzir sob o efeito do álcool e voltou a reincidir em 2004.
Em 1995 foi eleito o Desportista Britânico do Século, mas nada podia já fazer mudar a sua vida. Estava arruinado, não tinha morada fixa e teve mesmo de vender todos os seus troféus. Com o dinheiro obtido ainda conseguiu comprar uma pequena casa na Grécia e, em 1998, tornou-se comentador da Sky Sports. Mesmo depois lhe ter sido feito um transplante de fígado em 2002, Best continuou a ingerir bebidas alcoólicas em grande quantidade. Morreu aos 59 anos. Aos pés da cama, jazia uma carta com a seguinte assinatura: «Do segundo melhor jogador de todos os tempos, Pelé». Acerca desta missiva, dissera Best «Este foi o melhor e o último brinde da minha vida». O argentino Maradona declarou igualmente por várias vezes que Best era o seu ídolo.
Mais de 300 000 pessoas acompanharam o seu funeral debaixo de uma chuva intensa e impiedosa. O aeroporto de Belfast passou a chamar-se “Aeroporto George Best”. Ele foi simultaneamente o “ídolo” e o “exemplo a não seguir”, um “herói que se relembra” e uma “vida que se quer esquecer”.
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